PREPARATÓRIO
PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Introdução
ao Trabalho do Agente Comunitário de Saúde
O Papel do Agente Comunitário de Saúde
O
agente comunitário de saúde desempenha um papel fundamental na promoção da
saúde e no bem-estar das comunidades em que atua. Definido como um elo vital
entre a população e os serviços de saúde, o agente comunitário de saúde é um
profissional capacitado para atuar diretamente junto às famílias em seu
ambiente domiciliar e comunitário.
A
história da profissão remonta às décadas de 1970 e 1980, quando diversos países
começaram a perceber a importância de levar os serviços de saúde para mais
perto das pessoas, especialmente aquelas que viviam em áreas remotas ou
desfavorecidas. No Brasil, por exemplo, o Programa de Agentes Comunitários de
Saúde (PACS) foi implementado em 1991 como parte das estratégias de
reestruturação do sistema de saúde.
Os
agentes comunitários de saúde são recrutados prioritariamente entre os próprios
moradores das comunidades onde atuam, o que facilita o estabelecimento de
vínculos de confiança e o entendimento das necessidades específicas de cada
localidade. Seu trabalho vai além da simples prestação de cuidados de saúde;
eles são educadores, facilitadores e defensores da saúde pública.
Esses
profissionais desempenham uma variedade de funções, que incluem desde o
acompanhamento de gestantes e crianças até a promoção de hábitos saudáveis, a
prevenção de doenças, a identificação de problemas sociais e a mobilização
comunitária para a melhoria das condições de vida. Por meio de visitas
domiciliares, grupos educativos, campanhas de vacinação e outras atividades, os
agentes comunitários de saúde contribuem para a construção de uma comunidade
mais saudável e resiliente.
Em suma, o agente comunitário de saúde é um agente de transformação social, cujo trabalho é essencial para a construção de sistemas de saúde mais inclusivos e eficazes. Sua presença próxima à comunidade e seu conhecimento das realidades locais tornam-no um aliado valioso na busca pela equidade em saúde e no alcance do bem-estar para todos.
Funções
e Responsabilidades do Agente Comunitário de Saúde
O
agente comunitário de saúde desempenha um papel crucial na promoção da saúde e
no fortalecimento das comunidades em que atua. Suas funções e responsabilidades
abrangem uma variedade de atividades que visam melhorar o bem-estar e a
qualidade de vida das pessoas.
Uma das principais funções do agente comunitário de saúde é realizar
visitas
domiciliares às famílias sob sua responsabilidade. Durante essas visitas, eles
realizam avaliações de saúde, identificam necessidades específicas, oferecem
orientações sobre hábitos saudáveis e fornecem informações sobre prevenção de
doenças. Além disso, o agente comunitário de saúde é responsável por acompanhar
o desenvolvimento de gestantes, bebês e crianças, garantindo o acesso aos
serviços de saúde adequados e promovendo o cuidado integral desde o período
pré-natal até a infância.
Outra
importante responsabilidade do agente comunitário de saúde é promover a
participação ativa da comunidade em ações relacionadas à saúde. Eles organizam
e facilitam grupos educativos, palestras e campanhas de conscientização sobre
temas como alimentação saudável, vacinação, higiene pessoal e prevenção de
doenças específicas. Ao envolver os moradores na tomada de decisões
relacionadas à saúde, o agente comunitário de saúde fortalece o senso de
pertencimento e empoderamento da comunidade, incentivando a adoção de práticas
saudáveis de forma sustentável.
Além
disso, o agente comunitário de saúde atua como um elo entre a comunidade e os
serviços de saúde, auxiliando na identificação de demandas locais e na
articulação com outros profissionais e recursos disponíveis na rede de atenção
à saúde. Eles são responsáveis por orientar os moradores sobre como acessar os
serviços de saúde, acompanhar o agendamento de consultas e exames, e garantir o
cumprimento de tratamentos médicos e de medidas preventivas.
Por
fim, o agente comunitário de saúde desempenha um papel importante na vigilância
epidemiológica, contribuindo para a identificação precoce de surtos e
epidemias, além de notificar casos suspeitos de doenças e encaminhar para o
tratamento adequado. Sua atuação proativa e integrada com a comunidade é
essencial para o controle e prevenção de doenças, bem como para a promoção de
uma cultura de saúde e bem-estar em toda a comunidade.
