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Básico em Teclado Musical

 BÁSICO EM TECLADO MUSICAL

 

MÓDULO 3 — Campo harmônico básico e primeira música completa

Aula 7 — Três acordes que tocam mil músicas

 

         Na aula 7 do módulo 3, a gente chega a um daqueles momentos gostosos em que tudo começa a fazer ainda mais sentido. Você já sabe localizar notas, já tocou escalas simples, já entendeu o que é acorde, já acompanhou com as duas mãos… e agora o teclado começa a abrir uma porta nova: a de tocar muitas músicas com poucas ferramentas. É aqui que você descobre que não precisa aprender “um acorde por música”. Na verdade, existe um pequeno conjunto de acordes que aparece em uma quantidade enorme de canções. E, quando você domina esses acordes, parece que o mundo musical fica mais acessível de uma vez.

         Esses acordes são como os personagens principais do nosso “universo” em Dó maior. Lembra da escala de Dó (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si)? Pois bem: dentro dessa escala, alguns acordes têm um papel de liderança. Eles são os que mais “mandam” na sensação de começo, meio e fim de uma música. Nesta aula, vamos trabalhar com três acordes que, juntos, formam a base de milhares de músicas populares: Dó maior (C), Fá maior (F) e Sol maior (G).

         Vamos começar pelo mais familiar: o Dó maior (C). Você já montou esse acorde no módulo 2. Ele é feito de Dó – Mi – Sol. O som dele costuma passar uma sensação de estabilidade, como “lar”, como ponto de partida. É por isso que tantas músicas começam (ou terminam) nele. Quando você toca Dó maior, a música parece estar “em casa”.

         O segundo acorde é o Fá maior (F), formado por Fá – Lá – Dó. Para montar, use a mesma lógica “pula uma, pega uma”: comece no Fá, pule Sol e pegue Lá, pule Si e pegue Dó. Pronto, Fá maior. Ele soa como se a música tivesse dado um pequeno passo para outro lugar, um lugar ainda confortável, mas com outra cor. Em muitas músicas, o Fá aparece como aquele momento em que a harmonia abre um pouco o espaço antes de voltar.

         O terceiro acorde é o Sol maior (G), formado por Sol – Si – Ré. Mesma lógica: comece no Sol, pule Lá e pegue Si, pule Dó e pegue Ré. Esse acorde tem um papel muito especial porque ele cria uma sensação de movimento e expectativa. É como se ele dissesse: “ok, agora a música precisa seguir… e provavelmente voltar para o Dó”. É aquela sensação de “quase lá”, sabe? Ele prepara a volta para casa.

         Perceba como tem uma história acontecendo aqui. Em linguagem bem

como tem uma história acontecendo aqui. Em linguagem bem simples: Dó é casa, Fá é passeio, Sol é caminho de volta. Não precisa decorar isso como regra rígida; pense nisso como uma forma amigável de sentir a música. Quando você toca uma sequência com esses três acordes, o ouvido entende um roteiro: começa, caminha, retorna. É isso que faz uma progressão simples soar tão “musical”.

         Agora vamos colocar isso nas mãos. A maneira mais confortável, por enquanto, é montar esses acordes com a mão direita, em uma região média do teclado, onde você já se sente seguro. Toque cada acorde primeiro em bloco, prestando atenção para deixar o som limpo e bonito: Dó maior algumas vezes, depois Fá maior, depois Sol maior. Não tenha pressa de trocar rápido. O objetivo inicial é o corpo reconhecer a forma de cada acorde.

         Depois, vem uma parte muito importante da aula: as trocas. Porque na música real, o grande desafio não é saber formar um acorde parado — é conseguir sair de um e chegar no outro sem travar. Então, você vai treinar a sequência C → F → G → C bem devagar. Toque o Dó, respire, troque para o Fá. Depois para o Sol. E volta para o Dó. Faça como se estivesse contando uma história simples, sem atropelar palavras.

