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Aperfeiçoamento em Neurologia para Cães e Gatos

 APERFEIÇOAMENTO EM NEUROLOGIA PARA CÃES E GATOS

 

Doenças Neurológicas Comuns em Cães e Gatos

Distúrbios Neurológicos Degenerativos

 

Os distúrbios neurológicos degenerativos em cães e gatos são condições caracterizadas pela deterioração progressiva das células do sistema nervoso, resultando em perda de função motora e, em alguns casos, cognitiva. Essas doenças afetam a qualidade de vida dos animais e podem ser desafiadoras para diagnosticar e tratar.

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em Cães e Gatos

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa rara em cães e gatos, que afeta principalmente os neurônios motores, responsáveis por controlar os movimentos voluntários. Esses neurônios, localizados no cérebro e na medula espinhal, começam a degenerar, levando à atrofia muscular progressiva e, eventualmente, à paralisia.

  • Sintomas: O início dos sintomas geralmente envolve fraqueza nos membros, dificuldade para andar, perda de coordenação e tremores musculares. Com o avanço da doença, os animais podem desenvolver dificuldade para mastigar, engolir e respirar, devido ao enfraquecimento dos músculos envolvidos nesses processos.
  • Progressão: A ELA é progressiva e, embora seja lenta em alguns casos, leva inevitavelmente à paralisia completa. O tempo de progressão da doença varia entre os pacientes, mas o prognóstico geralmente é reservado, uma vez que não há cura conhecida.

A ELA em cães é mais frequente em algumas raças específicas, como o Pastor Alemão, enquanto em gatos é extremamente rara. Embora os fatores genéticos possam desempenhar um papel na predisposição à ELA, a causa exata ainda não é completamente compreendida.

Doenças Relacionadas à Degeneração do Sistema Nervoso Central

Além da ELA, outras doenças neurodegenerativas afetam o sistema nervoso central de cães e gatos. Essas condições causam a destruição progressiva de neurônios e comprometem funções motoras, sensoriais e cognitivas.

1.     Mielopatia Degenerativa:

o    Essa doença é mais comum em cães, especialmente em raças grandes como Pastores Alemães e Boxers. A mielopatia degenerativa é uma condição crônica que afeta a medula espinhal, resultando na perda progressiva da coordenação e função motora dos membros traseiros.

o    Sintomas: Os primeiros sinais incluem fraqueza nas patas traseiras, dificuldade para levantar e andar, e perda de equilíbrio. A doença

pode progredir para a paralisia dos membros traseiros e, eventualmente, dos dianteiros.

o    Prognóstico: A mielopatia degenerativa é incurável e irreversível, com progressão lenta ao longo de meses ou anos.

2.     Doença de Alzheimer Canina (Síndrome da Disfunção Cognitiva):

o    Embora não seja diretamente comparável à doença de Alzheimer em humanos, cães mais velhos podem desenvolver uma síndrome caracterizada por desorientação, perda de memória e mudanças comportamentais, associada à degeneração cerebral.

o    Sintomas: Cães com essa condição podem se perder em locais familiares, parecer confusos, sofrer de insônia ou mudanças no ciclo de sono, e demonstrar comportamento ansioso.

o    Prognóstico: O manejo inclui cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida, já que a condição não tem cura.

3.     Encefalopatia Espongiforme Felina:

o    Esta é uma doença neurodegenerativa mais rara em gatos, caracterizada pela formação de vacúolos no cérebro, o que leva à degeneração dos neurônios. Os sinais incluem mudanças comportamentais, falta de coordenação e convulsões.

o    Prognóstico: O manejo é complicado, com poucos tratamentos disponíveis, e a progressão da doença é geralmente inevitável.

Manejo e Tratamento

Embora os distúrbios neurológicos degenerativos, como a ELA e a mielopatia degenerativa, não tenham cura, várias estratégias de manejo podem melhorar a qualidade de vida dos animais afetados.

