NOÇÕES BÁSICAS EM
PROCEDIMENTOS E
ABORDAGEM EM
URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
Avaliação Inicial e Suporte Básico de Vida
A avaliação da cena e a garantia de segurança
para socorristas e vítimas são etapas cruciais no atendimento pré-hospitalar em
situações de urgência e emergência. Antes de prestar qualquer forma de
assistência, é vital que os socorristas realizem uma avaliação cuidadosa do
ambiente para identificar potenciais riscos à sua própria segurança e à das
vítimas. Este processo é fundamental não apenas para evitar agravamento das
lesões ou complicações para os envolvidos, mas também para assegurar uma
intervenção eficaz e adequada.
Identificação
de Riscos: O primeiro passo envolve a identificação rápida de possíveis
perigos, que podem incluir tráfego intenso, fios elétricos expostos,
substâncias tóxicas, fogo, estruturas instáveis, ou a presença de agressores
potenciais. A segurança dos socorristas é primordial; sem garantir sua própria
segurança, eles não serão capazes de ajudar efetivamente as vítimas.
Avaliação
das Necessidades Imediatas: Após garantir que a cena é segura para entrada,
os socorristas devem avaliar rapidamente a situação para determinar a gravidade
das lesões ou condições de saúde das vítimas e identificar quaisquer
necessidades imediatas de intervenção.
Estabelecimento
de um Perímetro de Segurança: Isso envolve criar uma área segura ao redor
da cena da emergência para evitar a aproximação de curiosos e a interferência
com o atendimento ou com as operações de resgate.
Também serve para proteger as
vítimas e os socorristas de novos perigos.
Comunicação
Clara: Os socorristas devem estabelecer uma comunicação eficaz com as
equipes de emergência, serviços de segurança pública e, quando aplicável,
testemunhas ou pessoas que possam fornecer informações cruciais sobre o
incidente. Comunicar claramente a natureza dos perigos identificados e as
necessidades de assistência adicional é essencial.
Coordenação
com Outros Serviços de Emergência: Em muitos casos, a resposta a uma
emergência requer a coordenação entre múltiplos serviços, incluindo bombeiros,
polícia, e equipes médicas. Uma avaliação inicial eficaz da cena facilita a
colaboração eficiente entre esses serviços, garantindo uma resposta coordenada
e abrangente.
Os socorristas devem utilizar EPI adequado, que pode
variar de acordo com a natureza do incidente. Equipamentos como luvas,
máscaras, óculos de proteção, e vestimentas especiais podem ser necessários
para proteger contra contaminação biológica, química ou física. O uso correto
de EPI não apenas protege os socorristas, mas também minimiza o risco de
transferir contaminações para as vítimas ou para outras áreas.
A preparação adequada para avaliação da cena e
manutenção da segurança envolve treinamento contínuo dos socorristas em
técnicas de avaliação de riscos, uso de EPI, e procedimentos de emergência
padrão. Simulações e exercícios práticos podem ajudar a desenvolver a
habilidade de tomar decisões rápidas e precisas sob pressão, assegurando que os
socorristas estejam bem-preparados para enfrentar uma ampla gama de cenários de
emergência.
Em conclusão, a avaliação da cena e a
segurança são fundamentais para o
sucesso do atendimento em situações de urgência e emergência. Ao seguir procedimentos estabelecidos e manter uma abordagem cautelosa e sistemática, os socorristas podem proteger a si mesmos e às vítimas, maximizando as chances de um resultado positivo.
O uso de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) é uma prática essencial na prevenção de lesões e na proteção contra
infecções ou contaminações durante procedimentos médicos, especialmente em
situações de urgência e emergência. EPIs são barreiras de segurança projetadas
para proteger os socorristas e profissionais de saúde de exposições a perigos
que podem causar doenças graves ou lesões no local de trabalho. A identificação
de perigos potenciais é o primeiro passo crucial para determinar os tipos apropriados
de EPI que devem ser utilizados em diferentes cenários de emergência.