         Se você travar na troca, tudo bem. Trava é sinal de que seu cérebro ainda está aprendendo o “mapa da mudança”. E para isso existe um truque muito útil: reduza a troca a um micro desafio. Por exemplo, treine só C para F por um tempo, até ficar natural. Depois só F para G. Depois G para C. Quando cada ponte está firme, a sequência inteira fica fácil.

         Uma dica que ajuda demais é observar o que muda e o que fica igual. Entre C e F, por exemplo, você vai notar que uma das notas se mantém (o Dó aparece nos dois acordes). Essas “notas em comum” são como pontos de apoio visuais e físicos. Elas diminuem o esforço na troca. Aos poucos você vai percebendo isso naturalmente, e trocar acorde vira algo mais econômico, mais inteligente, mais leve.

         E aqui vale um lembrete carinhoso: nesta fase, devagar é o caminho mais rápido. Parece contraditório, mas é verdade. Se você insiste em fazer lento com consciência, o corpo automatiza. E, quando automatiza, a velocidade aparece sozinha. Já se você força rápido antes do corpo entender, você só treina erro e tensão.

         No fim dessa aula, você deve sentir que ganhou uma chave poderosa: com apenas três acordes, você pode acompanhar um monte de músicas simples, experimentar

ritmos, criar sequências e até improvisar pequenos acompanhamentos. É como se você tivesse aprendido três palavras muito usadas numa língua nova — de repente, você entende várias frases ao seu redor.

         Então, trate essa aula 7 como um momento de expansão. Você não está aprendendo “mais três acordes”. Está aprendendo um kit básico de sobrevivência musical, que vai te acompanhar pelo resto do seu caminho no teclado. Domine esses três com calma, e você vai sentir seu repertório crescer quase naturalmente.

Referências bibliográficas

·         COSTA, Edson. Curso Completo de Teclado. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.

·         ALFRED MUSIC. Alfred’s Basic Adult Piano Course – Level 1. New York: Alfred Publishing, 2005.

·         THOMPSON, John. Método de Piano para Iniciantes. São Paulo: Ricordi Brasileira, 2002.

·         SCHOENBERG, Arnold. Funções Estruturais da Harmonia. São Paulo: UNESP, 2004.

·         SADIE, Stanley (Org.). Dicionário Grove de Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.


Aula 8 — Ritmos de acompanhamento

 

         Na aula 8 do módulo 3, a gente começa a dar “cara” para os acordes que você aprendeu na aula anterior. Porque uma coisa é saber montar C, F e G; outra, bem diferente, é fazer esses acordes soarem como acompanhamento de música real. E o que faz essa transformação acontecer é o ritmo de acompanhamento. É aqui que você percebe que a mão direita não precisa ficar só apertando acordes parados — ela pode criar movimento, balanço, estilo. E isso é exatamente o que torna o teclado um instrumento tão completo.

         Pensa assim: os acordes são como as cores de uma pintura. Mas o ritmo é o jeito de passar o pincel. Com as mesmas cores, você pode fazer quadros totalmente diferentes dependendo do movimento da mão. No teclado é igual. A sequência C–F–G pode soar como uma música infantil, uma balada romântica, um pop leve… tudo depende de como você distribui os acordes no tempo.

         Para começar, a gente vai trabalhar com um padrão bem básico e muito usado, porque ele ajuda a consolidar coordenação sem sobrecarregar. O padrão é: mão esquerda no baixo no tempo 1 e mão direita com acorde nos tempos 2, 3 e 4. Você já fez algo parecido no módulo 2, então agora é como reencontrar um amigo conhecido, só que num contexto mais musical. Esse padrão cria uma sensação de “entrada” e “resposta”: o grave firma o chão e o acorde preenche o espaço.

         Toque isso bem devagar com metrônomo (60 ou 70 bpm). Escolha um acorde

(por exemplo, C) e repita o padrão por alguns compassos. Depois faça o mesmo com F, depois com G. O objetivo aqui não é correr, é sentir o encaixe das mãos como se fosse uma engrenagem suave. Se você sentir que está pensando demais, volte um pouco a velocidade. Ritmo bom não nasce da pressa; nasce da segurança.