1.     Fisioterapia e Reabilitação Física:

o    A fisioterapia é fundamental para manter a mobilidade dos animais e retardar a atrofia muscular. Exercícios terapêuticos e hidroterapia são frequentemente recomendados para fortalecer os músculos e melhorar a coordenação motora.

o    A reabilitação física também pode ajudar a reduzir a dor e melhorar o conforto dos animais, embora não interrompa a progressão da doença.

2.     Medicamentos:

o    Embora não exista um tratamento farmacológico para curar essas doenças, medicamentos podem ser usados para controlar os sintomas. Anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos podem ajudar a aliviar a dor e o desconforto.

o    Nos casos de síndrome de disfunção cognitiva, alguns medicamentos, como a selegilina, podem ser utilizados para melhorar a função cerebral e retardar a progressão dos sintomas cognitivos.

3.     Suporte Nutricional:

o    Dietas especialmente formuladas para suporte neurológico, ricas em antioxidantes e ácidos graxos ômega-3, podem ajudar a melhorar a saúde cerebral e

retardar o declínio cognitivo em cães e gatos.

4.     Assistência e Cuidados de Enfermagem:

o    À medida que a doença avança, os cuidados domiciliares tornam-se cada vez mais importantes. Isso inclui fornecer superfícies confortáveis para deitar, ajudar os animais a se levantarem e, em estágios mais avançados, administrar suporte para alimentação e higiene.

5.     Terapias Alternativas:

o    Acupuntura e laserterapia têm sido utilizadas para melhorar o conforto de animais com distúrbios degenerativos, ajudando a reduzir a dor e melhorar a circulação e a função neurológica.

Conclusão

Os distúrbios neurológicos degenerativos em cães e gatos são condições progressivas e muitas vezes irreversíveis, que exigem um manejo cuidadoso e abrangente. Embora a cura para doenças como a esclerose lateral amiotrófica e a mielopatia degenerativa ainda não esteja disponível, intervenções terapêuticas, medicamentos e cuidados paliativos podem prolongar a qualidade de vida dos animais afetados. Uma abordagem individualizada, com foco no bem-estar físico e emocional, é essencial para lidar com essas condições complexas.


Doenças Infecciosas e Inflamatórias em Cães e Gatos

 

As doenças infecciosas e inflamatórias que afetam o sistema nervoso de cães e gatos podem ter sérias consequências neurológicas. Elas são causadas por infecções bacterianas, virais, fúngicas ou parasitárias, e podem resultar em inflamações graves como meningite e encefalite, impactando a saúde e o bem-estar dos animais de companhia.

Meningite, Encefalite e Outras Doenças Inflamatórias

Meningite e encefalite são condições graves que envolvem a inflamação das meninges (as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal) e do próprio tecido cerebral, respectivamente. Ambas podem ser causadas por infecções, doenças autoimunes ou idiopáticas (de origem desconhecida).

  • Meningite: A meningite é caracterizada pela inflamação das meninges, podendo resultar em dor intensa, rigidez do pescoço, febre e sinais neurológicos, como convulsões e desorientação. A meningite pode ser bacteriana, viral ou fúngica. Nos cães, uma forma comum é a meningite arterite esteroide-responsiva, uma condição autoimune que afeta cães jovens de raças grandes.
  • Encefalite: A encefalite é a inflamação do tecido cerebral e pode ser causada por agentes infecciosos, como vírus e bactérias, ou por doenças autoimunes. Os sintomas incluem desorientação, mudanças de comportamento,
  • convulsões, perda de coordenação e, em casos graves, coma. Uma forma bem conhecida de encefalite é a encefalite granulomatosa, uma doença inflamatória que pode afetar cães de todas as idades.
  • Outras doenças inflamatórias: A inflamação neurológica pode também ocorrer em doenças autoimunes ou idiopáticas, como a polirradiculoneurite, que afeta os nervos periféricos e pode resultar em fraqueza muscular progressiva e paralisia.

Doenças Infecciosas com Impacto Neurológico

Algumas infecções comuns em cães e gatos têm efeitos devastadores no sistema nervoso, causando sintomas neurológicos severos.