Antes de entrar em uma cena de emergência, os
socorristas devem avaliar a situação para identificar possíveis perigos. Esses
perigos podem incluir, mas não estão limitados a:
• Agentes Biológicos: Como vírus,
bactérias, e outros patógenos que podem ser transmitidos através do sangue,
fluidos corporais, inalação ou contato direto com a pele.
• Agentes Químicos: Substâncias químicas
perigosas que podem causar queimaduras, intoxicações ou outras reações adversas
ao entrar em contato com a pele ou serem inaladas.
• Objetos Cortantes ou Perfurantes:
Materiais que podem causar cortes ou perfurações, expondo os socorristas a
infecções.
•
Riscos Físicos: Como incêndios,
estruturas instáveis, ou a presença de fios elétricos expostos.
• Contaminação Ambiental: Exposição a
partículas no ar, gases ou materiais tóxicos.
Dependendo dos perigos identificados, o uso
adequado de EPI é determinado. Alguns dos EPIs mais comuns incluem:
• Luvas: Protegem contra a exposição a
sangue e outros fluidos corporais, bem como contra cortes ao manusear objetos
afiados.
• Máscaras e Respiradores: Máscaras
cirúrgicas protegem contra respingos de fluidos corporais, enquanto
respiradores (como N95) são usados para filtrar partículas finas no ar,
protegendo contra agentes patogênicos inaláveis.
• Óculos de Proteção ou Protetores Faciais:
Protegem os olhos e o rosto de respingos, partículas no ar e impactos.
• Vestimentas Protetoras: Capotes ou
aventais impermeáveis que cobrem a roupa para proteger contra a exposição a
fluidos corporais e outros contaminantes.
• Calçados de Segurança: Protegem os pés
de lesões por objetos caídos, cortes, e contaminação pelo chão.
O treinamento adequado no uso de EPI é vital. Os socorristas devem ser instruídos sobre como vestir, usar, tirar e descartar EPI corretamente para evitar a autocontaminação. Além disso, é crucial estar ciente das limitações de cada tipo de EPI e da necessidade de substituí-lo após contaminação ou quando danificado.
A identificação de perigos potenciais e o uso correto de EPI são fundamentais para garantir a segurança dos socorristas e dos pacientes em situações de urgência e emergência. Uma abordagem proativa na avaliação de riscos e na aplicação de medidas de proteção pode significativamente reduzir a incidência de lesões e infecções. Assim, a educação contínua e o treinamento em práticas de segurança são indispensáveis para manter os padrões de atendimento e proteção no mais alto nível.
A Avaliação Primária, frequentemente referida
pelo acrônimo ABCDE, é um componente fundamental do atendimento pré-hospitalar
e é realizada para avaliar e tratar rapidamente as condições que representam
uma ameaça imediata à vida do paciente. A primeira etapa desse processo é a
avaliação das vias aéreas (Airway), com especial atenção ao controle da coluna
cervical em pacientes com suspeita de lesões na região cervical.
As vias aéreas desobstruídas são essenciais para garantir a adequada
oxigenação e ventilação do paciente. Qualquer
obstrução nas vias aéreas pode levar a uma rápida deterioração do estado do
paciente, resultando em hipóxia e até mesmo parada respiratória. Portanto, é
crucial que os socorristas avaliem e mantenham as vias aéreas desobstruídas
durante todo o atendimento de emergência.
O controle da coluna cervical é especialmente
importante em casos de traumas, como acidentes de veículos motorizados, quedas
ou lesões por impacto. Lesões na coluna cervical podem causar danos
irreversíveis à medula espinhal, resultando em paralisia ou até mesmo em
comprometimento da respiração e circulação.
1. Airway (Vias Aéreas): Os socorristas
devem iniciar a avaliação abrindo as vias aéreas do paciente, inclinando
suavemente a cabeça para trás (hiperextensão) e elevando o queixo (tração
mandibular).
