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Introdução à Incidência Radiológica

 INTRODUÇÃO À INCIDÊNCIA RADIOLÓGICA

 

Técnicas de Projeção Radiográfica

Projeções Radiográficas de Tórax e Abdome

 

As radiografias de tórax e abdome são exames radiológicos fundamentais na prática médica, utilizados para diagnosticar uma variedade de condições médicas que afetam essas regiões do corpo. Aqui estão algumas técnicas comuns usadas para realizar radiografias de tórax e abdome:

Radiografia de Tórax:

1.     Posicionamento do Paciente: O paciente fica em pé na posição ereta, com os ombros relaxados e as mãos apoiadas nos quadris. A caixa torácica deve ser expandida, permitindo uma melhor visualização dos pulmões e das estruturas torácicas.

2.     Inspirar Profundamente: Antes de capturar a imagem, o paciente é instruído a inspirar profundamente e segurar a respiração. Isso ajuda a expandir os pulmões, proporcionando uma imagem radiográfica mais clara e detalhada.

3.     Posicionamento do Feixe de Raios-X: O feixe de raios-X é direcionado da parte posterior para a parte anterior do tórax, penetrando no corpo e capturando a imagem do pulmão, coração, diafragma e estruturas circundantes.

4.     Projeções Suplementares: Em certos casos, projeções suplementares, como projeções oblíquas, podem ser necessárias para visualizar áreas específicas do tórax com mais clareza, especialmente para diagnosticar fraturas costais ou lesões pleurais.

Radiografia de Abdome:

1.     Preparação do Paciente: O paciente é posicionado deitado de costas na mesa radiográfica, com os braços ao lado do corpo ou sobre o peito, e as pernas estendidas ou levemente flexionadas.

2.     Alinhamento da Coluna Vertebral: É importante alinhar a coluna vertebral do paciente centralmente na mesa radiográfica para garantir uma imagem simétrica e uniforme do abdome.

3.     Posicionamento do Feixe de Raios-X: O feixe de raios-X é direcionado da parte anterior para a parte posterior do abdome, penetrando no corpo e capturando a imagem dos órgãos abdominais, como estômago, intestinos, fígado, baço e rins.

4.     Ingestão de Contraste: Em certos casos, pode ser necessário ingerir um contraste oral antes do exame de radiografia de abdome para melhorar a visualização de certas estruturas, como o trato gastrointestinal.

5.     Avaliação de Gás e Fluidos: Durante a interpretação da radiografia de abdome, é importante avaliar a presença e a distribuição de gás e fluidos dentro do abdome, o que pode indicar a presença de distúrbios gastrointestinais ou obstruções intestinais.

É

importante ressaltar que, para ambas as radiografias de tórax e abdome, a exposição à radiação deve ser mantida ao mínimo necessário para obter uma imagem de qualidade diagnóstica. Além disso, a posição do paciente, a técnica de exposição e a interpretação precisa da imagem radiográfica são aspectos essenciais para o sucesso desses exames radiológicos. Em casos de dúvida ou complexidade, a consulta a um radiologista é fundamental para uma avaliação completa e precisa.

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Identificação de estruturas em radiografias dessas regiões

 

A identificação de estruturas em radiografias das regiões do tórax e abdome é uma habilidade fundamental para profissionais de saúde, incluindo radiologistas, técnicos em radiologia, médicos e enfermeiros. Essa capacidade permite a interpretação precisa das imagens radiográficas e é crucial para o diagnóstico e tratamento adequados de uma variedade de condições médicas. Abaixo, destacamos algumas das estruturas comuns identificadas em radiografias dessas regiões:

Radiografias de Tórax:

1.     Pulmões: Os pulmões são as estruturas mais proeminentes nas radiografias de tórax. Eles aparecem como áreas escuras (com menor densidade) devido à presença de ar nos alvéolos pulmonares.

2.     Coração e Vasos Sanguíneos: O coração e os principais vasos sanguíneos, como a aorta, artérias pulmonares e veias cavas, são identificados como estruturas de maior densidade na região central da radiografia de tórax.

3.     Diafragma: O diafragma é uma estrutura muscular que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. Na radiografia de tórax, ele aparece como uma linha curva que separa as áreas pulmonares das áreas abdominais.

4.     Costelas e Clavículas: As costelas e as clavículas são ossos proeminentes na radiografia de tórax. Elas aparecem como linhas claras (com maior densidade) que se estendem ao redor da caixa torácica.