1.     Toxoplasmose:

o    A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii e afeta tanto cães quanto gatos, embora os gatos sejam os hospedeiros definitivos. A infecção pode causar inflamação no cérebro, medula espinhal e olhos, levando a encefalite.

o    Sintomas: Animais infectados podem apresentar ataxia (dificuldade de coordenação), tremores, convulsões e paralisia. Gatos infectados também podem desenvolver febre, falta de apetite e fraqueza.

o    Transmissão: O Toxoplasma gondii é transmitido por ingestão de carne crua ou dejetos contaminados, e os gatos podem eliminar o parasita em suas fezes, representando um risco para outros animais e para humanos.

o    Tratamento: O tratamento envolve o uso de antibióticos como clindamicina, que é eficaz contra o parasita. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de anticonvulsivantes e anti-inflamatórios.

2.     Raiva:

o    A raiva é uma doença viral fatal que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo cães, gatos e humanos. Causada pelo vírus da raiva, a infecção é transmitida pela mordida de um animal infectado.

o    Sintomas: Após um período de incubação que pode variar de semanas a meses, a raiva se manifesta com mudanças comportamentais, agitação, hiperatividade, seguidas por paralisia, convulsões e morte. A raiva é sempre fatal uma vez que os sintomas se manifestam.

o    Prevenção e tratamento: A prevenção da raiva é feita por meio da vacinação obrigatória de cães e gatos. Não há tratamento eficaz para animais infectados uma vez que os sintomas se iniciam, tornando a vacinação a única medida protetiva.

3.     Cinomose:

o    A cinomose canina é uma doença viral altamente contagiosa que pode causar danos neurológicos significativos em cães. O vírus da cinomose ataca o sistema respiratório, gastrointestinal e neurológico.

o    Sintomas:

No estágio neurológico, os cães podem apresentar tremores, convulsões, paralisia e comportamento anormal. A cinomose também pode causar deterioração progressiva do sistema nervoso central, levando à morte.

o    Tratamento: Não há cura específica para a cinomose, e o tratamento envolve cuidados de suporte, como controle de convulsões, hidratação e controle de infecções secundárias. A vacinação é a melhor forma de prevenção.

Diagnóstico e Protocolo de Tratamento

O diagnóstico precoce de doenças infecciosas e inflamatórias é crucial para aumentar as chances de tratamento eficaz. Vários métodos diagnósticos são usados para confirmar essas condições:

1.     Exames Clínicos e Neurológicos:

o    O primeiro passo no diagnóstico é um exame físico e neurológico detalhado, que pode revelar sinais de envolvimento neurológico, como convulsões, ataxia, paralisia ou mudanças comportamentais.

2.     Exames Laboratoriais:

o    Exames de sangue são usados para detectar sinais de infecção e inflamação, incluindo aumento de leucócitos ou a presença de anticorpos específicos. A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) também pode ser realizada para identificar inflamação ou a presença de agentes infecciosos no sistema nervoso.

3.     Exames de Imagem:

o    A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) são utilizadas para visualizar áreas de inflamação, abscessos ou anormalidades no cérebro e na medula espinhal.

4.     Sorologia e Testes Moleculares:

o    Testes sorológicos e moleculares, como PCR (reação em cadeia da polimerase), podem ser utilizados para identificar patógenos específicos, como o Toxoplasma gondii ou o vírus da cinomose.

Protocolo de Tratamento

O tratamento de doenças infecciosas e inflamatórias neurológicas varia de acordo com a causa da doença. No entanto, o manejo eficaz geralmente envolve:

1.     Terapias Antimicrobianas:

o    Para infecções bacterianas, fúngicas ou parasitárias, antibióticos, antifúngicos e antiparasitários são administrados. O uso prolongado de medicamentos pode ser necessário em infecções como toxoplasmose e encefalites bacterianas.

2.     Anti-inflamatórios:

o    Corticosteroides ou outros anti-inflamatórios são frequentemente usados para reduzir a inflamação cerebral e aliviar sintomas, especialmente em casos de meningite e encefalite autoimune.

3.     Controle de Sintomas Neurológicos:

o    Medicamentos anticonvulsivantes são frequentemente usados para controlar crises epilépticas ou

convulsões. Em casos graves, o suporte respiratório pode ser necessário.