Em
resumo, as funções e responsabilidades do agente comunitário de saúde são
fundamentais para garantir o acesso universal aos serviços de saúde, promover a
equidade e a justiça social e contribuir para a construção de comunidades mais
saudáveis e resilientes.
Importância do Agente Comunitário de Saúde na Promoção da Saúde Pública
O agente comunitário de saúde desempenha um papel vital na promoção da saúde pública em todas as comunidades em que atua. Sua presença próxima à população e seu conhecimento das
realidades locais tornam-no um agente-chave na
implementação de estratégias eficazes de prevenção de doenças e promoção do
bem-estar.
Uma
das principais contribuições do agente comunitário de saúde é o estabelecimento
de vínculos de confiança com as famílias e indivíduos de sua área de atuação.
Esses laços de confiança facilitam a comunicação e o compartilhamento de
informações sobre saúde, permitindo que o agente compreenda melhor as
necessidades específicas da comunidade e possa direcionar suas ações de forma
mais eficaz.
Além
disso, o agente comunitário de saúde atua como um educador, fornecendo
informações e orientações sobre hábitos saudáveis, prevenção de doenças,
cuidados com a saúde materno-infantil, planejamento familiar, entre outros
temas relevantes. Por meio de visitas domiciliares, grupos educativos e
campanhas de conscientização, eles capacitam os membros da comunidade a
adotarem comportamentos saudáveis e a tomarem decisões informadas sobre sua
saúde e bem-estar.
Outro
aspecto crucial do trabalho do agente comunitário de saúde é sua capacidade de
mobilizar e engajar a comunidade em ações de promoção da saúde. Eles promovem a
participação ativa dos moradores em atividades de prevenção de doenças, como
vacinação, controle de vetores, eliminação de criadouros do mosquito Aedes
aegypti, entre outras. Ao envolver a comunidade na identificação e resolução de
problemas de saúde locais, o agente comunitário de saúde fortalece o senso de
pertencimento e responsabilidade coletiva, contribuindo para a construção de
uma cultura de saúde e bem-estar.
Além
disso, o agente comunitário de saúde desempenha um papel importante na detecção
precoce de doenças e no encaminhamento adequado para os serviços de saúde. Sua
presença constante na comunidade permite identificar sinais de alerta e
sintomas de doenças, possibilitando o acesso oportuno aos cuidados médicos
necessários. Essa atuação proativa é fundamental para o controle e prevenção de
doenças, bem como para a redução das iniquidades em saúde.
Em
resumo, o agente comunitário de saúde desempenha um papel insubstituível na
promoção da saúde pública, atuando como um elo vital entre a comunidade e os
serviços de saúde. Sua presença próxima, sua capacidade de educação e
mobilização comunitária e sua dedicação ao bem-estar da população são
essenciais para garantir que todas as pessoas tenham acesso a cuidados de saúde
de qualidade e possam desfrutar de uma vida saudável e digna.
Ética e Comunicação na Atuação do Agente
Comunitário de Saúde
A
atuação do agente comunitário de saúde é permeada por princípios éticos
fundamentais que norteiam suas interações com a comunidade e guiam suas
práticas profissionais. A ética e a comunicação desempenham um papel crucial na
construção de relacionamentos de confiança e no estabelecimento de vínculos
sólidos entre o profissional de saúde e os membros da comunidade.
Um
dos princípios éticos mais importantes na interação do agente comunitário de
saúde com a comunidade é o respeito à autonomia e à dignidade das pessoas. Isso
significa reconhecer e valorizar as escolhas individuais e os direitos das
pessoas de serem informadas e participarem das decisões relacionadas à sua
saúde. O agente comunitário de saúde deve garantir que as informações sejam
fornecidas de forma clara, objetiva e compreensível, respeitando a diversidade
cultural e as crenças dos indivíduos.
