Técnicas Básicas de Necropsia
Tanatopraxia
• A tanatopraxia consiste em preparar o corpo para o velório ou funeral, evitando que o processo natural de decomposição altere a sua aparência durante o tempo estipulado pelos familiares.
• A prática é essencial para a prevenção de possíveis riscos de contaminação e infecção a partir do cadáver, uma vez que já houve vários registros de incidentes infecciosos causados por restos mortais.
• Fato é que as bactérias não patogênicas em um ser vivo continuam ativas após a morte.
• Os tratamentos da tanatopraxia garantem que uma quantidade adequada de um bactericida seja dispersa por todos os tecidos, destruindo as bactérias existentes e criando um ambiente estéril resistente a invasão microbiana.
• Os processos de restauração, (utilizados quando o corpo está danificado após um acidente ou autópsia) e cosmética, devolvem ao corpo uma aparência tranquila e serena.
• Do ponto de vista psicológico, a devolução dos traços naturais do falecido é de extrema importância para amenizar o sofrimento dos familiares durante o período que precede o funeral.
• A tanatopraxia é a técnica mais moderna de conservação de corpos, utilizada em quase todos os países do mundo. Ela não se trata de necropsia nem retirada de órgãos, e vai além de melhorar a aparência do falecido. Ela permite que a família se lembre de seu ente querido como ele realmente era em vida, oferecendo um valor inestimável em termos psicológicos.
• No processo de luto, a última imagem de um ente querido é a que permanece na memória. A realização da tanatopraxia é uma demonstração de amor e carinho que, além de amenizar as transformações naturais do corpo após a morte, auxilia na difícil adaptação à ausência do ente querido.
• Na mitologia grega antiga, Thanatos é um personagem presente em muitos mitos e lendas. Filho de Nix (a Noite) e Érebo (a Escuridão) e irmão gêmeo de Hipnos (o Sono), habitava os Campos Elíseos (o paraíso do país de Hades, o mundo dos mortos). Thanatos é a personificação e o deus da morte.
• A tanatologia é a ciência que estuda a vida e a morte, procurando entender o processo de morte e luto. Simultaneamente, visa humanizar o atendimento àqueles que estão sofrendo perdas significativas, contribuindo para a melhor qualificação dos profissionais interessados em Cuidados
Paliativos.
• Esses cuidados procuram aliviar a dor e o sofrimento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares diante de uma doença terminal.
Um paciente terminal e seus familiares podem passar por cinco fases no processo de morrer:
• Negação: ajuda a aliviar o impacto da notícia, servindo como uma defesa necessária para o equilíbrio emocional do paciente. É comum em pacientes informados abruptamente e de maneira prematura sobre seu diagnóstico. O paciente pode desconfiar da troca de exames ou da competência da equipe médica.
• Raiva: o paciente já assimilou seu diagnóstico e prognóstico, mas se revolta por ter sido "escolhido". Sentimentos de ira, revolta e ressentimento emergem, e o paciente procura alguém para culpar por seu destino.
• Negociação: representa uma tentativa de adiar a morte através de promessas e orações. A pessoa já aceita a realidade, mas tenta adiá-la.
• Depressão: o paciente aceita o fim próximo e começa a revisar sua vida, mostrando-se quieto e pensativo. É uma etapa na preparação para a perda iminente, facilitando o estado de aceitação.
• Aceitação: nesta fase, o paciente aceita a sua situação e se prepara para o fim.
Fatores
que dificultam a aceitação da morte incluem:
• Desafios financeiros que o tratamento da doença ou a ausência da pessoa podem trazer para a família.
• Dificuldade em aceitar ajuda, especialmente se a pessoa estava acostumada a cuidar dos outros.
• Experiências passadas com perdas e crenças em relação à morte.
• Momento do ciclo de vida em que ocorre a morte. Quanto mais jovem o paciente, mais difícil é aceitar sua morte.
• A morte súbita impede que os familiares elaborem gradualmente o luto, ao contrário da morte prolongada.
Para
ajudar o paciente e seus familiares, o profissional de saúde pode:
• Auxiliar a pessoa a lidar com a crise, ajudando-a a expressar seus sentimentos.
• Ajudar a pessoa a entender os fatos, desmistificando fantasias e esclarecendo suas dúvidas, evitando especulações sobre a doença.
• Evitar dar falsas esperanças à pessoa, oferecendo suporte e reconhecendo a validade de seus medos.
• Não encorajar a pessoa a culpar os outros.
• Auxiliar a pessoa a aceitar a ajuda que está sendo oferecida.
• Incentivar e sugerir uma reorganização das tarefas diárias, para que a pessoa possa receber a assistência necessária durante esse período difícil.
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