Fundamentos do Mapeamento de Processos
O que são processos organizacionais?
1. Introdução
Nas organizações modernas, compreender a lógica dos processos é fundamental para alcançar eficiência, qualidade e inovação. Um processo organizacional bem definido permite que os recursos — humanos, materiais, tecnológicos ou informacionais — sejam utilizados de maneira estruturada e coordenada, promovendo valor tanto para o cliente quanto para a própria instituição. Assim, o estudo dos processos tornou-se uma competência essencial em áreas como administração, logística, qualidade e tecnologia da informação.
2. Definição de Processo
De acordo com a norma ISO 9000:2015, um processo é "um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas". Essas atividades estão ligadas de forma lógica, com início, meio e fim, e são desenvolvidas com um objetivo específico, seja produzir um bem, prestar um serviço ou gerar um resultado organizacional.
Harrington (1993) amplia essa definição ao destacar
que um processo "é qualquer atividade ou grupo de atividades que usa
insumos para produzir um produto ou serviço que tenha valor para um
cliente". Essa perspectiva reforça a orientação ao cliente como elemento
central dos processos organizacionais, alinhando os objetivos internos à
satisfação externa.
Além disso, processos diferem de tarefas isoladas por envolverem múltiplas etapas, departamentos ou fluxos de informação. Eles podem ser representados por fluxogramas ou modelos mais elaborados, como os definidos na notação BPMN (Business Process Model and Notation), que facilita a análise e otimização dos fluxos operacionais.
3. Tipos de Processos Organizacionais
A literatura sobre gestão de processos classifica os
processos organizacionais em três grandes grupos: primários, de apoio
e gerenciais. Essa categorização permite visualizar a cadeia de valor e
a contribuição de cada tipo de processo para os objetivos da organização.
3.1. Processos Primários
Também chamados de processos finalísticos ou
principais, os processos primários são aqueles diretamente ligados à entrega de
valor ao cliente externo. São atividades essenciais que constituem o core
business da organização, como a fabricação de um produto, a prestação de um
serviço ou a entrega de uma solução ao mercado.
Por exemplo, em uma instituição de ensino, o processo de ensino-aprendizagem é
considerado primário, pois está diretamente
relacionado à missão da organização. Já em uma empresa de transporte, o serviço
de entrega é o processo primário.
Esses processos devem ser mapeados, medidos e
continuamente aprimorados, pois estão diretamente ligados à percepção de valor
do cliente.
3.2. Processos de Apoio
Os processos de apoio (ou processos de suporte) são
aqueles que não entregam valor diretamente ao cliente final, mas são essenciais
para que os processos primários possam funcionar. Envolvem atividades de
retaguarda, suporte administrativo e operacional.
Exemplos típicos incluem:
Embora não gerem produtos finais, esses processos têm
grande impacto na eficiência e na qualidade das entregas dos processos
primários. Por isso, também devem ser monitorados e otimizados.
3.3. Processos Gerenciais
Por fim, os processos gerenciais são responsáveis pelo
planejamento, controle e monitoramento da organização como um todo. Eles
incluem a formulação da estratégia, o acompanhamento de indicadores de
desempenho, o gerenciamento de riscos e a tomada de decisões em níveis tático e
estratégico.
Esses processos são essenciais para garantir a
integração e alinhamento entre os demais processos, fornecendo diretrizes e
metas que orientam o funcionamento da organização.
Segundo Rummler e Brache (1994), esses processos atuam no "nível organizacional" e são fundamentais para conectar a missão e visão da empresa às operações diárias, contribuindo para a governança corporativa e a melhoria contínua.
4. Importância da Visão por Processos
A visão por processos representa uma mudança de
paradigma na gestão organizacional, substituindo a lógica funcional, baseada em
departamentos isolados, por uma lógica transversal, orientada à cadeia de
valor. Essa abordagem permite:
Empresas que adotam a gestão por
processos tendem a implementar também métodos de melhoria contínua, como o Ciclo PDCA, o Six Sigma ou o Lean Management, todos dependentes de uma compreensão clara dos processos organizacionais.
5. Conclusão
Compreender o que são processos organizacionais e como
eles se classificam é o primeiro passo para a construção de uma gestão
eficiente, orientada por resultados e voltada para a geração de valor.