Além
disso, a confidencialidade é um princípio ético essencial que deve ser
rigorosamente observado pelo agente comunitário de saúde. Ele deve manter em
sigilo todas as informações confidenciais obtidas durante suas interações com
os membros da comunidade, garantindo o direito à privacidade e à intimidade dos
indivíduos. O respeito à confidencialidade fortalece a confiança mútua entre o
agente e a comunidade, criando um ambiente seguro e acolhedor para a busca de
cuidados de saúde.
Outro
aspecto ético importante na atuação do agente comunitário de saúde é a
imparcialidade e a equidade no atendimento. Ele deve evitar qualquer forma de
discriminação ou preconceito e garantir que todos os membros da comunidade
tenham acesso igualitário aos serviços de saúde, independentemente de sua
condição social, econômica ou cultural. O agente comunitário de saúde deve
promover a inclusão e a igualdade, buscando sempre o bem-estar de todos os
indivíduos e grupos vulneráveis.
Além
disso, a comunicação eficaz desempenha um papel fundamental na atuação do
agente comunitário de saúde. Ele deve desenvolver habilidades de escuta ativa,
empatia e assertividade para estabelecer uma comunicação aberta e transparente
com os membros da comunidade. Isso envolve saber ouvir as preocupações e
necessidades das pessoas, fornecer informações claras e precisas, e responder
às perguntas de forma honesta e respeitosa.
Em suma, a ética e a comunicação são pilares essenciais na atuação do agente comunitário de saúde, garantindo que suas interações com a
comunidade sejam
pautadas pela integridade, respeito e empatia. Ao adotar uma abordagem ética e
centrada no paciente, o agente comunitário de saúde contribui para o
fortalecimento dos laços de confiança e para o sucesso das intervenções de
saúde na comunidade.
Estratégias Eficazes de Comunicação com Diferentes Grupos Sociais
A
comunicação eficaz é essencial para o trabalho do agente comunitário de saúde,
especialmente ao lidar com uma diversidade de grupos sociais dentro da
comunidade. Adotar estratégias adequadas de comunicação é fundamental para
garantir que as mensagens sobre saúde sejam compreendidas, aceitas e adotadas
por todos os membros da comunidade, independentemente de sua origem, cultura ou
contexto social. Aqui estão algumas estratégias eficazes de comunicação com
diferentes grupos sociais:
1.
Conhecer o Público-Alvo: Antes de iniciar qualquer campanha
ou intervenção de saúde, é crucial conhecer o público-alvo. Isso envolve
compreender sua cultura, tradições, crenças e preferências de comunicação. Ao
entender as características específicas de cada grupo social, o agente
comunitário de saúde pode adaptar sua abordagem de comunicação para atender às
necessidades e expectativas da comunidade.
2.
Utilizar Linguagem Acessível: Evitar jargões técnicos
e utilizar uma linguagem simples e acessível é fundamental para garantir a
compreensão das mensagens de saúde. O uso de exemplos práticos, histórias e
analogias pode ajudar a tornar as informações mais claras e relevantes para diferentes
grupos sociais.
3.
Empregar Diversos Canais de Comunicação: As pessoas têm
preferências diferentes quando se trata de receber informações. Por isso, é
importante utilizar uma variedade de canais de comunicação, como reuniões
comunitárias, panfletos, cartazes, rádio comunitária, redes sociais, mensagens
de texto, entre outros. Adaptar a mensagem ao canal de comunicação escolhido
pode aumentar sua eficácia.
4.
Envolvimento da Comunidade: Incentivar a participação ativa da
comunidade na criação e disseminação de mensagens de saúde é uma estratégia
poderosa. Envolver líderes comunitários, grupos religiosos, escolas e
organizações locais pode ajudar a garantir que as mensagens sejam culturalmente
apropriadas e bem recebidas.
5. Personalização das Mensagens: Reconhecer e abordar as preocupações específicas de cada grupo social é essencial para aumentar a relevância das mensagens de saúde. As mensagens devem ser adaptadas para refletir as
necessidades, valores e experiências únicas de cada grupo,
aumentando assim sua eficácia e aceitação.
6.
Feedback e Avaliação: Manter um diálogo aberto com a comunidade
e solicitar feedback regular sobre as estratégias de comunicação utilizadas é
fundamental para identificar o que está funcionando e o que pode ser melhorado.