         Depois desse padrão-base, vem um segundo, que eu gosto de chamar de “padrão balada”. Ele é simples e tem um efeito lindíssimo: a mão direita toca o acorde em todos os tempos do compasso. Ou seja: 1, 2, 3, 4 — acorde em cada pulso. A mão esquerda pode continuar com o baixo no tempo 1, ou você pode deixá-la descansar por um momento e focar só no balanço da direita. Esse padrão dá sensação de música “andando”, como se os acordes estivessem pulsando junto com o coração da canção.

         A grande sacada aqui é a regularidade. Não precisa acentuar forte nem tocar pesado. Tente manter o acorde leve e constante, como se você estivesse marcando passos numa caminhada calma. Esse padrão é ótimo para treinar estabilidade rítmica e para acompanhar músicas lentas ou médias.

         Aí chegamos ao terceiro padrão, que é o mais divertido dessa aula: o padrão quebrado (ou arpejado de acompanhamento). Ele pega o acorde e “desmonta” no tempo. Em vez de tocar C como bloco (Dó–Mi–Sol juntos), você toca as notas uma a uma, criando um desenho rítmico. Por exemplo: Dó no tempo 1, Mi no tempo 2, Sol no tempo 3 e Mi de novo no tempo 4. Isso já cria uma sensação de movimento muito musical, quase como se a mão direita estivesse costurando a harmonia.

         Esse padrão quebrado tem duas vantagens enormes. A primeira é que ele treina seu ouvido a reconhecer o acorde por dentro (as notas que formam o acorde). A segunda é que ele torna o acompanhamento leve, fluido e lindo, mesmo em músicas simples. É daqueles recursos que fazem o iniciante soar “mais avançado” sem precisar de coisas complicadas.

         Se no começo você se confundir com qual nota vem depois, não tem problema. Volte ao acorde em bloco, olhe para as três notas, e então arpeje devagar. Você pode até falar mentalmente: “Dó… Mi… Sol…” antes de tocar. Isso organiza o pensamento e evita que você treine uma sequência errada.

         Uma dica valiosa para esta aula é: não tente aprender os três padrões no mesmo dia com intensidade máxima. Escolha um, treine até sentir que ele ficou natural. No dia seguinte, pegue o segundo. No outro, o terceiro. E depois comece a alternar: toque quatro compassos no

um, treine até sentir que ele ficou natural. No dia seguinte, pegue o segundo. No outro, o terceiro. E depois comece a alternar: toque quatro compassos no padrão 1, quatro no padrão 2, quatro no padrão 3. Esse revezamento cria flexibilidade rítmica, e aos poucos você passa a entender que acordes são “matéria-prima” e ritmo é “forma de usar”.

         Enquanto você treina, preste atenção no seu corpo. Se você endurece o braço quando tenta fazer o padrão quebrado, é sinal de que você está forçando. A solução é voltar mais lento e tocar menor, com movimentos econômicos. No teclado, a beleza aparece quando o corpo está solto — e isso vale tanto quanto acertar a nota.

         No final dessa aula 8, a sensação que eu espero que você tenha é: “uau, com os mesmos acordes eu consigo fazer músicas diferentes”. E isso é verdade. Você está aprendendo algo que não é só técnica; é linguagem musical. A partir daqui, quando você ouvir uma música simples, vai começar a perceber os padrões de acompanhamento por trás dela.

E isso te dá autonomia, porque você deixa de ser alguém que só repete acordes e vira alguém que constrói o jeito de tocar.

         Então, leve esta aula como um laboratório gostoso: experimente padrões, ouça o efeito de cada um, compare, escolha o que combina mais com você. É nesse tipo de brincadeira consciente que o teclado vai deixando de ser estudo e virando expressão.

Referências bibliográficas

·         COSTA, Edson. Curso Completo de Teclado. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.