5.     Traqueia e Brônquios: A traqueia e os brônquios principais são visíveis na parte central da radiografia de tórax como estruturas tubulares que se estendem dos pulmões até a região da garganta.

Radiografias de Abdome:

1.     Estômago e Intestinos: As radiografias de abdome podem revelar a presença e a localização do estômago, intestinos delgado e grosso, bem como quaisquer obstruções ou anormalidades nessas estruturas.

2.     Fígado e Vesícula Biliar: O fígado é identificado na radiografia de abdome como uma área de maior densidade localizada na parte superior direita do

abdome. A vesícula biliar pode aparecer como uma estrutura oval ao lado do fígado.

3.     Baço: O baço é visualizado na radiografia de abdome como uma área de maior densidade localizada na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo do diafragma.

4.     Rins e Ureteres: Os rins e os ureteres são estruturas importantes do sistema urinário que podem ser identificados nas radiografias de abdome. Os rins aparecem como áreas de maior densidade na parte posterior do abdome, enquanto os ureteres podem ser visualizados como linhas finas que se estendem dos rins até a bexiga.

5.     Órgãos Reprodutivos: Em mulheres, os órgãos reprodutivos, como os ovários e o útero, podem ser visualizados nas radiografias de abdome, especialmente em exames específicos, como radiografias pélvicas.

A capacidade de identificar essas estruturas em radiografias de tórax e abdome requer conhecimento anatômico detalhado, experiência prática e habilidades de interpretação de imagens radiológicas. Uma análise cuidadosa dessas estruturas permite aos profissionais de saúde diagnosticar condições médicas, monitorar a progressão de doenças e fornecer tratamento adequado aos pacientes.

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Técnicas de projeção para radiografias de braços, mãos, pernas e pés

 

As técnicas de projeção para radiografias de braços, mãos, pernas e pés são essenciais para obter imagens precisas e detalhadas dessas regiões do corpo humano. Cada técnica é projetada para fornecer uma visualização clara das estruturas anatômicas específicas, permitindo aos profissionais de saúde diagnosticar lesões, fraturas, deformidades e outras condições médicas. Abaixo estão as técnicas comuns de projeção para cada uma dessas áreas:

Radiografias de Braços:

1.     Projeção AP (Anteroposterior): Nesta técnica, o paciente posiciona o braço em um ângulo reto em relação ao corpo, com a palma da mão voltada para a frente. O feixe de raios-X é direcionado da parte anterior para a posterior do braço, capturando uma imagem que mostra a estrutura óssea e as articulações.

2.     Projeção Lateral: Na projeção lateral, o braço é posicionado ao lado do corpo, com a mão estendida e a palma voltada para a coxa. O feixe de raios-X é direcionado lateralmente para capturar uma visão lateral do braço, destacando as estruturas anatômicas de perfil.

Radiografias de Mãos:

1.     Projeção PA (Posteroanterior): Nesta técnica, a mão é posicionada com os dedos estendidos e a palma voltada para baixo sobre o filme

radiográfico. O feixe de raios-X é direcionado da parte posterior para a anterior da mão, permitindo uma visualização clara dos ossos, articulações e tecidos moles.

2.     Projeção Lateral: Na projeção lateral da mão, a mão é posicionada de lado sobre o filme radiográfico, com os dedos estendidos e a palma voltada para dentro. O feixe de raios-X é direcionado lateralmente para capturar uma visão lateral da mão.

Radiografias de Pernas:

1.     Projeção AP (Anteroposterior): O paciente deita-se de costas com a perna estendida e o pé alinhado. O feixe de raios-X é direcionado da parte anterior para a posterior da perna, fornecendo uma imagem clara dos ossos, articulações e estruturas adjacentes.

2.     Projeção Lateral: Na projeção lateral da perna, o paciente deita-se de lado com a perna a ser radiografada voltada para cima. O feixe de raios-X é direcionado lateralmente para capturar uma visão lateral da perna e do joelho.

Radiografias de Pés:

1.     Projeção AP (Anteroposterior): Nesta técnica, o paciente fica em pé com o pé posicionado sobre o filme radiográfico. O feixe de raios-X é direcionado da parte anterior para a posterior do pé, capturando uma imagem clara da anatomia óssea e das articulações do pé.

2.     Projeção Lateral: Na projeção lateral do pé, o paciente fica em pé com o pé posicionado lateralmente sobre o filme radiográfico. O feixe de raios-X é direcionado lateralmente para capturar uma visão lateral do pé, destacando as estruturas anatômicas em perfil.