Isso ajuda a manter a via aérea aberta, facilitando a respiração.
2. Breathing (Respiração): Após garantir a
permeabilidade das vias aéreas, os socorristas devem verificar a respiração do
paciente. Eles devem observar se há movimentos respiratórios normais, ouvindo e
sentindo a respiração e observando o tórax para identificar sinais de esforço
respiratório anormal.
3. Circulation (Circulação): Após a
avaliação das vias aéreas e respiração, os socorristas devem verificar a
circulação do paciente, incluindo a frequência cardíaca e a presença de pulso.
Isso pode ser feito por meio de palpação do pulso carotídeo ou radial.
4. Disability (Deficiência Neurológica):
Esta etapa envolve a avaliação do estado neurológico do paciente, incluindo a
verificação da resposta verbal, resposta motora e abertura dos olhos. Isso pode
ajudar a identificar lesões neurológicas graves.
5. Exposure (Exposição): Por fim, os
socorristas devem expor o paciente para procurar lesões visíveis, como
hemorragias, fraturas ou queimaduras, e garantir que o paciente esteja
adequadamente aquecido para prevenir a hipotermia.
A avaliação primária, com ênfase na avaliação das vias aéreas com controle da coluna cervical, é um passo crucial no atendimento de emergência. O rápido reconhecimento e tratamento de problemas nas vias aéreas podem salvar vidas e minimizar as complicações associadas a lesões na coluna cervical. Portanto, é imperativo que os socorristas estejam bem treinados e preparados para realizar essa avaliação de forma eficaz em emergências.
Na Avaliação Primária, a etapa
"Respiração" (Breathing) é de extrema importância, pois avalia a
capacidade do paciente de respirar adequadamente e oxigenar seu corpo. A
respiração eficaz é vital para manter as funções vitais e prevenir complicações
graves. Durante essa fase da avaliação, os socorristas procuram identificar
problemas respiratórios e tomar medidas para corrigi-los rapidamente.
1. Observação Visual: Os socorristas
começam observando visualmente a respiração do paciente. Eles observam se o
paciente está respirando ou não, se há esforço respiratório visível, e se há
qualquer anormalidade no ritmo ou na profundidade da respiração.
2. Ausculta Pulmonar: O próximo passo
envolve a ausculta dos pulmões do paciente utilizando um estetoscópio. Isso
permite aos socorristas ouvir quaisquer sons anormais, como crepitações,
sibilos ou diminuição dos ruídos respiratórios, que podem indicar problemas nos
pulmões ou nas vias aéreas.
3. Verificação do Movimento Torácico: Os
socorristas observam o movimento do tórax do paciente para determinar se há uma
expansão e contração adequadas durante a respiração. Uma respiração
superficial, assimétrica ou ausente pode indicar problemas respiratórios
subjacentes.
4. Palpação do Tórax: Em alguns casos, os socorristas podem realizar a palpação do tórax para sentir a expansão e a contração dos pulmões. Isso pode ajudar a identificar áreas de hipoventilação ou hiperventilação.
Além da avaliação da respiração, os
socorristas também verificam a eficácia da ventilação do paciente. A ventilação
adequada é essencial para garantir que o oxigênio seja fornecido aos pulmões e
ao corpo, e que o dióxido de carbono seja eliminado.
1. Respiração Espontânea: Os socorristas
verificam se o paciente está respirando espontaneamente, o que indica uma
ventilação eficaz. Em caso de ausência de respiração espontânea, é necessário
iniciar a ventilação artificial imediatamente.
2. Uso de Dispositivos de Ventilação: Em
algumas situações, pode ser necessário o uso de dispositivos de ventilação
assistida, como bolsavalva-máscara ou ventiladores mecânicos, para auxiliar a
respiração do paciente.