A avaliação contínua das intervenções de saúde permite ajustar as estratégias
de comunicação conforme necessário, garantindo que elas sejam eficazes e
relevantes para os diferentes grupos sociais atendidos.
Em
resumo, adotar estratégias eficazes de comunicação com diferentes grupos
sociais é essencial para o sucesso das intervenções de saúde comunitária. Ao
conhecer o público-alvo, utilizar uma linguagem acessível, empregar diversos
canais de comunicação, envolver a comunidade, personalizar as mensagens e
solicitar feedback regular, o agente comunitário de saúde pode garantir que as
mensagens de saúde sejam compreendidas, aceitas e adotadas por todos os membros
da comunidade, contribuindo assim para a promoção do bem-estar e qualidade de
vida.
Importância da Confidencialidade e do Respeito à Privacidade dos Pacientes
A
confidencialidade e o respeito à privacidade dos pacientes são pilares
fundamentais da prática ética e profissional de qualquer profissional de saúde,
incluindo o agente comunitário de saúde. Esses princípios desempenham um papel
crucial na construção de relacionamentos de confiança entre o paciente e o
profissional de saúde, garantindo um ambiente seguro e acolhedor para a busca
de cuidados médicos.
Em
primeiro lugar, a confidencialidade assegura que as informações pessoais e
médicas dos pacientes sejam protegidas contra divulgação não autorizada. Isso
inclui dados sensíveis, como histórico de saúde, resultados de exames,
diagnósticos e tratamentos em andamento. Ao manter a confidencialidade das
informações dos pacientes, o agente comunitário de saúde demonstra respeito
pela autonomia e dignidade de cada indivíduo, protegendo sua privacidade e
garantindo que suas informações pessoais sejam tratadas com o devido cuidado e
respeito.
Além disso, o respeito à privacidade dos pacientes é essencial para promover um ambiente de cuidado seguro e acolhedor. Respeitar a privacidade significa garantir que as interações com os pacientes ocorram em locais adequados e livres de interrupções, onde eles se sintam confortáveis e seguros para compartilhar informações sobre sua saúde e bem-estar. Isso
inclui respeitar o
espaço pessoal dos pacientes, garantir que as conversas sejam realizadas em um
ambiente confidencial e proteger suas informações pessoais contra acesso não
autorizado.
Manter
a confidencialidade e respeitar a privacidade dos pacientes não apenas
fortalece a relação de confiança entre o paciente e o profissional de saúde,
mas também é fundamental para garantir a qualidade e eficácia do atendimento
médico. Quando os pacientes se sentem seguros e confiantes de que suas
informações serão mantidas em sigilo, eles são mais propensos a buscar ajuda
quando necessário, compartilhar informações relevantes sobre sua saúde e aderir
ao tratamento recomendado.
Além
disso, o respeito à privacidade dos pacientes está alinhado com os princípios
éticos fundamentais da medicina, que enfatizam o respeito pela autonomia,
beneficência, não maleficência e justiça. Ao garantir que os pacientes tenham
controle sobre suas informações pessoais e que sua privacidade seja protegida,
o agente comunitário de saúde contribui para a promoção do bem-estar e
dignidade dos indivíduos, fortalecendo assim os valores fundamentais da prática
médica.
Em
resumo, a importância da confidencialidade e do respeito à privacidade dos
pacientes não pode ser subestimada. Esses princípios são essenciais para
promover um ambiente de cuidado seguro e acolhedor, construir relacionamentos
de confiança entre o paciente e o profissional de saúde, e garantir a qualidade
e eficácia do atendimento médico. Ao manter a confidencialidade das informações
dos pacientes e respeitar sua privacidade, o agente comunitário de saúde
demonstra seu compromisso com a ética e a excelência no cuidado com a saúde da
comunidade.
Legislação e Diretrizes do SUS para
Agentes Comunitários de Saúde
O
Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das maiores conquistas sociais do povo
brasileiro e uma referência internacional em políticas de saúde pública. Sua
história remonta à Constituição Federal de 1988, também conhecida como
Constituição Cidadã, que estabeleceu a saúde como direito de todos e dever do
Estado.