·         ALFRED MUSIC. Alfred’s Basic Adult Piano Course – Level 1. New York: Alfred Publishing, 2005.

·         THOMPSON, John. Método de Piano para Iniciantes. São Paulo: Ricordi Brasileira, 2002.

·         SCHOENBERG, Arnold. Funções Estruturais da Harmonia. São Paulo: UNESP, 2004.

·         GANNON, Janice. Técnica Pianística para Iniciantes. Porto Alegre: ArtMed, 2008.

·         SADIE, Stanley (Org.). Dicionário Grove de Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.


Aula 9 — Tocando uma música inteira

 

         Na aula 9 do módulo 3, a gente chega num momento muito esperado por quem está aprendendo: tocar uma música inteira. Até aqui, você construiu peças importantes — notas, dedilhado, pulso, acordes, duas mãos, padrões de acompanhamento. Agora é como se você dissesse para o teclado: “ok, vamos conversar de verdade”. E é nesse ponto que muita gente percebe algo bonito: tocar uma música completa não é um salto mágico; é só a soma de coisas simples bem

encaixadas.

         Antes de entrar na prática, respira e lembra de uma ideia-chave: uma música não é um bloco único. Ela é feita de partes que se repetem. Quando você entende isso, a sensação de “é grande demais” diminui muito. Mesmo uma canção famosa quase sempre usa poucos acordes e repete a mesma sequência várias vezes. Então o plano de hoje não é decorar um monte de coisa nova, mas usar o que você já sabe de um jeito organizado.

         A progressão que vamos trabalhar nesta aula é uma das mais presentes na música popular: C – G – Am – F. Você já conhece C, F e G. O Am (Lá menor) é um acorde bem amigável nessa fase, porque ele também nasce do mesmo padrão “pula uma, pega uma”: Lá – Dó – Mi. Ele tem um clima um pouco mais introspectivo, mas combina lindamente com os outros três. E essa sequência aparece em tantas músicas que, quando você dominar, vai começar a reconhecer ela por aí como quem reconhece um rosto conhecido na rua.

         Agora, como a gente transforma essa sequência em música? Em três camadas, bem sem pressa.

         A primeira camada é só a harmonia parada, para o cérebro entender o roteiro. Escolha uma região confortável para a mão direita e toque os acordes em bloco: C, depois G, depois Am, depois F. Toque cada acorde e segure por quatro tempos (contando “1, 2, 3, 4”). Não pense em beleza ainda. Pense em caminho. Você está desenhando o mapa da música. Se a troca de algum acorde travar, pare ali e treine só essa ponte até ela ficar suave. Isso é normal e faz parte do aprendizado real.

         A segunda camada adiciona a mão esquerda com o baixo. Aqui você faz algo que já treinou antes: a esquerda toca a nota principal do acorde no tempo 1. Então fica assim: no acorde de C, a esquerda toca Dó grave; no acorde de G, toca Sol grave; no Am, toca Lá grave; no F, toca Fá grave. E a direita segura o acorde. Isso já cria um “corpo” novo, porque o grave dá chão e direção. Você vai sentir a música ocupando mais espaço sonoro, como se o teclado ficasse mais cheio sem precisar ficar mais difícil.

         A terceira camada é escolher um padrão de acompanhamento da aula 8. Você pode começar pelo mais básico: esquerda no tempo 1 e direita no 2, 3, 4. Faça a progressão com esse padrão, bem devagar, em metrônomo se puder. A sensação de estar tocando “de verdade” costuma aparecer aqui. E quando ela aparecer, curta um pouco esse momento. É importante ficar feliz com a evolução, porque isso alimenta a constância.

         Se você preferir,

pode usar o padrão balada (acorde nos quatro tempos) ou o padrão quebrado. O segredo é não mudar padrão no meio da sequência enquanto está aprendendo. Escolha um e deixe ele te guiar. Mudar de padrão cedo demais faz o cérebro perder o chão. Depois que estiver seguro, aí sim você brinca com variações.

