Fundamentos da Profissão e Biossegurança
Introdução à profissão de manicure e pedicure
A
profissão de manicure e pedicure ocupa um papel essencial no universo da beleza
e do cuidado pessoal. Mais do que embelezar unhas e mãos, o trabalho desse
profissional está relacionado ao bem-estar, à autoestima e à saúde das pessoas.
Ao longo das últimas décadas, a atividade evoluiu de uma prática artesanal e
doméstica para uma profissão reconhecida, regulamentada e altamente valorizada
no mercado estético, integrando um setor que movimenta bilhões de reais
anualmente no Brasil.
História
e importância da profissão
A prática de cuidar das unhas não é recente. Registros históricos indicam que povos antigos, como egípcios, chineses e romanos, já realizavam procedimentos de embelezamento das mãos e pés há milhares de anos. No Egito Antigo, por exemplo, o uso de tinturas naturais como a hena era símbolo de status social, enquanto na China Imperial as unhas longas e bem cuidadas indicavam nobreza e distinção. Com o passar dos séculos, esses cuidados foram se difundindo entre diferentes classes sociais e se adaptando às transformações culturais e econômicas de cada época (SENAC, 2019).
No
Brasil, a profissão de manicure e pedicure começou a ganhar força a partir da
década de 1940, com o surgimento dos primeiros salões de beleza inspirados em
modelos europeus e norte-americanos. Inicialmente, as atividades eram exercidas
de forma empírica e sem regulamentação, mas o avanço do setor de cosméticos,
aliado à busca crescente por estética e autocuidado, impulsionou a
profissionalização. Atualmente, o ofício é reconhecido como uma das áreas mais
dinâmicas do ramo da beleza, proporcionando oportunidades tanto em
estabelecimentos especializados quanto em atendimentos domiciliares e
empreendimento próprio (SANTOS, 2021).
A
importância da profissão está associada não apenas à estética, mas também à
saúde. O cuidado correto das unhas evita infecções, micoses e outros problemas
dermatológicos. Assim, o profissional de manicure e pedicure deve dominar
técnicas de biossegurança, esterilização e higiene, garantindo um atendimento
seguro e de qualidade. Além disso, a dimensão social do trabalho é
significativa, pois o embelezamento das mãos e pés contribui diretamente para a
elevação da autoestima e para a sensação de bem-estar físico e emocional dos
clientes.
Áreas
de atuação e perfil profissional
A formação básica em manicure e pedicure abre um vasto leque
de possibilidades de atuação. O profissional pode trabalhar em salões de beleza, spas, clínicas estéticas, resorts, embarcações de cruzeiro, ou ainda de forma autônoma, realizando atendimentos em domicílio. Nos últimos anos, com o crescimento das plataformas digitais e das redes sociais, muitos profissionais passaram a divulgar seus serviços online, criando marcas pessoais e fidelizando clientelas por meio do marketing digital (VILHENA, 2020).
Há
também oportunidades de especialização em áreas específicas, como alongamento e
reconstrução de unhas, design artístico e técnicas de nail art, esmaltação em
gel, podologia estética e gestão de negócios de beleza. O mercado valoriza
profissionais versáteis, que acompanham as tendências, investem em capacitação
contínua e prezam pela qualidade dos materiais e atendimento.
O
perfil ideal do profissional inclui características técnicas e comportamentais.
Entre as principais estão a habilidade manual, paciência, atenção aos detalhes,
senso estético, boa comunicação e empatia. Também se destacam a organização,
pontualidade e responsabilidade com horários e compromissos. O cuidado com a
aparência pessoal é igualmente importante, pois o profissional de beleza deve
transmitir confiança, higiene e profissionalismo.
Postura,
ética e atendimento ao cliente
A
ética é um dos pilares fundamentais na atuação de manicure e pedicure. Ela
envolve o respeito ao cliente, a honestidade nos serviços prestados, o sigilo
profissional e o cumprimento das normas sanitárias e de segurança. O
atendimento ético começa pela escuta atenta às necessidades do cliente, pela
clareza nas informações sobre o serviço e pelos cuidados com a integridade
física da pessoa atendida.