Antes
da criação do SUS, o sistema de saúde brasileiro era fragmentado e marcado pela
desigualdade de acesso aos serviços de saúde. As políticas de saúde estavam
voltadas principalmente para o atendimento da população urbana e economicamente
privilegiada, deixando de lado milhões de brasileiros que viviam em condições
precárias de saúde.
Com a promulgação da Constituição de 1988,
promulgação da Constituição de 1988, o Brasil deu um passo histórico ao criar
o Sistema Único de Saúde (SUS), que se baseia em alguns princípios
fundamentais:
1. Universalidade:
O SUS garante acesso universal e igualitário aos serviços de saúde, sem
qualquer tipo de discriminação ou privilégio. Todos os cidadãos brasileiros têm
direito à saúde, independentemente de sua condição social, econômica ou de
saúde.
2. Integralidade:
O SUS promove uma abordagem integral da saúde, considerando o ser humano em sua
totalidade, com suas dimensões física, mental, emocional e social. Isso
significa que o sistema oferece uma ampla gama de serviços de saúde, que vão
desde a prevenção e promoção da saúde até o tratamento e reabilitação de
doenças.
3. Equidade:
O SUS busca reduzir as desigualdades regionais e sociais em saúde, priorizando
o atendimento às populações mais vulneráveis e excluídas. O sistema adota
políticas e programas específicos para garantir que todos tenham acesso
igualitário aos serviços de saúde, independentemente de sua localização
geográfica ou condição socioeconômica.
4. Descentralização:
O SUS promove a descentralização da gestão e organização dos serviços de saúde,
transferindo responsabilidades e recursos para os estados, municípios e o
Distrito Federal. Isso permite uma maior participação da comunidade na gestão
da saúde e uma maior adequação das políticas de saúde às necessidades locais.
5. Participação
Social: O SUS valoriza a participação ativa da sociedade na
formulação, implementação e avaliação das políticas de saúde. Isso se traduz na
criação de conselhos de saúde em todos os níveis de governo, que têm como
objetivo representar os interesses da comunidade e fiscalizar a aplicação dos
recursos públicos na saúde.
Desde
sua criação, o SUS tem enfrentado desafios e obstáculos, como subfinanciamento,
falta de infraestrutura, desigualdades regionais e dificuldades de gestão. No
entanto, o sistema tem se mostrado resiliente e capaz de promover avanços
significativos na saúde pública brasileira, como a redução da mortalidade
infantil, o controle de doenças endêmicas e a ampliação do acesso aos serviços
de saúde.
Em suma, o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista histórica que reflete os valores de solidariedade, equidade e justiça social do povo brasileiro. Ao garantir acesso universal, integralidade, equidade, descentralização e participação social, o SUS continua sendo uma ferramenta essencial na promoção da saúde
o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista histórica que reflete os
valores de solidariedade, equidade e justiça social do povo brasileiro. Ao
garantir acesso universal, integralidade, equidade, descentralização e
participação social, o SUS continua sendo uma ferramenta essencial na promoção
da saúde e no fortalecimento do sistema de saúde brasileiro.
Legislação que Rege a Atuação dos Agentes Comunitários de Saúde
A
atuação dos agentes comunitários de saúde (ACS) no Brasil é regida por uma
série de legislações que buscam garantir seus direitos, deveres e condições
adequadas para o desempenho de suas funções. Essas legislações refletem o
reconhecimento da importância do trabalho dos ACS na promoção da saúde e no
fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Algumas das principais leis e
normas que regem a atuação dos agentes comunitários de saúde são:
1. Lei
nº 11.350/2006: Esta lei regulamenta a profissão dos
agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias. Ela
estabelece as atribuições, direitos e deveres dos ACS, bem como as condições
para sua contratação e remuneração. A Lei nº 11.350/2006 também define a forma
como os ACS devem ser capacitados e supervisionados, além de estabelecer
critérios para sua atuação em equipes multiprofissionais de saúde da família.
2. Portaria
nº 648/2006: Esta portaria do Ministério da Saúde
institui a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que define as diretrizes
para a organização da atenção básica à saúde no Brasil. Ela estabelece a
Estratégia de Saúde da Família (ESF) como modelo prioritário de atenção básica
e determina a inclusão dos agentes comunitários de saúde como membros
fundamentais das equipes de saúde da família.
