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Básico de NR 16

 

Definição e critérios para concessão do adicional de periculosidade

 

A Norma Regulamentadora nº 16 (NR-16), do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, é responsável por definir as atividades e operações que são consideradas perigosas e que, portanto, dão direito ao trabalhador ao adicional de periculosidade.

 

Definição de Adicional de Periculosidade

O adicional de periculosidade é um direito garantido aos trabalhadores que realizam atividades ou operações consideradas perigosas, conforme definido pela NR-16 e outras legislações pertinentes. Este adicional é um valor extra que é acrescentado ao salário do trabalhador, como uma forma de compensação pelo risco aumentado associado à sua função.

 

Critérios para Concessão do Adicional de Periculosidade

Os critérios para a concessão do adicional de periculosidade são baseados na natureza do trabalho realizado. Se o trabalho envolver algum dos riscos definidos pela NR-16, ou por outras normas regulamentadoras ou leis aplicáveis, o trabalhador terá direito a receber o adicional de periculosidade.

Os critérios estabelecidos pela NR-16 incluem atividades que envolvem:

1.     Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica: Qualquer trabalho que envolva o manuseio, armazenamento, utilização, controle de vazamento, entre outros, de inflamáveis, explosivos ou energia elétrica em condições de risco acentuado.

 

2.     Radiações ionizantes ou substâncias radioativas: Qualquer trabalho que envolva a manipulação ou exposição a radiações ionizantes ou substâncias radioativas.

 

3.     Atividades em condições hiperbáricas: Trabalho realizado sob pressões maiores que a atmosférica ao nível do mar, como o mergulho profissional.

Os critérios para a concessão do adicional de periculosidade também incluem o tempo de exposição ao risco. A legislação brasileira estabelece que o adicional de periculosidade deve ser pago mesmo que o trabalhador esteja exposto ao risco apenas de forma intermitente, ou seja, não precisa ser uma exposição constante durante toda a jornada de trabalho.

 

O valor do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do trabalhador, sem inclusão de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, conforme estabelecido pelo Artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

 

A definição e os critérios para a concessão do adicional de periculosidade são importantes componentes da legislação trabalhista brasileira. Eles reconhecem e compensam os

trabalhadores que realizam tarefas que os expõem a um maior risco de danos à saúde ou à segurança.

 

O adicional de periculosidade é um direito concedido aos trabalhadores que atuam em condições de risco acentuado, de acordo com o que é definido na Norma Regulamentadora nº 16 (NR-16) e outras legislações pertinentes. O cálculo deste adicional é bastante direto e é regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil.

 

Como é calculado o adicional de periculosidade

O valor do adicional de periculosidade é calculado com base no salário base do trabalhador, sem considerar adicionais como horas extras, gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Conforme estipulado na CLT, o adicional é de 30% sobre o salário base do empregado.


Para calcular o adicional de periculosidade, portanto, você deve fazer o seguinte:

1.     Determine o salário base do trabalhador. Por exemplo, se o salário base é de R$2.000,00, este é o valor que será utilizado para calcular o adicional de periculosidade.

 

2.     Calcule 30% desse valor. No exemplo citado, 30% de R$2.000,00 é R$600,00.

 

3.     Adicione esse valor ao salário base do trabalhador. Assim, no exemplo, o trabalhador receberá um total de R$2.600,00 (R$2.000,00 do salário base mais R$600,00 do adicional de periculosidade).

 

É importante ressaltar que este é um direito irrenunciável do trabalhador. Isto é, mesmo que o trabalhador aceite não recebê-lo, tal ato será considerado nulo.

 

Adicional de periculosidade e horas extras

Quando o trabalhador que tem direito ao adicional de periculosidade realiza horas extras, estas também devem ser calculadas com base no salário já acrescido do adicional de periculosidade, conforme determina a Súmula 132 do Tribunal Superior do Trabalho.

 

Portanto, para calcular o valor da hora extra, deve-se considerar o salário com o adicional de periculosidade e, em cima deste valor, aplicar o percentual devido (50% para dias de semana e sábados, e 100% para domingos e feriados, por exemplo).

 

Assim, utilizando o exemplo anterior, a hora extra será calculada com base no valor de R$2.600,00 e não mais de R$2.000,00.


O cálculo do adicional de periculosidade é um processo direto, mas é essencial garantir que ele seja feito corretamente para que os direitos dos trabalhadores sejam plenamente respeitados. Os empregadores devem estar cientes de todas as situações que requerem o pagamento do adicional e aplicar as diretrizes de

cálculo do adicional de periculosidade é um processo direto, mas é essencial garantir que ele seja feito corretamente para que os direitos dos trabalhadores sejam plenamente respeitados. Os empregadores devem estar cientes de todas as situações que requerem o pagamento do adicional e aplicar as diretrizes de cálculo corretamente.

 

A gestão dos direitos dos trabalhadores expostos a riscos no ambiente de trabalho é um componente fundamental de qualquer sistema de segurança e saúde ocupacional. No Brasil, as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego estabelecem as obrigações das empresas para garantir a saúde e a segurança dos seus trabalhadores, bem como os direitos dos trabalhadores quando estão expostos a riscos específicos.

 

Identificação e Avaliação de Riscos

O primeiro passo na gestão dos direitos dos trabalhadores expostos a riscos é a identificação e avaliação dos riscos. Isso envolve a análise do ambiente de trabalho e das tarefas realizadas pelos trabalhadores para identificar potenciais perigos. Em seguida, esses riscos devem ser avaliados em termos de sua gravidade e probabilidade.

 

Implementação de Medidas de Controle

Depois de identificar e avaliar os riscos, a empresa deve implementar medidas de controle adequadas. Isso pode envolver a alteração do ambiente de trabalho ou do processo de trabalho para eliminar ou reduzir o risco, o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, e o fornecimento de treinamento adequado aos trabalhadores.

 

Informação e Treinamento

Os trabalhadores têm o direito de serem informados sobre os riscos aos quais estão expostos no trabalho. Eles devem receber treinamento adequado sobre como reconhecer e evitar esses riscos, e sobre como usar corretamente qualquer equipamento de proteção. O treinamento deve ser regularmente atualizado para garantir que os trabalhadores estejam sempre cientes dos perigos mais recentes e das melhores práticas de segurança.

Compensação

Se um trabalhador é exposto a um risco que não pode ser eliminado ou reduzido, como é o caso de algumas das atividades abrangidas pela NR-16, ele tem direito a compensação adicional. Isso é conhecido como adicional de periculosidade e é calculado como um percentual do salário base do trabalhador.

 

Participação e Consulta

Os trabalhadores têm o direito de participar na gestão da segurança e saúde no trabalho. Isso pode envolver a participação em comitês de segurança no trabalho ou a consulta sobre

mudanças no ambiente de trabalho ou nos processos de trabalho que possam afetar sua saúde e segurança.

 

Acesso a Saúde e Cuidados Médicos

Os trabalhadores que estão expostos a riscos no trabalho têm direito a cuidados de saúde adequados. Isso pode incluir exames de saúde regulares, acesso a tratamento médico quando necessário e reabilitação após um acidente de trabalho ou doença ocupacional.

 

A gestão dos direitos dos trabalhadores expostos a riscos envolve uma série de medidas para garantir que os riscos sejam adequadamente identificados e controlados, que os trabalhadores sejam informados e treinados, e que eles recebam a compensação e os cuidados de saúde adequados. Essas medidas devem ser continuamente monitoradas e revisadas para garantir que permaneçam eficazes.

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