Uma
boa postura profissional também se reflete na forma como o ambiente de trabalho
é mantido. O espaço deve ser limpo, organizado e confortável, transmitindo
confiança e acolhimento. O profissional deve adotar uma postura corporal
adequada para evitar problemas ergonômicos e manter uma comunicação cortês e
empática durante todo o atendimento. O tom de voz, as expressões faciais e o
respeito à privacidade do cliente fazem parte do comportamento esperado em um
ambiente profissional (BRASIL, 2020).
Outro aspecto relevante é o relacionamento interpessoal. Em um setor baseado no contato direto com o público, saber lidar com diferentes personalidades é essencial. A gentileza e o respeito devem prevalecer mesmo em situações de insatisfação ou conflito. O atendimento humanizado
é o relacionamento interpessoal. Em um setor baseado no
contato direto com o público, saber lidar com diferentes personalidades é
essencial. A gentileza e o respeito devem prevalecer mesmo em situações de
insatisfação ou conflito. O atendimento humanizado é um diferencial
competitivo, pois o cliente que se sente valorizado tende a retornar e
recomendar o serviço.
Além
disso, a busca constante por aperfeiçoamento demonstra comprometimento com a
profissão e com os clientes. Cursos de atualização, participação em feiras e
eventos de beleza, leitura de revistas especializadas e acompanhamento de
influenciadores da área são estratégias que mantêm o profissional atualizado
sobre novas técnicas, produtos e tendências.
Considerações
finais
A profissão de manicure e pedicure é uma das mais acessíveis e, ao mesmo tempo, uma das mais exigentes do setor de estética. Exige dedicação, disciplina, empatia e comprometimento com a qualidade e a segurança. O sucesso nessa área depende tanto da habilidade técnica quanto da postura ética e do atendimento humanizado. Assim, compreender a história, as áreas de atuação e os princípios éticos da profissão é o primeiro passo para construir uma carreira sólida e respeitada no mercado da beleza.
Referências
bibliográficas
BRASIL.
Ministério da Saúde. Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde.
Brasília: MS, 2020.
SANTOS, L. R. Cuidados com as Unhas e Beleza das Mãos e Pés. São Paulo:
Érica, 2021.
SENAC. Manicure e Pedicure: fundamentos e práticas. São Paulo: Editora
Senac, 2019.
VILHENA, A. M. Higiene e Biossegurança em Salões de Beleza. Rio de
Janeiro: Rubio, 2020.
Biossegurança
e Higiene Pessoal no Ambiente de Beleza
A
biossegurança é um dos pilares fundamentais para o exercício responsável da
profissão de manicure e pedicure. Em um ambiente em que há contato direto com
tecidos vivos, fluidos corporais e instrumentos perfurocortantes, a adoção de
práticas seguras é indispensável para proteger tanto o profissional quanto o
cliente. A correta aplicação dos princípios de biossegurança previne a
transmissão de doenças infecciosas, garante a credibilidade do serviço e eleva
os padrões de qualidade do atendimento estético.
Conceito
de biossegurança no ambiente de beleza
O termo biossegurança refere-se ao conjunto de ações e medidas voltadas à prevenção, minimização ou eliminação de riscos que possam comprometer a saúde humana, animal ou o meio ambiente, decorrentes de atividades que envolvem agentes biológicos, químicos ou
refere-se ao conjunto de ações e medidas voltadas à
prevenção, minimização ou eliminação de riscos que possam comprometer a saúde
humana, animal ou o meio ambiente, decorrentes de atividades que envolvem
agentes biológicos, químicos ou físicos (BRASIL, 2020). No contexto dos salões
de beleza, clínicas estéticas e espaços de manicure e pedicure, a biossegurança
é essencial, pois o uso de instrumentos cortantes e a manipulação de pele e
unhas podem provocar pequenas lesões e exposição a microrganismos patogênicos.
No
ambiente de beleza, os principais riscos biológicos incluem bactérias, fungos e
vírus — entre eles, o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV) e
o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esses agentes podem ser transmitidos
por meio de instrumentos contaminados, superfícies não higienizadas ou até
mesmo pelas mãos do profissional.
Dessa
forma, é dever do trabalhador da área adotar rigorosos protocolos de limpeza,
desinfecção e esterilização, conforme preconizado pelas normas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (SENAC, 2019).