         Um ponto essencial desta aula é entender que tocar uma música inteira envolve saber recomeçar sem drama. Em algum momento, você vai errar uma troca ou perder o pulso. Isso acontece com todo mundo. O erro não é o fim da música; ele só é uma informação. A pergunta não é “por que eu errei?”, e sim “onde eu errei e como eu volto?”. A melhor estratégia é voltar dois acordes antes, respirar e seguir. Recomeçar sempre do zero dá a sensação falsa de que a música é maior do que ela realmente é.

         Outra coisa que ajuda muito é dividir a música em ciclos. Essa progressão tem quatro acordes. Então pense nela como um círculo de quatro passos. Faça um ciclo lento, depois outro, e outro. A cada ciclo, tente deixar as trocas um pouco mais suaves. Aos poucos, o corpo entende que é uma roda girando, não um caminho cheio de obstáculos. Quando você percebe isso, o “medo de errar” diminui e a música flui mais.

         Aqui também vale uma dica muito prática: toque cantando mentalmente ou até em voz baixa. Mesmo que você não cante bem, não importa. Cantar ajuda seu ouvido a liderar o movimento. E música é isso: ouvido guiando a mão. Quando o ouvido entra, você não toca como robô; você toca como alguém que está contando algo.

         No fim da aula 9, a gente quer que você tenha uma experiência concreta: a de sentar no teclado e tocar do início ao fim uma sequência musical que faz sentido, com duas mãos e com ritmo. Não precisa estar rápido, nem “perfeito”. Precisa estar inteiro. Fluido no seu ritmo. Isso é mais valioso do que tocar rápido com tensão.

         E o mais legal é que, depois dessa aula, você não sai somente com “uma música”. Você sai com um modelo. Daqui pra frente, aprender músicas novas vai seguir o mesmo raciocínio: identificar a progressão, separar em camadas, treinar devagar, repetir ciclos, juntar tudo. Você ganhou uma ferramenta para caminhar sozinho. E esse é o objetivo final de um curso de base: te deixar independente.

         Então feche o módulo com orgulho. Você começou achando notas, depois fez as mãos conversarem, e agora tocou uma estrutura completa. A música já está acontecendo em você, e isso é real.

Referências bibliográficas

·         COSTA, Edson. Curso Completo de Teclado. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.

·         ALFRED MUSIC. Alfred’s Basic Adult Piano Course – Level 1. New York: Alfred Publishing, 2005.

·         THOMPSON, John. Método de Piano para Iniciantes. São Paulo: Ricordi Brasileira, 2002.

·         SCHOENBERG, Arnold. Funções Estruturais da Harmonia. São Paulo: UNESP, 2004.

·         CZERNY, Carl. Estudos Práticos para Piano – Introdução à Harmonia. São Paulo: Ricordi Brasileira, 1998.

·         SADIE, Stanley (Org.). Dicionário Grove de Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.


Exemplo prático passo a passo do Módulo 3

 

Contexto

Você vai aprender a:

1.     montar e trocar C, F e G com segurança (Aula 7);

2.     aplicar 3 ritmos de acompanhamento (Aula 8);

3.     tocar uma música inteira usando a progressão C – G – Am – F (Aula 9).

Passo a passo (do zero ao acompanhamento completo)

Passo 1 — Aquecimento rápido (2 minutos)

Objetivo: preparar mão e ouvido.

1.     Encontre um Dó médio no teclado.

2.     Toque a escala curta com mão direita:
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Fá – Mi – Ré – Dó

3.     Bem devagar, só para “acordar os dedos”.

Se quiser, use metrônomo em 60 bpm.

Passo 2 — Montando os 3 acordes principais (5 minutos)

Objetivo: reconhecer e montar C, F e G sem travar.

2.1 Acorde de Dó maior (C)

·         Notas: Dó – Mi – Sol

·         Montagem: “pula uma, pega uma” a partir do Dó.

·         Dedos (mão direita): 1–3–5

Toque em bloco 5 vezes.