4.     Cuidados de Suporte:

o    Animais gravemente afetados podem necessitar de cuidados intensivos, incluindo terapia intravenosa, suporte nutricional e controle rigoroso da temperatura corporal. Fisioterapia pode ser necessária em casos de paralisia para promover a recuperação funcional.

Conclusão

As doenças infecciosas e inflamatórias que afetam o sistema nervoso de cães e gatos são potencialmente fatais se não diagnosticadas e tratadas precocemente. A vacinação, o controle de infecções e o manejo adequado dos sintomas são cruciais para prevenir complicações graves. Uma abordagem proativa e abrangente pode melhorar significativamente o prognóstico desses animais.


Doenças Neurológicas Traumáticas

 

As doenças neurológicas traumáticas em cães e gatos são frequentemente causadas por lesões na coluna vertebral e no cérebro, resultando de acidentes, quedas, brigas ou outros eventos traumáticos. Essas lesões podem provocar uma série de problemas neurológicos, como paralisia e déficits motores, exigindo uma abordagem cuidadosa para o diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Lesões Traumáticas da Coluna Vertebral e do Cérebro

As lesões na coluna vertebral e no cérebro em cães e gatos podem ocorrer em diferentes partes do sistema nervoso central e causar uma variedade de sintomas.

1.     Lesões Traumáticas da Coluna Vertebral:

o    A coluna vertebral é composta por vértebras que protegem a medula espinhal, responsável pela condução de sinais entre o cérebro e o corpo. Lesões traumáticas na coluna, como fraturas, luxações ou compressão da medula espinhal, podem resultar em paralisia parcial ou total, dependendo da localização e da gravidade do trauma.

o    Causas: As lesões mais comuns incluem acidentes de carro, quedas de altura e traumas relacionados a esportes ou atividades físicas intensas. Algumas raças de cães, especialmente as de porte pequeno ou de coluna longa (como Dachshunds), são predispostas a problemas de disco intervertebral que podem ser agravados por trauma.

o    Sintomas: A localização da lesão determina os sintomas neurológicos observados. Lesões na região cervical (pescoço) podem causar tetraplegia (paralisia dos quatro membros), enquanto lesões nas regiões torácica ou lombar podem resultar em paraplegia (paralisia dos membros traseiros). Outros sinais incluem dor intensa, perda de reflexos, incontinência urinária e fraqueza.

2.     Lesões Traumáticas do

Cérebro:

o    O cérebro é vulnerável a lesões traumáticas resultantes de impactos na cabeça, como pancadas, quedas ou acidentes automobilísticos. Lesões cerebrais traumáticas podem causar hemorragias internas, edema cerebral (inchaço), contusões e fraturas cranianas.

o    Causas: Golpes fortes na cabeça, quedas de grandes alturas ou acidentes envolvendo objetos pesados caindo sobre o animal são as causas mais comuns. A força do impacto pode provocar hemorragia intracraniana ou contusão cerebral, comprometendo a função neurológica.

o    Sintomas: Os sinais de lesões cerebrais incluem convulsões, perda de consciência, desequilíbrio, pupilas dilatadas e mudanças no comportamento (agressividade, confusão ou apatia). Em casos graves, o animal pode entrar em coma.

Paralisia e Recuperação Neurológica

A paralisia é uma complicação comum de lesões traumáticas da coluna vertebral e do cérebro. A paralisia pode ser temporária ou permanente, dependendo da gravidade da lesão, da extensão do dano à medula espinhal ou ao cérebro, e da rapidez com que o tratamento é iniciado.

1.     Paralisia:

o    A paralisia pode ocorrer em diferentes graus. Paraplegia refere-se à paralisia dos membros traseiros, enquanto tetraplegia afeta todos os quatro membros. A paralisia pode ser acompanhada por perda de reflexos, incapacidade de controlar a micção e a defecação, e dor significativa.

o    Prognóstico: O prognóstico de recuperação depende da gravidade da lesão. Em lesões leves, o animal pode recuperar parcialmente a função neurológica com o tratamento adequado. Em casos graves, como lesões completas da medula espinhal, a paralisia pode ser permanente.