Além
do aspecto técnico, a biossegurança também está associada a uma atitude
ética e responsável. Ela envolve a consciência de que cada procedimento
realizado tem implicações diretas na saúde das pessoas. Um profissional que
valoriza a biossegurança demonstra respeito à vida, comprometimento com a
qualidade do serviço e preocupação com o bem-estar coletivo.
Higienização
das mãos, uso de EPIs e descarte de materiais
A
higienização das mãos é considerada a primeira e mais importante medida de
biossegurança. As mãos são o principal veículo de transmissão de
microrganismos e, por isso, devem ser lavadas frequentemente — antes e após
cada atendimento, após o contato com superfícies ou produtos e sempre que
houver risco de contaminação. A técnica correta envolve o uso de sabão líquido
neutro, água corrente e secagem com papel descartável. O uso de álcool 70% pode
complementar a higienização, especialmente em situações nas quais não é
possível o acesso imediato à pia (VILHENA, 2020).
Outro
aspecto essencial é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Entre os principais, destacam-se:
O
uso adequado dos EPIs reduz significativamente a probabilidade de infecção e
contribui para a manutenção de um ambiente seguro. O profissional também deve
manter os cabelos presos, evitar adornos (como anéis, pulseiras e relógios) e
manter as unhas curtas e limpas, uma vez que esses fatores interferem na
higiene pessoal e podem acumular microrganismos.
Quanto
ao descarte de materiais, ele deve seguir as normas de resíduos de
serviços de saúde (RDC nº 222/2018 da ANVISA). Todo material perfurocortante —
como alicates, lâminas e palitos metálicos danificados — deve ser descartado em
recipientes rígidos, denominados caixas de descarte para materiais
perfurocortantes. Já os resíduos não contaminantes, como algodões, lixas e
luvas usadas, devem ser acondicionados em sacos plásticos resistentes e
descartados conforme as orientações locais de coleta.
O
local de trabalho deve dispor de recipientes distintos e identificados para o
descarte de cada tipo de resíduo. Além disso, é fundamental que os instrumentos
metálicos reutilizáveis passem por um processo completo de esterilização,
que inclui as etapas de limpeza, desinfecção, secagem, empacotamento e
autoclavagem.
Controle
de contaminações cruzadas
A
contaminação cruzada ocorre quando microrganismos são transferidos de uma
superfície, instrumento ou pessoa para outra, direta ou indiretamente. No
ambiente de manicure e pedicure, isso pode acontecer de várias formas: pelo uso
compartilhado de instrumentos não esterilizados, pelo contato com toalhas ou
bacias não higienizadas, ou ainda pela falta de higiene pessoal do
profissional.
O
controle da contaminação cruzada exige a adoção de práticas rigorosas de
limpeza e desinfecção. Todos os instrumentos devem ser devidamente lavados com
sabão neutro e escova apropriada, enxaguados em água corrente e secos com papel
toalha antes da esterilização. As superfícies de trabalho devem ser limpas com
desinfetantes hospitalares — como o hipoclorito de sódio ou álcool 70% — antes
e depois de cada atendimento.
Os
utensílios de uso individual, como lixas, palitos e toalhas, devem ser
descartáveis e nunca reutilizados entre clientes. Bacias para pés devem ser
higienizadas com água, sabão e desinfetante, e, quando possível, revestidas com
protetores descartáveis. Essas medidas simples reduzem drasticamente o risco de
infecção por fungos e bactérias.
O controle da contaminação também depende da educação
continuada do
profissional. A participação em cursos e treinamentos sobre biossegurança
permite a atualização em novas técnicas e produtos de desinfecção, além de
reforçar a importância da prevenção. A responsabilidade individual e coletiva
deve ser um compromisso permanente, pois cada ato de descuido pode gerar sérias
consequências sanitárias.
Considerações
finais
A biossegurança e a higiene pessoal não são apenas requisitos técnicos, mas valores fundamentais na prática de manicure e pedicure. Elas garantem a proteção da saúde, reforçam a credibilidade do profissional e contribuem para a valorização da categoria no mercado da beleza. Seguir corretamente os protocolos de higienização, utilizar os EPIs adequadamente, realizar o descarte consciente de resíduos e controlar as contaminações cruzadas são atitudes que demonstram respeito à vida e profissionalismo.