2.2 Acorde de Fá maior (F)

·         Notas: Fá – Lá – Dó

·         Montagem: começa no Fá → pula Sol → pega Lá → pula Si → pega Dó.

·         Dedos: 1–3–5

Toque em bloco 5 vezes.

2.3 Acorde de Sol maior (G)

·         Notas: Sol – Si – Ré

·         Montagem: começa no Sol → pula Lá → pega Si → pula Dó → pega Ré.

·         Dedos: 1–3–5

Toque em bloco 5 vezes.

Dica: se algum acorde está difícil, treine ele sozinho por 1 minuto extra.

Passo 3 — Treinando as trocas (5 minutos)

Objetivo: trocar acordes com fluidez.

Toque esta sequência devagar:
C → F → G → C

1.     Toque C e segure 4 tempos:
“1 2 3 4”

2.     Troque para F e segure 4 tempos.

3.     Troque para G e segure 4 tempos.

4.     Volte para C e segure 4 tempos.

Repita o ciclo 3 vezes.

Se travar numa troca, isole:
treine só C→F 5 vezes, depois F→G 5 vezes, etc.

Passo 4 — Adicionando ritmos de acompanhamento (8 minutos)

Objetivo: fazer os acordes soarem como música real.

Escolha um acorde por vez (comece com C) e aplique os

(comece com C) e aplique os padrões abaixo por 4 compassos cada.

4.1 Padrão básico (já conhecido)

·         Esquerda: baixo no tempo 1

·         Direita: acorde nos tempos 2–3–4

Contagem:
1 (baixo) – 2 (acorde) – 3 (acorde) – 4 (acorde)

Faça com C, depois F, depois G.

4.2 Padrão balada

·         Direita: acorde em todos os tempos (1–2–3–4)

·         Esquerda: opcional no baixo tempo 1

Contagem:
1 (acorde) – 2 (acorde) – 3 (acorde) – 4 (acorde)

Faça com C, depois F, depois G.

4.3 Padrão quebrado (arpejado simples)

Exemplo com C (Dó–Mi–Sol):

·         tempo 1: Dó

·         tempo 2: Mi

·         tempo 3: Sol

·         tempo 4: Mi

Isso vira um “desenho” de acompanhamento.

Faça com C, depois F, depois G.

Não precisa inventar padrão complexo.
Só “subir e descer” as notas do acorde já vale.

Passo 5 — Música completa: C – G – Am – F (10 a 12 minutos)

Objetivo: tocar uma sequência real do início ao fim.

5.1 Aprenda o Am (Lá menor)

·         Notas: Lá – Dó – Mi

·         Mesma regra: “pula uma, pega uma”

·         Dedos: 1–3–5

Toque Am em bloco 5 vezes.

5.2 Toque a progressão em bloco

Sequência: C – G – Am – F

1.     Toque C segurando 4 tempos

2.     Troque para G segurando 4 tempos

3.     Troque para Am segurando 4 tempos

4.     Troque para F segurando 4 tempos

Repita 4 ciclos.

5.3 Agora com acompanhamento

Escolha um padrão só (o básico é o melhor primeiro).

Faça a progressão C – G – Am – F com:

·         esquerda no baixo tempo 1

·         direita acompanhando no resto do compasso

Repita 4 ciclos, sem parar.

Se errar, não volte ao início.
Volte 2 acordes antes e continue.

Passo 6 — Fechamento e miniapresentação (2 minutos)

Objetivo: consolidar sensação de “tocar música”.

1.     Tire o metrônomo.

2.     Toque a progressão inteira mais uma vez.

3.     Tente manter o pulso interno.

Se conseguir tocar do começo ao fim sem travar, mesmo lento, você concluiu o módulo com sucesso.

Resultado esperado ao final desse exemplo

Depois de seguir esse passo a passo por alguns dias, o aluno:

·         troca C, F, G e Am com segurança;

·         aplica ritmos diferentes sem se perder;

·         toca uma música completa simples;

·         já começa a reconhecer progressões em músicas reais.

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