3. Lei
nº 8.080/1990: Esta lei dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, estabelecendo o papel do SUS como
responsável pela organização e prestação de serviços de saúde em todo o
território nacional. A Lei nº 8.080/1990 reconhece a atenção básica como o
principal nível de atenção à saúde e destaca a importância dos ACS na promoção
da saúde e prevenção de doenças.
4. Lei nº 8.142/1990: Esta lei dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, estabelecendo a criação de conselhos de saúde em todos os níveis de governo. Os conselhos de saúde têm como objetivo promover a participação popular na formulação, execução e avaliação das políticas de saúde, garantindo a representação dos interesses da comunidade,
incluindo os
agentes comunitários de saúde.
Além
dessas legislações, os agentes comunitários de saúde também são regidos por
outras normas e regulamentos específicos de cada município, estado ou região.
Essas normas podem abordar questões relacionadas à jornada de trabalho,
remuneração, capacitação, supervisão e outras condições de trabalho dos ACS.
Em
resumo, a legislação que rege a atuação dos agentes comunitários de saúde no
Brasil é essencial para garantir a qualidade e efetividade dos serviços
prestados à comunidade. Ao estabelecer direitos, deveres e condições adequadas
para o exercício da profissão, essas leis contribuem para fortalecer o papel
dos ACS na promoção da saúde e no desenvolvimento do SUS.
Diretrizes e Programas do SUS Relacionados ao Trabalho do Agente Comunitário de Saúde
O
Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é um dos maiores sistemas públicos de
saúde do mundo e possui diretrizes e programas específicos voltados para
fortalecer o trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS). Essas diretrizes
e programas visam promover a atuação dos ACS na promoção da saúde, prevenção de
doenças e no acompanhamento das famílias em suas comunidades. Abaixo,
destacamos algumas das principais diretrizes e programas do SUS relacionados ao
trabalho dos ACS:
1. Estratégia
de Saúde da Família (ESF): A ESF é uma das principais
diretrizes do SUS e tem como objetivo reorganizar o modelo de atenção básica à
saúde no Brasil. Ela se baseia na formação de equipes multiprofissionais, que
incluem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de
saúde, para prestar atendimento integral e humanizado às famílias em seus
territórios. Os ACS desempenham um papel central na ESF, realizando visitas
domiciliares, identificando as necessidades de saúde da comunidade, promovendo
ações de prevenção e acompanhando o cumprimento de tratamentos.
2. Programa
Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB):
O PMAQ-AB é um programa do Ministério da Saúde que tem como objetivo incentivar
a melhoria da qualidade e ampliação do acesso aos serviços de atenção básica à
saúde. Ele avalia as equipes de saúde da família por meio de indicadores de
desempenho e qualidade, incentivando a busca pela excelência no atendimento. Os
ACS são essenciais para o sucesso do PMAQ-AB, pois contribuem para a realização
das metas estabelecidas e para a avaliação do impacto das ações de saúde na
comunidade.
3.
Programa
Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): O PNPS é uma iniciativa
do Ministério da Saúde voltada para a promoção de estilos de vida saudáveis e a
prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Ele engloba diversas ações e
estratégias de promoção da saúde, como incentivo à prática de atividade física,
alimentação saudável, prevenção ao tabagismo e consumo responsável de álcool.
Os ACS desempenham um papel fundamental na disseminação de informações sobre
hábitos saudáveis e na mobilização da comunidade para a adoção de práticas
preventivas.
4. Programa
Nacional de Imunizações (PNI): O PNI é um programa do
Ministério da Saúde que tem como objetivo garantir a vacinação de toda a
população brasileira contra diversas doenças preveníveis por vacinas. Os ACS
desempenham um papel importante na mobilização da comunidade para a vacinação,
na identificação de grupos vulneráveis e na busca ativa de pessoas não
vacinadas.
Essas diretrizes e programas do SUS refletem o compromisso do governo brasileiro em fortalecer a atenção básica à saúde e promover a saúde da população. Os agentes comunitários de saúde desempenham um papel essencial na implementação dessas políticas, atuando como elo entre os serviços de saúde e a comunidade, e contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de doenças em suas áreas de atuação.
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