2.     Recuperação Neurológica:

o    A recuperação neurológica em animais com lesões traumáticas depende da extensão do dano e do tratamento precoce. O processo de regeneração dos nervos é lento e limitado, especialmente em casos de lesões graves. No entanto, com intervenções terapêuticas adequadas, como cirurgia e fisioterapia, é possível melhorar a mobilidade e a qualidade de vida do animal.

o    Fatores de Recuperação: Lesões incompletas, onde parte da função neurológica é preservada, têm um prognóstico mais favorável. A resposta ao tratamento, a idade e a saúde geral do animal também influenciam o grau de recuperação.

Abordagens Cirúrgicas e Fisioterapêuticas

O manejo de lesões neurológicas traumáticas em cães e gatos geralmente envolve uma combinação de abordagens cirúrgicas e terapêuticas para maximizar a recuperação

manejo de lesões neurológicas traumáticas em cães e gatos geralmente envolve uma combinação de abordagens cirúrgicas e terapêuticas para maximizar a recuperação neurológica e melhorar a qualidade de vida.

1.     Abordagens Cirúrgicas:

o    A cirurgia é muitas vezes necessária em casos de lesões traumáticas graves na coluna vertebral ou no cérebro, especialmente quando há compressão da medula espinhal ou hemorragia intracraniana.

o    Cirurgia da Coluna Vertebral: Em lesões de disco intervertebral ou fraturas vertebrais, a descompressão cirúrgica é realizada para aliviar a pressão sobre a medula espinhal. Isso pode incluir a remoção do material do disco danificado ou a estabilização da coluna com implantes. A cirurgia precoce oferece as melhores chances de recuperação.

o    Cirurgia do Cérebro: Para lesões cerebrais, como hemorragias ou fraturas cranianas, a cirurgia pode ser realizada para remover coágulos sanguíneos, reduzir a pressão intracraniana ou reparar fraturas ósseas.

o    Prognóstico pós-cirúrgico: O sucesso da cirurgia depende da rapidez com que é realizada e da extensão do dano. Embora a cirurgia possa aliviar a pressão sobre a medula espinhal ou o cérebro, a regeneração dos nervos danificados pode ser limitada.

2.     Fisioterapia e Reabilitação:

o    A fisioterapia desempenha um papel crucial na reabilitação de animais com lesões neurológicas traumáticas. O objetivo é melhorar a força muscular, restaurar a mobilidade e prevenir a atrofia muscular.

o    Hidroterapia: O exercício na água, como nadar ou caminhar em piscinas, ajuda a melhorar a força muscular sem colocar peso excessivo nas articulações ou coluna vertebral. A água oferece suporte ao corpo do animal, facilitando o movimento e reduzindo a dor.

o    Exercícios de Mobilidade: Movimentos passivos de alongamento e exercícios terapêuticos ajudam a manter a flexibilidade e a prevenir contraturas musculares. A fisioterapia contínua é vital para melhorar a função motora.

o    Dispositivos de Assistência: Cadeiras de rodas e outros dispositivos de assistência são frequentemente utilizados para animais com paralisia permanente, permitindo-lhes mover-se e melhorar sua qualidade de vida.

3.     Terapias Complementares:

o    Além da fisioterapia, terapias complementares, como acupuntura e laserterapia, podem ajudar a promover a cicatrização e a reduzir a dor em animais com lesões neurológicas. Essas abordagens são especialmente úteis em casos onde a regeneração dos nervos é

limitada.

Conclusão

As doenças neurológicas traumáticas em cães e gatos, como lesões na coluna vertebral e no cérebro, são condições desafiadoras que exigem tratamento rápido e especializado. O diagnóstico precoce, a cirurgia quando necessária e a reabilitação adequada são cruciais para maximizar a recuperação neurológica e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos animais afetados. Embora a recuperação total nem sempre seja possível, intervenções terapêuticas adequadas podem fazer uma grande diferença no bem-estar do animal.

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