Essas técnicas de projeção são fundamentais para a obtenção de radiografias de alta qualidade e precisão das extremidades do corpo humano. O conhecimento e a aplicação adequada dessas técnicas são essenciais para auxiliar no diagnóstico e tratamento de uma variedade de condições ortopédicas e traumatológicas.

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Identificação de ossos e articulações nessas projeções

 

A identificação de ossos e articulações em radiografias das extremidades do corpo humano é uma habilidade essencial para profissionais de saúde, incluindo radiologistas, técnicos em radiologia, ortopedistas e fisioterapeutas. A capacidade de reconhecer e interpretar as estruturas anatômicas nessas projeções é fundamental para diagnosticar lesões, fraturas, deformidades e outras condições musculoesqueléticas. Abaixo estão algumas das principais estruturas ósseas e articulações identificadas em radiografias das extremidades:

Braços:

1.     Úmero: O úmero é o osso longo localizado no braço

superior. Na projeção AP, é identificado como um osso longo com uma cabeça redonda na parte superior, uma diáfise alongada e duas extremidades articulares inferiores.

2.     Rádio e Ulna: O rádio e a ulna são os ossos do antebraço. Na projeção AP, o rádio está localizado no lado lateral do antebraço, enquanto a ulna está no lado medial.

3.     Articulação do Cotovelo: A articulação do cotovelo, formada pela junção do úmero, rádio e ulna, é claramente visualizada nas radiografias de braços. É composta por três partes principais: a articulação úmero-radial, a articulação úmero-ulnar e a articulação radioulnar.

Mãos:

1.     Ossos do Carpo: Os ossos do carpo compreendem uma série de pequenos ossos localizados na região do pulso. Eles incluem o escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato e hamato.

2.     Ossos do Metacarpo: Os ossos do metacarpo são os cinco ossos longos que formam a estrutura da palma da mão.

3.     Falanges: As falanges são os ossos dos dedos das mãos. Cada dedo possui três falanges, exceto o polegar, que possui apenas duas.

Pernas:

1.     Fêmur: O fêmur é o osso longo da coxa. Na projeção AP, ele é identificado como um osso longo com uma cabeça esférica na parte superior, um colo estreito, uma diáfise longa e duas extremidades articulares inferiores.

2.     Tíbia e Fíbula: A tíbia e a fíbula são os ossos da perna. Na projeção AP, a tíbia é o osso mais medial e a fíbula é o osso lateral.

3.     Articulação do Joelho: A articulação do joelho, formada pela junção do fêmur, tíbia e patela, é uma articulação sinovial que permite movimentos de flexão e extensão.

Pés:

1.     Ossos do Tarso: Os ossos do tarso são os sete ossos que compõem a parte posterior do pé, incluindo o calcâneo, talo, cuboide, navicular e os três cuneiformes.

2.     Ossos do Metatarso: Os ossos do metatarso são os cinco ossos longos que formam a estrutura da parte média do pé.

3.     Falanges dos Dedos dos Pés: Assim como nas mãos, os dedos dos pés possuem falanges, com exceção do dedo grande do pé, que possui duas falanges, enquanto os outros dedos possuem três.

A habilidade de identificar ossos e articulações nessas projeções requer um conhecimento anatômico detalhado, experiência prática e habilidades de interpretação de imagens radiográficas. A compreensão das relações anatômicas entre essas estruturas é crucial para a avaliação precisa e o tratamento eficaz de condições musculoesqueléticas.

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Projeções radiográficas específicas para visualização de articulações e estruturas complexas

 

As projeções radiográficas específicas desempenham um papel fundamental na visualização de articulações e estruturas complexas do corpo humano. Essas técnicas são projetadas para fornecer imagens detalhadas e precisas das articulações, permitindo uma avaliação precisa de lesões, doenças articulares e outras condições musculoesqueléticas. Abaixo estão algumas das projeções radiográficas específicas mais comuns utilizadas para visualização de articulações e estruturas complexas:

1. Projeção Axial: A projeção axial é usada para visualizar articulações, como a articulação do ombro e do quadril. Nesta técnica, o membro é posicionado em um ângulo específico em relação ao plano de imagem, permitindo uma visualização clara da articulação e das estruturas adjacentes.