3. Monitoramento dos Parâmetros Respiratórios: Durante todo o processo de avaliação e intervenção, os socorristas monitoram os parâmetros respiratórios do paciente, incluindo a frequência respiratória, a saturação de oxigênio
(SpO2) e a capnografia, quando disponíveis.
Se forem identificados problemas respiratórios, os socorristas devem iniciar intervenções imediatas para corrigir a situação. Isso pode incluir a administração de oxigênio suplementar, a aplicação de ventilação artificial, o alívio de obstruções das vias aéreas e a imobilização de lesões que possam estar comprometendo a respiração.
A avaliação primária da respiração e ventilação é uma etapa crucial no atendimento de emergência. Identificar e corrigir rapidamente problemas respiratórios é essencial para garantir a estabilidade do paciente e prevenir complicações graves. Portanto, é fundamental que os socorristas estejam bem treinados e preparados para realizar essa avaliação de forma eficaz em emergências.
Na Avaliação Primária, a etapa
"Circulação" (Circulation) é crucial para avaliar o estado do sistema
cardiovascular do paciente e garantir a adequada circulação sanguínea para os
órgãos vitais. Durante essa fase da avaliação, os socorristas buscam
identificar e controlar qualquer hemorragia significativa que possa comprometer
a circulação sanguínea e a estabilidade do paciente.
1. Verificação do Pulso: Os socorristas
iniciam verificando a presença e a qualidade do pulso do paciente. Isso pode
ser feito palpando o pulso carotídeo (no pescoço), o pulso radial (no pulso do
punho) ou o pulso femoral (na virilha). A ausência de pulso pode indicar
problemas graves de circulação.
2. Observação da Cor e Temperatura da Pele:
A cor e a temperatura da pele do paciente são indicadores importantes da
circulação sanguínea. Uma pele pálida, fria e úmida pode indicar choque ou
diminuição da perfusão periférica.
3. Verificação da Perfusão Capilar: Os
socorristas podem realizar o teste de perfusão capilar pressionando a ponta do
dedo ou a unha do paciente e observando quanto tempo leva para a cor retornar
após a pressão ser liberada. Uma perfusão capilar prolongada pode indicar uma
diminuição na circulação periférica.
4. Avaliação da Pressão Arterial: Quando possível, a pressão arterial do paciente deve ser medida. Uma pressão arterial baixa pode indicar choque ou outros problemas circulatórios graves.
Durante a avaliação da circulação, os socorristas também procuram identificar e controlar qualquer hemorragia significativa que possa comprometer a
circulação, os
socorristas também procuram identificar e controlar qualquer hemorragia
significativa que possa comprometer a circulação sanguínea do paciente. Isso
pode ser feito por meio de técnicas de controle de hemorragias, como:
• Aplicação de Pressão Direta: Pressionar
firmemente sobre o local da ferida com um curativo limpo ou com as mãos nuas
para interromper o sangramento.
• Elevação do Membro Ferido: Elevar o
membro ferido acima do nível do coração, se possível, para ajudar a reduzir o
fluxo sanguíneo para a área afetada.
• Aplicação de Curativos ou Dispositivos de
Compressão: Usar curativos hemostáticos, torniquetes ou dispositivos de
compressão para controlar hemorragias mais graves.
Além do controle de hemorragias, os
socorristas podem realizar intervenções para melhorar a circulação sanguínea e
a perfusão tecidual, como:
• Administração de Fluidos Intravenosos (IV):
A administração de fluidos intravenosos pode ajudar a restaurar o volume
sanguíneo e melhorar a pressão arterial em pacientes com choque hipovolêmico.
• Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): Em casos de parada cardíaca, a RCP é realizada para manter a circulação sanguínea até que medidas de suporte avançadas possam ser implementadas.
A avaliação primária da circulação, juntamente com o controle de hemorragias, é essencial para garantir a estabilidade do paciente em emergências. Identificar e tratar rapidamente problemas circulatórios podem salvar vidas e prevenir complicações graves. Portanto, é fundamental que os socorristas estejam bem treinados e preparados para realizar essa avaliação de forma eficaz em emergências.