Um ambiente limpo, organizado e seguro não apenas previne doenças, mas também transmite confiança e bem-estar aos clientes. Assim, a biossegurança deve ser entendida como uma filosofia de trabalho que integra técnica, ética e responsabilidade social, constituindo a base de uma atuação segura e de qualidade na área da beleza.
Referências
bibliográficas
BRASIL.
Ministério da Saúde. Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde.
Brasília: MS, 2020.
SENAC. Manicure e Pedicure: fundamentos e práticas. São Paulo: Editora
Senac, 2019.
VILHENA, A. M. Higiene e Biossegurança em Salões de Beleza. Rio de
Janeiro: Rubio, 2020.
ANVISA. Resolução RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Dispõe sobre o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: ANVISA, 2018.
Esterilização
e Organização do Ambiente de Trabalho
A
esterilização e a organização do ambiente de trabalho são etapas indispensáveis
para a prática profissional de manicure e pedicure. Esses processos não apenas
garantem a segurança do cliente e do profissional, como também reforçam a
credibilidade e a qualidade dos serviços oferecidos. Em um setor que lida
diretamente com instrumentos perfurocortantes e contato físico com a pele e as
unhas, o cumprimento rigoroso das normas de limpeza, desinfecção e organização
é uma exigência ética e sanitária.
Limpeza
e desinfecção de materiais
A limpeza e desinfecção de materiais representam a base do controle de infecções em ambientes de beleza. A limpeza é o primeiro passo do processo de esterilização e consiste na remoção de sujidades visíveis, resíduos orgânicos e substâncias químicas presentes nos
instrumentos após o uso. Esse procedimento
deve ser feito com água corrente, sabão neutro e escova apropriada, garantindo
que não restem partículas que possam comprometer as etapas seguintes (SENAC,
2019).
Após a limpeza, realiza-se a desinfecção, que tem como objetivo eliminar microrganismos patogênicos em superfícies e materiais que não podem ser esterilizados, como pentes, toalhas, lixas e superfícies de trabalho. Essa etapa pode ser feita com o uso de substâncias químicas, como álcool 70%, hipoclorito de sódio a 1%, quaternários de amônio ou desinfetantes hospitalares registrados pela ANVISA (VILHENA, 2020).
É
fundamental destacar que limpeza e desinfecção não são sinônimas. A limpeza
remove resíduos físicos, enquanto a desinfecção inativa microrganismos. Somente
a combinação de ambas assegura um ambiente verdadeiramente seguro. No caso de
instrumentos metálicos — como alicates, empurradores e tesouras —, é
obrigatório realizar as duas etapas antes da esterilização, que é o
único método capaz de eliminar completamente todas as formas de vida
microbiana, incluindo esporos resistentes.
Além
disso, o profissional deve utilizar escovas exclusivas para limpeza dos
instrumentos e luvas de borracha grossas para evitar acidentes durante o
manuseio. A água utilizada deve ser limpa, e os recipientes para lavagem
precisam ser higienizados diariamente. Após a lavagem, os instrumentos devem
ser enxaguados e secos com papel toalha descartável, evitando o uso de panos de
tecido que podem reter umidade e microrganismos.
Uso
correto de autoclaves e estufas
A
esterilização é o processo mais eficiente para garantir a segurança
sanitária dos instrumentos reutilizáveis. Existem dois equipamentos comumente
utilizados nos salões de beleza: a autoclave e a estufa. Ambos
são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e
devem ser operados conforme as normas técnicas de biossegurança (BRASIL, 2020).
A
autoclave é o método mais seguro e recomendado, pois utiliza vapor sob
pressão e alta temperatura (geralmente entre 121°C e 134°C) para eliminar
completamente os microrganismos. Antes da esterilização, os instrumentos devem
ser devidamente limpos, secos e embalados em envelopes próprios para autoclave,
que permitem a penetração do vapor e indicam, por meio de fitas termo
indicadoras, se o processo foi realizado corretamente.
Após o ciclo, os instrumentos esterilizados devem ser armazenados em local limpo, seco e arejado, permanecendo embalados até
ciclo, os instrumentos esterilizados devem ser armazenados em local limpo,
seco e arejado, permanecendo embalados até o momento do uso (VILHENA, 2020).