Processos primários, de apoio e gerenciais compõem o sistema nervoso da organização,
e o seu mapeamento permite identificar oportunidades de melhoria, alinhar
esforços e consolidar a competitividade no mercado.
Para que essa prática seja eficaz, é fundamental desenvolver uma cultura organizacional voltada à análise, ao redesenho e à gestão contínua de processos. Essa cultura deve envolver todos os níveis hierárquicos e integrar tecnologia, pessoas e objetivos em um sistema coerente e orientado à excelência.
Referências Bibliográficas
A Importância da Visão por
Processos nas Organizações
1. Introdução
A gestão moderna das organizações tem enfrentado
desafios crescentes quanto à eficiência, qualidade, inovação e competitividade.
Nesse contexto, a adoção de uma visão por processos torna-se essencial.
Diferente da abordagem tradicional funcional, a visão por processos prioriza o
fluxo contínuo de atividades que agregam valor ao cliente, promovendo maior
integração entre áreas, foco em resultados e melhoria contínua.
A visão por processos é o alicerce de metodologias de gestão contemporâneas, como BPM (Business Process Management), Lean, Six Sigma e sistemas de gestão da qualidade baseados em normas ISO. Ela permite que as organizações compreendam sua lógica de funcionamento de maneira sistêmica, transversal e orientada para a entrega de valor.
2. O que é visão por processos?
A visão por processos representa um modo de enxergar a organização a partir das atividades que ela realiza, suas entradas, transformações e
saídas, e não apenas com base em sua estrutura hierárquica ou departamental. Ela considera a organização como um conjunto de processos interligados que produzem valor para seus clientes e demais partes interessadas.
Segundo Dumas et al. (2018), um processo de negócio é
“um conjunto de atividades realizadas em coordenação em um ambiente
organizacional e técnico, que produzem um resultado com valor para um cliente”.
Nesse sentido, a visão por processos orienta a empresa para aquilo que
realmente importa: a entrega final percebida pelo cliente.
Essa abordagem permite que a gestão não se concentre apenas em funções isoladas (como vendas, RH ou produção), mas no fluxo de trabalho que atravessa essas funções, desde o primeiro contato com o cliente até a entrega do produto ou serviço.
3. Vantagens da visão por processos
A adoção da visão por processos proporciona diversas
vantagens para as organizações. Entre as principais, destacam-se:
3.1. Integração entre áreas
A organização funcional tende a criar silos
departamentais, dificultando a comunicação entre setores. A visão por
processos rompe com essa fragmentação, promovendo a integração e cooperação
interfuncional. Isso contribui para decisões mais eficazes e maior fluidez
operacional.
3.2. Foco no cliente
Processos bem definidos são estruturados com base nas necessidades e expectativas dos clientes. Isso leva a uma maior atenção à qualidade, prazos, personalização e à percepção de valor dos produtos ou serviços oferecidos.
3.3. Clareza e transparência
Ao mapear e compreender os processos, é possível
identificar com clareza quem faz o quê, quando e como. Isso facilita o monitoramento,
a comunicação e o treinamento de novos colaboradores, além de favorecer
auditorias e certificações.
3.4. Identificação de gargalos e desperdícios
A visão por processos permite detectar pontos de
ineficiência, como retrabalho, atrasos, excesso de burocracia ou uso
inadequado de recursos. Isso abre espaço para a aplicação de melhorias
contínuas com base em metodologias como PDCA, Lean ou Kaizen.
3.5. Suporte à transformação digital
A automação de processos (via RPA, ERP ou BPMN) exige um entendimento profundo de como eles funcionam. Ter uma visão por processos facilita a transição para soluções tecnológicas, evitando que tecnologias sejam implementadas sobre fluxos mal estruturados.
4. Comparação com a visão funcional
A visão funcional tradicional concentra-se em departamentos e suas respectivas tarefas, muitas vezes
isoladas entre si. Nessa
lógica, cada área busca otimizar sua própria performance, mesmo que isso não
contribua para o desempenho geral da organização.
Já a visão por processos privilegia o
desempenho coletivo: o foco está em como as atividades se conectam para gerar
resultados finais. Rummler e Brache (1994) afirmam que “as organizações não são
compostas de funções isoladas, mas de processos que cruzam fronteiras
departamentais para satisfazer os clientes”.
Portanto, enquanto a visão funcional tende à fragmentação, a visão por processos promove unidade e propósito organizacional compartilhado.