2. Projeção Oblíqua: As projeções oblíquas são frequentemente utilizadas para visualizar articulações, como a articulação do cotovelo, do joelho e do tornozelo. Nesta técnica, o membro é posicionado em um ângulo oblíquo em relação ao plano de imagem, proporcionando uma visão detalhada das superfícies articulares e das estruturas ósseas circundantes.

3. Projeção Articular: As projeções articulares são projetadas para visualizar especificamente a articulação em questão. Por exemplo, projeções especiais podem ser realizadas para avaliar a articulação do joelho em diferentes graus de flexão ou extensão, permitindo uma avaliação detalhada das estruturas intra-articulares.

4. Projeção Tangencial: As projeções tangenciais são usadas para visualizar estruturas ósseas específicas, como processos ósseos ou pequenas articulações, em um plano tangencial em relação ao filme radiográfico. Essa técnica é frequentemente utilizada para visualizar lesões ou patologias em áreas específicas, como a projeção de Bennett para visualizar a articulação carpometacarpal do polegar.

5. Projeção Posteroanterior (PA): A projeção posteroanterior é comumente utilizada para visualizar articulações, como a coluna vertebral e a pelve. Nesta técnica, o feixe de raios-X é direcionado da parte posterior para a anterior do paciente, permitindo uma visualização clara das estruturas ósseas e articulares.

6. Projeção Lateral: As projeções laterais são frequentemente utilizadas para visualizar articulações, como a coluna vertebral, o ombro e o joelho. Nesta técnica, o paciente é posicionado de lado em relação ao plano de imagem, permitindo uma

As projeções laterais são frequentemente utilizadas para visualizar articulações, como a coluna vertebral, o ombro e o joelho. Nesta técnica, o paciente é posicionado de lado em relação ao plano de imagem, permitindo uma visualização detalhada das estruturas laterais da articulação.

Essas são apenas algumas das projeções radiográficas específicas que podem ser utilizadas para visualização de articulações e estruturas complexas do corpo humano. A escolha da técnica adequada depende da articulação em questão, da condição clínica do paciente e do objetivo do exame radiográfico. A interpretação cuidadosa das imagens radiográficas por profissionais de saúde treinados é crucial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz de condições musculoesqueléticas.

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Incidências oblíquas, tangenciais e especiais

 

As incidências oblíquas, tangenciais e especiais são técnicas radiográficas avançadas utilizadas para visualizar estruturas anatômicas específicas, proporcionando diferentes ângulos de visão e detalhes adicionais para diagnóstico e avaliação de condições musculoesqueléticas. Essas técnicas são frequentemente empregadas em conjunto com projeções padrão para obter uma imagem radiográfica mais abrangente e detalhada. Abaixo, abordaremos cada uma dessas técnicas em detalhes:

1. Incidências Oblíquas: As incidências oblíquas envolvem a inclinação do corpo ou da parte do corpo em um ângulo específico em relação ao plano de imagem. Essa técnica é frequentemente utilizada para visualizar estruturas ósseas e articulares que não são claramente visíveis em projeções padrão. Por exemplo, a incidência oblíqua do ombro pode ser usada para visualizar melhor a articulação glenoumeral, fornecendo uma visão lateral do acrômio e da cabeça umeral.

2. Incidências Tangenciais: As incidências tangenciais são projetadas para visualizar estruturas ósseas em um plano tangencial em relação ao filme radiográfico. Essa técnica é útil para visualizar detalhes específicos, como fraturas finas, pequenas lesões ou processos ósseos. Por exemplo, a incidência tangencial do tornozelo pode ser utilizada para visualizar fraturas na base do quinto metatarso, que podem não ser claramente visíveis em projeções convencionais.

3. Incidências Especiais: As incidências especiais são técnicas radiográficas desenvolvidas para visualizar áreas anatômicas complexas ou avaliar condições específicas. Essas técnicas são altamente personalizadas e podem ser adaptadas de

acordo com a necessidade clínica e a área do corpo a ser examinada. Por exemplo, a incidência de Schüller pode ser usada para visualizar as células mastoides no osso temporal em casos de mastoidite.

Em resumo, as incidências oblíquas, tangenciais e especiais são técnicas avançadas de imagem radiográfica que oferecem uma visão detalhada e específica das estruturas anatômicas. Essas técnicas são amplamente utilizadas na prática clínica para diagnosticar lesões, fraturas, doenças articulares e outras condições musculoesqueléticas. O conhecimento e a aplicação adequada dessas técnicas são essenciais para obter imagens radiográficas de alta qualidade e contribuir para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

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