A
estufa, embora ainda utilizada em alguns estabelecimentos, é considerada
menos eficaz, pois utiliza apenas calor seco para esterilização. O tempo de
exposição é mais longo (geralmente de 1 a 2 horas) e a distribuição do calor
pode ser desigual, o que aumenta o risco de falhas no processo. Ainda assim,
quando bem utilizada, pode garantir segurança mínima, desde que o equipamento
esteja calibrado e que o tempo e a temperatura sejam rigorosamente controlados
(SANTOS, 2021).
Independentemente
do equipamento utilizado, é imprescindível realizar a manutenção preventiva
e calibração periódica dos dispositivos de esterilização, verificando a
integridade das vedações, o funcionamento do termômetro e a eficiência do
ciclo. O uso de indicadores biológicos e químicos é recomendado para comprovar
a eficácia do processo.
Os
instrumentos esterilizados não devem ser manipulados com as mãos desprotegidas
ou armazenados em locais expostos. Recomenda-se que sejam guardados em gavetas
ou caixas específicas, devidamente higienizadas, e sempre mantidos dentro das
embalagens esterilizadas até o momento do uso, evitando qualquer contaminação
posterior.
Organização
da bancada e do kit profissional
A
organização do ambiente de trabalho reflete diretamente o nível de
profissionalismo e a qualidade do serviço oferecido. Uma bancada organizada
facilita o atendimento, otimiza o tempo e reduz o risco de contaminações
cruzadas. O espaço deve ser limpo, iluminado, ventilado e livre de poeira, com
superfícies lisas e laváveis para facilitar a desinfecção.
Antes
de iniciar o atendimento, o profissional deve preparar a bancada com apenas os
materiais necessários, mantendo a área livre de objetos pessoais ou itens
desnecessários. Todos os instrumentos devem ser dispostos de forma funcional:
de um lado os materiais limpos e esterilizados, e do outro os itens usados ou a
serem descartados, evitando cruzamento entre eles (BRASIL, 2020).
O
kit profissional de manicure e pedicure deve conter apenas instrumentos
em perfeito estado de conservação, devidamente higienizados e prontos para uso.
Cada cliente deve ter seu próprio kit descartável (lixas, palitos, algodões) e
os instrumentos metálicos devem ser trocados após o uso, passando por nova
esterilização antes de outro atendimento.
A higienização da bancada deve ser feita antes e após
cada cliente, com o
uso de produtos desinfetantes adequados. O piso deve ser limpo diariamente, e
as toalhas, aventais e panos devem ser lavados e trocados regularmente.
Produtos químicos, como removedores, acetona e cremes, precisam estar
devidamente identificados e armazenados em locais ventilados e protegidos do
calor.
A
organização também se estende à aparência do profissional. O uso de uniformes
limpos, cabelos presos, unhas curtas e ausência de adornos é fundamental. Além
disso, o profissional deve manter uma postura ergonômica adequada, garantindo
conforto e prevenindo problemas de saúde decorrentes de movimentos repetitivos.
Manter o ambiente limpo e os instrumentos organizados transmite confiança ao cliente e valoriza a imagem do salão. A percepção de um local seguro e bem cuidado é um diferencial competitivo no mercado da beleza, pois demonstra respeito à saúde e compromisso com a qualidade.
Considerações
finais
A
esterilização e a organização do ambiente de trabalho são práticas
indissociáveis na rotina de um profissional de manicure e pedicure. Elas
asseguram não apenas a prevenção de infecções e acidentes, mas também o
fortalecimento da ética e da credibilidade profissional. O domínio das técnicas
de limpeza, desinfecção e esterilização, aliado a um ambiente organizado,
constitui a base para um serviço de excelência.
Cumprir as normas da ANVISA, utilizar corretamente autoclaves ou estufas e manter o espaço de trabalho em ordem são atitudes que expressam responsabilidade, cuidado e respeito. A beleza e a saúde caminham juntas, e o compromisso com a biossegurança é o que diferencia um verdadeiro profissional do improviso.
Referências
bibliográficas
BRASIL.
Ministério da Saúde. Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde.
Brasília: MS, 2020.
SENAC. Manicure e Pedicure: fundamentos e práticas. São Paulo: Editora
Senac, 2019.
SANTOS, L. R. Cuidados com as Unhas e Beleza das Mãos e Pés. São Paulo:
Érica, 2021.
VILHENA, A. M. Higiene e Biossegurança em Salões de Beleza. Rio de
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