5. Papel estratégico da visão por processos
A visão por processos não é apenas operacional: ela
tem forte papel estratégico. Ao permitir o alinhamento entre os
objetivos organizacionais e os processos executados no dia a dia, ela garante
que os recursos sejam utilizados de forma coerente com a missão da instituição.
Além disso, permite:
Organizações orientadas por processos tendem a ser mais ágeis, inovadoras e resilientes, pois conseguem ajustar seus fluxos com rapidez e eficiência.
6. Implantação da visão por processos
A adoção da visão por processos requer alguns passos
fundamentais:
1.
Mapeamento dos
processos existentes (AS IS);
2.
Desenho dos
processos desejados (TO BE);
3.
Definição de
indicadores e responsáveis;
4.
Capacitação dos
colaboradores;
5.
Monitoramento e
melhoria contínua.
Harrington (1993) ressalta que a mudança de cultura é o maior desafio da implantação. Por isso, é fundamental que a alta direção esteja comprometida com a visão por processos e que haja engajamento coletivo na busca por melhorias.
7. Considerações finais
A visão por processos representa uma ruptura com
modelos tradicionais de gestão fragmentada e abre caminho para uma organização
mais integrada, orientada a resultados e centrada no cliente. Ela favorece
a inovação, a digitalização, o controle de qualidade e a excelência
operacional.
Mais do que uma técnica, trata-se de uma filosofia de gestão, na qual todos os membros da organização compreendem seu papel dentro de um todo articulado. Sua adoção é, portanto, um passo essencial para organizações que desejam crescer de forma sustentável, eficiente e competitiva no cenário atual.
Referências Bibliográficas
Introdução ao Mapeamento
de Processos
1. O que é mapear um processo?
O mapeamento de processos é uma das ferramentas
fundamentais da gestão organizacional, especialmente no contexto da melhoria
contínua e da busca por eficiência. Mapear um processo significa identificar,
descrever e representar visualmente o fluxo de atividades que compõem um
processo, evidenciando suas entradas, saídas, responsáveis, decisões e
relações entre tarefas.
Segundo Harrington (1993), o mapeamento de processos é
o "ato de identificar e descrever todos os passos necessários para a
execução de um processo, desde sua entrada até sua saída, com o objetivo de
analisar, melhorar e documentar esse processo". A representação pode ser
feita por meio de fluxogramas, diagramas ou outras notações visuais que
facilitem a compreensão dos envolvidos.
Na prática, mapear um processo envolve:
A metodologia de mapeamento pode variar conforme o
propósito — seja análise, redesenho ou documentação — e conforme o nível de
detalhe exigido. Porém, seu princípio fundamental é sempre tornar o processo visível,
compreensível e gerenciável.
2. Benefícios do mapeamento de processos
O mapeamento de processos oferece uma série de
vantagens práticas e estratégicas para a organização, contribuindo para o
alinhamento interno e a melhoria da performance. Dentre os principais
benefícios, destacam-se:
2.1. Clareza e transparência
O primeiro ganho do mapeamento é a visualização do processo. Muitas organizações operam com processos informais ou mal definidos, gerando inconsistência nas entregas. Ao mapear, é possível estabelecer um padrão claro de
funcionamento, promovendo alinhamento
entre equipes.
2.2. Identificação de gargalos e desperdícios
Com o processo mapeado, torna-se mais fácil localizar atividades
que não agregam valor, etapas redundantes, retrabalho, esperas e gargalos
que comprometem a produtividade. Isso permite uma análise crítica baseada em
dados reais, e não em percepções subjetivas.
2.3. Melhoria contínua
O mapeamento é o ponto de partida para programas de melhoria
contínua como o PDCA, o Lean e o Six Sigma. Com os processos visíveis, é
possível definir indicadores de desempenho, estabelecer metas e acompanhar a
evolução ao longo do tempo.
2.4. Treinamento e integração
Um processo bem documentado facilita o treinamento de novos colaboradores, além de garantir que o conhecimento organizacional não fique restrito a pessoas específicas. Isso contribui para a padronização e continuidade das atividades.
2.5. Apoio à transformação digital
Soluções tecnológicas como ERPs, automação com RPA e
sistemas de BPM exigem processos bem definidos. O mapeamento é uma etapa
fundamental para garantir que a digitalização não ocorra sobre fluxos
ineficientes.