Na avaliação primária, a etapa
"Deficiência Neurológica" (Disability) é crucial para avaliar o
estado neurológico do paciente e identificar qualquer lesão ou disfunção que
possa comprometer a função cerebral. Esta etapa é fundamental para determinar o
nível de consciência do paciente, sua capacidade de responder e sua função
neurológica global. Durante a avaliação da deficiência neurológica, os
socorristas procuram sinais de lesão cerebral, como trauma ou acidente vascular
cerebral, e tomam medidas para estabilizar o paciente e prevenir danos
adicionais.
1. Avaliação da Consciência: Os socorristas começam avaliando o nível de consciência do paciente. Isso pode ser feito usando a escala
de consciência do paciente. Isso pode ser
feito usando a escala de coma de Glasgow (Glasgow Coma Scale - GCS) ou
avaliando a capacidade do paciente de responder a estímulos verbais, motores e
dolorosos.
2. Verificação da Resposta Motora: Os
socorristas observam a capacidade do paciente de se mover voluntariamente e
responder a estímulos motores. Isso inclui verificar se o paciente é capaz de
seguir comandos simples, mover os membros de forma coordenada e simétrica, e
realizar movimentos reflexos normais.
3. Avaliação da Resposta Verbal: Os
socorristas também avaliam a resposta verbal do paciente. Isso pode envolver
verificar se o paciente é capaz de falar, responder a perguntas de forma
coerente e compreender instruções verbais simples.
4. Verificação da Pupila e da Simetria Facial:
Os socorristas examinam as pupilas do paciente para verificar se estão
simétricas e reativas à luz. Qualquer assimetria ou falta de reatividade pode
indicar uma lesão cerebral grave. Além disso, a simetria facial é verificada
para identificar sinais de paralisia facial ou outras anormalidades
neurológicas.
Com base na avaliação da deficiência
neurológica, os socorristas podem tomar várias medidas para estabilizar o
paciente e prevenir danos adicionais:
• Posicionamento Adequado: Posicionar o
paciente de forma adequada para evitar obstrução das vias aéreas, minimizar o
risco de aspiração e proteger contra lesões na coluna cervical, se houver
suspeita de trauma.
• Manutenção da Via Aérea: Garantir que
as vias aéreas do paciente estejam desobstruídas e que ele esteja recebendo
oxigênio suficiente para prevenir a hipóxia cerebral.
• Transporte Rápido para o Atendimento Médico:
Se necessário, os socorristas devem transportar o paciente rapidamente para o
atendimento médico avançado, onde avaliação e tratamento adicionais podem ser
fornecidos.
• Administração de Medicamentos: Em alguns casos, os socorristas podem administrar medicamentos para controlar convulsões, reduzir a pressão intracraniana ou melhorar a perfusão cerebral.
A avaliação da deficiência neurológica desempenha um papel fundamental na avaliação inicial de pacientes em emergências. Identificar e tratar rapidamente problemas neurológicos pode ajudar a prevenir danos cerebrais adicionais e melhorar o prognóstico do paciente. Portanto, é essencial que os socorristas estejam bem treinados e preparados para realizar
essa avaliação de forma eficaz em emergências.
Na avaliação primária de um paciente em
emergências, a etapa de "Exposição e controle ambiental" (Exposure) é
fundamental para garantir que o paciente esteja adequadamente exposto para a
avaliação e o tratamento, enquanto também se preocupa em proteger o paciente
contra o ambiente externo, que pode ser potencialmente perigoso ou
desfavorável. Durante essa fase da avaliação, os socorristas procuram garantir
que o paciente esteja em uma posição segura e confortável, enquanto são tomadas
medidas para proteger contra fatores ambientais adversos que possam agravar a
condição do paciente.
1. Despir o Paciente: Os socorristas
removem cuidadosamente a roupa do paciente para expor completamente o corpo,
permitindo uma avaliação completa das lesões e condições médicas. Isso também
facilita a aplicação de curativos e tratamentos adequados.
2. Proteção contra o Ambiente: Durante a
exposição do paciente, os socorristas devem protegê-lo contra os elementos
externos, como o frio, o calor extremo, a chuva ou o vento. Isso pode envolver
a cobertura do paciente com cobertores térmicos, roupas adicionais ou a criação
de abrigos improvisados.
3. Manutenção da Privacidade e Dignidade:
Enquanto expõem o paciente, os socorristas devem fazer esforços para manter sua
privacidade e dignidade. Isso pode ser alcançado através do uso de cortinas de
privacidade ou da orientação de espectadores e transeuntes para manter uma
distância respeitosa.
4. Controle de Hemorragias e Outras Lesões:
Durante a exposição do paciente, os socorristas também procuram controlar
quaisquer hemorragias ou lesões visíveis. Isso pode envolver a aplicação de
pressão direta sobre feridas sangrantes, a elevação de membros feridos ou a
aplicação de curativos compressivos.
Com base na avaliação da exposição e controle
ambiental, os socorristas podem tomar várias medidas para garantir a segurança
e o conforto do paciente, incluindo:
• Estabilização da Temperatura Corporal:
Manter o paciente aquecido ou fresco, conforme necessário, para prevenir a
hipotermia ou a hipertermia.
• Proteção contra Fatores Ambientais Adversos:
Proteger o paciente contra chuva, vento, sol ou outros fatores ambientais que
possam agravar a condição do paciente.
• Remoção de Obstruções e Perigos no
Ambiente:
Identificar e remover quaisquer obstáculos ou perigos no ambiente que possam
representar uma ameaça à segurança do paciente ou dos socorristas.
• Fornecer Suporte Emocional: Durante a exposição do paciente, os socorristas também podem fornecer suporte emocional para acalmar o paciente e ajudá-lo a se sentir seguro e confortável.
A avaliação de exposição e controle ambiental é uma etapa crucial no atendimento de emergência, pois garante que o paciente esteja adequadamente exposto para avaliação e tratamento, enquanto também é protegido contra fatores ambientais adversos. Ao realizar essa avaliação de forma eficaz, os socorristas podem melhorar a segurança e o conforto do paciente, proporcionando uma base sólida para a continuação do atendimento médico adequado.
Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Uso do DEA
A RCP (ressuscitação cardiopulmonar) é uma
intervenção de emergência crucial para manter a circulação sanguínea e a
oxigenação em pacientes que sofreram parada cardíaca ou respiratória. As
técnicas de RCP variam ligeiramente entre adultos, crianças e bebês devido às
diferenças em seus corpos e necessidades fisiológicas. Além disso, o uso do
Desfibrilador Externo Automático (DEA) é uma ferramenta importante no suporte à
RCP em casos de ritmos cardíacos desfibriláveis. Vamos discutir cada um desses
aspectos separadamente.
RCP em Adultos:
1. Verificar a Resposta: Chame por ajuda e
verifique a resposta do paciente.
2. Verificar a Respiração: Incline a
cabeça para trás e levante o queixo para abrir as vias aéreas. Verifique se há
respiração normal.
3. Compressões Torácicas: Posicione suas
mãos no centro do peito do paciente e comprima o tórax a uma profundidade de
aproximadamente 5-6 cm a uma taxa de 100-120 compressões por minuto.
4. Ventilações de Resgate: Após 30
compressões, ventile o paciente duas vezes, observando a expansão torácica.
Continue ciclos de 30 compressões e 2 ventilações.
RCP em Crianças:
1. Verificar a Resposta: Verifique a
resposta do paciente.
2. Chamada de Emergência: Chame por ajuda
imediatamente.
3. Compressões Torácicas: Realize
compressões no centro do peito do paciente, com duas mãos, a uma profundidade
de aproximadamente 1/3 da profundidade do peito (aproximadamente 5 cm).