2.6. Conformidade com normas e certificações
Normas como a ISO 9001 exigem que os processos críticos estejam documentados e monitorados. O mapeamento facilita a conformidade com essas exigências, além de preparar a organização para auditorias internas e externas.
3. Diferença entre mapeamento e modelagem
Embora os termos "mapeamento" e
"modelagem" de processos sejam frequentemente usados de forma
intercambiável, há distinções conceituais importantes entre eles.
3.1. Mapeamento de processos
O mapeamento refere-se, predominantemente, à descrição
do processo como ele ocorre na prática, com foco na realidade operacional
atual. Seu objetivo é entender o funcionamento real do processo (AS IS),
identificar problemas e apoiar o redesenho. É uma etapa de diagnóstico.
É comum que o mapeamento utilize ferramentas simples, como fluxogramas funcionais, diagramas de blocos ou tabelas de atividades. A linguagem é mais acessível, e o objetivo é ampliar a compreensão do processo entre os envolvidos.
3.2. Modelagem de processos
A modelagem, por sua vez, vai além da descrição: ela busca representar o processo de forma estruturada e formalizada, utilizando notações específicas, como a BPMN (Business Process Model and Notation). A modelagem é mais utilizada em sistemas de gestão por processos (BPM) e envolve regras de negócio, condições, fluxos
alternativos e
representações automatizadas.
A modelagem permite simular comportamentos futuros
do processo (TO BE), testando cenários de melhoria antes da implementação.
Ela é essencial, por exemplo, na construção de sistemas de automação de
processos ou no desenvolvimento de workflows digitais.
3.3. Complementaridade
Apesar das diferenças, mapeamento e modelagem não são
excludentes. Pelo contrário: o mapeamento geralmente precede a modelagem.
Primeiro compreende-se o processo (mapear), depois projeta-se sua versão ideal
ou automatizada (modelar).
Ambos fazem parte da abordagem de gestão por processos e são indispensáveis para organizações que desejam evoluir de uma atuação empírica para uma gestão baseada em processos.
4. Considerações finais
O mapeamento de processos é uma ferramenta estratégica
e operacional que permite às organizações entenderem, documentarem e
aperfeiçoarem sua forma de operar. Ao tornar visível o caminho percorrido
por informações, produtos e serviços dentro da instituição, ele contribui para
a melhoria da qualidade, redução de custos, aumento da produtividade e
satisfação dos clientes.
Além disso, o mapeamento é essencial para integrar
pessoas, alinhar objetivos, embasar decisões e preparar a organização para a
inovação e a transformação digital. Em tempos de mudança acelerada, a clareza e
o domínio sobre os próprios processos tornam-se uma vantagem competitiva
essencial.
O próximo passo, após o mapeamento, é utilizar essas informações para promover o redesenho e a modelagem de processos, ajustando-os continuamente às exigências do mercado e às oportunidades de melhoria interna.
Referências Bibliográficas
Elementos Básicos de um
Processo
1. Introdução
O entendimento dos elementos básicos de um processo é fundamental para qualquer organização que deseje adotar uma gestão orientada por processos. Compreender como as atividades, entradas, saídas, recursos, atores e indicadores de desempenho se conectam dentro de um fluxo de
trabalho permite maior controle, padronização e melhoria
contínua. Esses elementos formam a estrutura essencial que sustenta tanto o
mapeamento quanto a análise e a modelagem de processos.
De acordo com a ISO 9000:2015, um processo é “um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas”. Essa definição ressalta o caráter transformacional do processo, que agrega valor ao transformar algo inicial em um resultado com significado para o cliente ou para a organização.
2. Entradas, Saídas e Atividades
2.1. Entradas
Entradas são os dados, informações, materiais,
solicitações ou insumos que iniciam um processo. Elas são fundamentais para
que as atividades possam ocorrer e gerar valor. As entradas podem ser
provenientes de fontes internas (outros processos ou departamentos) ou externas
(clientes, fornecedores, parceiros).
Por exemplo, no processo de atendimento ao cliente, a
entrada pode ser uma solicitação via e-mail ou telefone. Já em um processo
produtivo, a entrada pode ser a matéria-prima.
É importante compreender que as entradas devem estar claramente
definidas e disponíveis no momento certo, pois sua ausência ou inadequação
compromete a eficiência do processo.