4. Ventilações de Resgate: Após 30 compressões, ventile o paciente duas vezes. Continue com ciclos de 30 compressões e 2
ventilações.
RCP em Bebês:
1. Verificar a Resposta: Verifique a
resposta do bebê.
2. Chamada de Emergência: Chame por ajuda
imediatamente.
3. Compressões Torácicas: Realize
compressões no centro do peito do bebê, com dois dedos, a uma profundidade de
aproximadamente 1/3 da profundidade do peito (aproximadamente 4 cm).
4. Ventilações de Resgate: Após 30
compressões, ventile o bebê duas vezes. Continue com ciclos de 30 compressões e
2 ventilações.
• Um
DEA é um dispositivo que administra choques elétricos ao coração em caso de
ritmos cardíacos desfibriláveis, como a fibrilação ventricular ou a taquicardia
ventricular sem pulso.
• Verifique
se o DEA está ligado e siga as instruções do dispositivo.
• Cole
as pás adesivas do DEA no peito do paciente, seguindo as indicações do
dispositivo.
• Quando
o DEA indicar, pare a RCP e certifique-se de que todos estejam afastados do
paciente antes de administrar o choque.
• Após
o choque, retome imediatamente a RCP de acordo com as instruções do DEA.
É importante lembrar que a RCP e o uso do DEA devem ser realizados por pessoal treinado sempre que possível. A rápida intervenção pode salvar vidas em situações de parada cardíaca ou respiratória.
O reconhecimento precoce da parada
cardiorrespiratória (PCR) é essencial para iniciar imediatamente as medidas de
ressuscitação e aumentar as chances de sobrevivência do paciente. A PCR ocorre
quando o coração para de bombear sangue para o corpo e a respiração cessa.
Reconhecer os sinais e sintomas de uma PCR pode permitir uma resposta rápida e
eficaz. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o reconhecimento da PCR:
Sinais e Sintomas da
Parada Cardiorrespiratória:
1. Perda de Consciência Súbita: O paciente
pode cair inconsciente sem razão aparente ou perder a consciência gradualmente.
2. Ausência de Respiração ou Respiração
Anormal: Verifique se o paciente não está respirando normalmente ou não
está respirando de forma alguma. Isso pode incluir respiração irregular,
gemidos ou falta de movimento torácico.
3. Ausência de Pulso: Verifique se há
pulso carotídeo (no pescoço) ou radial (no pulso do punho). A ausência de pulso
indica uma emergência médica grave.
4. Alterações na Cor da Pele: O paciente
pode parecer pálido, com lábios e unhas azulados devido à falta de oxigenação
adequada.
5.
Convulsões ou Movimentos Involuntários:
Algumas pessoas podem experimentar convulsões ou movimentos involuntários
durante uma PCR.
Ações a serem Tomadas:
1. Chamar por Ajuda: Solicite ajuda
imediatamente chamando o serviço de emergência médica e sinalize para outras
pessoas nas proximidades.
2. Iniciar RCP: Se você for treinado em
RCP, inicie as compressões torácicas e ventilações de resgate imediatamente. Se
não for treinado, siga as instruções do operador de emergência por telefone.
3. Obter um DEA (Desfibrilador Externo
Automático): Se um DEA estiver disponível, obtenha-o e siga as instruções
para aplicar os choques, se indicado.
4. Continuar a RCP até a Chegada da Ajuda:
Continue com as compressões torácicas e ventilações de resgate até que a equipe
de emergência chegue e assuma o cuidado do paciente.
Conclusão:
Reconhecer os sinais de uma parada cardiorrespiratória é crucial para iniciar imediatamente as medidas de ressuscitação e aumentar as chances de sobrevivência do paciente. A resposta rápida e eficaz pode fazer a diferença entre a vida e a morte em situações de PCR. Portanto, é importante estar ciente dos sinais e sintomas e saber como agir com rapidez e confiança diante de uma emergência.
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