2.2. Atividades
As atividades representam as ações executadas ao
longo do processo. São elas que promovem a transformação das entradas em
saídas. As atividades podem ser sequenciais, paralelas ou condicionais, e podem
envolver diferentes departamentos, sistemas ou pessoas.
Elas devem ser descritas de forma clara, objetiva e
padronizada, o que facilita a visualização do fluxo, a identificação de
gargalos e o redesenho do processo. Além disso, é essencial distinguir entre
atividades que agregam valor e aquelas que não agregam valor ao cliente — estas
últimas devem ser minimizadas ou eliminadas.
2.3. Saídas
As saídas são os resultados gerados ao final do
processo — produtos, serviços, relatórios, decisões ou qualquer outro item
que represente a entrega esperada. Uma boa prática é garantir que cada saída
esteja alinhada às necessidades dos clientes ou partes interessadas.
Rummler e Brache (1994) afirmam que “os processos
existem para produzir resultados; logo, a definição clara das saídas é
essencial para a mensuração da efetividade do processo”.
Assim como as entradas, as saídas também devem ser mensuráveis e verificáveis, pois sua qualidade impacta diretamente na satisfação do cliente e na reputação da organização.
3. Recursos e Atores Envolvidos
3.1. Recursos
Os recursos são os meios necessários para a
execução das atividades de um processo. Eles incluem:
A correta alocação dos recursos é essencial para
garantir eficiência, produtividade e qualidade. Processos mal dimensionados em
termos de recursos tendem a gerar atrasos, retrabalho e desperdícios.
3.2. Atores
Os atores são os responsáveis diretos pela
execução, supervisão ou decisão em cada etapa do processo. Eles podem ser
indivíduos (como um analista ou gerente) ou unidades organizacionais (como o
setor de compras ou o atendimento ao cliente).
Na gestão por processos, é fundamental definir com
clareza os papéis e responsabilidades de cada ator. A ferramenta
conhecida como "matriz RACI" (Responsável, Aprovador, Consultado,
Informado) é amplamente utilizada para esse fim.
A ausência de clareza sobre quem executa ou decide pode gerar conflitos, omissões e falhas de comunicação. Por outro lado, uma atuação coordenada entre os atores favorece o desempenho organizacional como um todo.
4. Indicadores de Desempenho
Os indicadores de desempenho de processos — também
chamados de KPIs (Key Performance Indicators) — são métricas utilizadas para medir
a eficácia, a eficiência e a qualidade das atividades. Eles permitem o
monitoramento constante do desempenho dos processos e orientam as ações de
melhoria contínua.
Os principais indicadores associados aos processos
são:
4.1. Tempo
Indicadores de tempo medem a duração das atividades
ou do processo como um todo. Podem incluir:
São úteis para identificar atrasos, gargalos ou
etapas desnecessárias.
4.2. Custo
Os indicadores de custo refletem os recursos
financeiros envolvidos na execução do processo. Incluem:
Esses indicadores ajudam a avaliar a viabilidade econômica do processo e orientar decisões de redução de despesas ou realocação de recursos.
4.3. Qualidade
Indicadores de qualidade mensuram o grau de
conformidade do resultado final com os requisitos esperados. São exemplos:
A qualidade é um aspecto essencial para a
competitividade e para a fidelização do cliente, sendo um dos principais focos
da melhoria de processos.
Segundo Harrington (1993), “o que não é medido, não é gerenciado” — os indicadores são, portanto, ferramentas críticas para a governança dos processos.
5. Considerações Finais
Compreender os elementos básicos de um processo é
essencial para qualquer iniciativa de mapeamento, modelagem ou redesenho.
Entradas, atividades e saídas formam a espinha dorsal do processo, enquanto os
recursos e atores são os elementos de suporte que possibilitam sua realização.
A análise desses componentes, aliada à definição de indicadores de desempenho, permite que os gestores tenham uma visão clara, mensurável e estratégica do funcionamento organizacional. Isso não apenas contribui para a eficiência operacional, como também fortalece a cultura de melhoria contínua e inovação.
Por fim, uma gestão eficaz de processos depende da integração entre esses elementos e de sua constante avaliação, pois somente assim é possível adaptar-se às mudanças do ambiente, atender às demandas do mercado e manter a organização competitiva.
Referências Bibliográficas
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