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Noções Básicas de Socorrista

 NOÇÕES BÁSICAS DE SOCORRISTA


Suporte Básico de Vida (SBV)

Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em Adultos e Crianças

 

A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) é uma técnica essencial no Atendimento Pré-Hospitalar (APH), utilizada para restaurar a circulação sanguínea e a ventilação em vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR). Seu sucesso depende da rapidez da intervenção e da aplicação correta das manobras de compressão torácica e ventilação, bem como do uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) quando indicado (BRASIL, 2022).

1. Passos da RCP e Cadeia de Sobrevivência

A Cadeia de Sobrevivência é um conjunto de ações sequenciais que aumentam as chances de recuperação da vítima de PCR. De acordo com a American Heart Association (AHA, 2020), a cadeia é composta por:

1.     Reconhecimento imediato da parada cardiorrespiratória e ativação do serviço de emergência

o    Identificação de ausência de resposta e respiração anormal.

o    Chamar ajuda e acionar o serviço de emergência (192 – SAMU no Brasil).

2.     Início precoce da RCP de alta qualidade

o    Compressões torácicas eficazes para manter a circulação sanguínea.

3.     Desfibrilação rápida com o DEA

o    Caso disponível, utilizar o DEA para restaurar o ritmo cardíaco.

4.     Suporte Avançado de Vida (SAV)

o    Atendimento por profissionais de saúde com suporte ventilatório e farmacológico.

5.     Cuidados pós-parada cardíaca

o    Monitoramento em unidade hospitalar para prevenir sequelas neurológicas.

A realização rápida dessas etapas aumenta significativamente a sobrevida e reduz complicações decorrentes da PCR (PEREIRA et al., 2021).

2. Uso Correto do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

O DEA é um equipamento projetado para fornecer um choque elétrico ao coração de uma vítima em parada cardiorrespiratória, corrigindo ritmos letais como fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso. Seu uso é simples e pode ser realizado por leigos treinados.

Passos para o uso do DEA (AHA, 2020):

1.     Ligar o aparelho e seguir as instruções de voz.

2.     Posicionar os eletrodos adesivos no peito da vítima:

o    Um eletrodo na parte superior direita do tórax.

o    Outro na lateral esquerda, abaixo da axila.

3.     Analisar o ritmo cardíaco (o DEA faz isso automaticamente).

4.     Caso indicado, administrar o choque elétrico, afastando-se da vítima.

5.     Retomar imediatamente a RCP, começando pelas compressões torácicas.

O DEA deve ser utilizado o mais rápido possível, pois

deve ser utilizado o mais rápido possível, pois a desfibrilação precoce está associada a maiores taxas de sobrevida em casos de PCR súbita (SILVA et al., 2021).

3. Técnicas de RCP para Diferentes Faixas Etárias

A técnica de RCP varia conforme a idade da vítima, pois diferenças anatômicas e fisiológicas exigem abordagens distintas (NASCIMENTO; OLIVEIRA, 2019).

RCP em Adultos (AHA, 2020)

  • Posicionamento: vítima em decúbito dorsal sobre superfície rígida.
  • Compressões torácicas:
    • Local: centro do tórax (entre os mamilos).
    • Profundidade: 5 a 6 cm.
    • Frequência: 100 a 120 compressões por minuto.
    • Relação compressão-ventilação (sem via aérea avançada): 30 compressões para 2 ventilações.

RCP em Crianças (1 ano até a puberdade)

  • Compressões torácicas:
    • Utilizar uma ou duas mãos, dependendo do tamanho da criança.
    • Profundidade: pelo menos 5 cm, mas sem ultrapassar 6 cm.
    • Frequência: 100 a 120 compressões por minuto.
    • Relação compressão-ventilação:
      • 1 socorrista: 30 compressões para 2 ventilações.
      • 2 socorristas: 15 compressões para 2 ventilações.

RCP em Lactentes (menores de 1 ano)

  • Compressões torácicas:
    • Utilizar dois dedos (indicador e médio) para lactentes pequenos ou os polegares quando houver dois socorristas.
    • Localização: ligeiramente abaixo da linha mamilar.
    • Profundidade: aproximadamente 4 cm.
    • Frequência: 100 a 120 compressões por minuto.
    • Relação compressão-ventilação:
      • 1 socorrista: 30 compressões para 2 ventilações.
      • 2 socorristas: 15 compressões para 2 ventilações.

A correta aplicação da técnica conforme a faixa etária melhora a perfusão cerebral e cardíaca, aumentando a sobrevida da vítima (SILVA et al., 2021).

Considerações Finais

A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) é um procedimento fundamental no atendimento a vítimas de parada cardiorrespiratória. A cadeia de sobrevivência, o uso adequado do Desfibrilador Externo Automático (DEA) e a aplicação correta das técnicas conforme a faixa etária são essenciais para garantir a eficácia do atendimento e maximizar as chances de recuperação da vítima. O treinamento contínuo e a disseminação dessas técnicas são indispensáveis para fortalecer o suporte emergencial na comunidade.

Referências Bibliográficas

  • AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA). Guidelines for Cardiopulmonary
  • Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation, v. 141, n. 2, p. 366-412, 2020. Disponível em: https://www.heart.org. Acesso em: 06 mar. 2025.
  • BRASIL. Manual de Atendimento Pré-Hospitalar. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.saude.gov.br. Acesso em: 06 mar. 2025.
  • NASCIMENTO, R.; OLIVEIRA, M. Suporte Básico e Avançado de Vida: Diretrizes e Protocolos. São Paulo: Editora Saúde, 2019.
  • PEREIRA, L. et al. RCP e Suporte Básico de Vida: Aplicação e Protocolos. Curitiba: UniSaúde, 2021.
  • SILVA, R. et al. Urgências e Emergências Médicas: Guia Prático para Profissionais de Saúde. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.

 

Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE)

 

A Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) ocorre quando um objeto bloqueia parcial ou totalmente a passagem do ar, impedindo a ventilação adequada. Essa condição pode ser fatal se não for rapidamente identificada e tratada. A obstrução pode ser classificada em parcial ou total, exigindo intervenções específicas, como a Manobra de Heimlich em adultos e crianças, e procedimentos diferenciados para bebês (BRASIL, 2022).

1. Diferença entre Obstrução Parcial e Total

A OVACE pode ser classificada em dois tipos, de acordo com o nível de obstrução da via aérea (AMERICAN HEART ASSOCIATION - AHA, 2020):

  • Obstrução Parcial: ocorre quando a passagem de ar ainda é possível, mesmo que limitada. A vítima pode tossir, falar ou emitir sons. O recomendado é incentivar a tosse, pois essa é a maneira mais eficaz de eliminar o corpo estranho sem necessidade de intervenção externa.
  • Obstrução Total: caracteriza-se pela ausência completa de passagem de ar. A vítima não consegue falar, tossir ou respirar e pode apresentar sinais de cianose (coloração azulada da pele e mucosas). Nesse caso, são necessárias manobras de desobstrução imediatas para evitar hipóxia e parada cardiorrespiratória.

A identificação rápida do tipo de obstrução permite a escolha do procedimento adequado para cada situação (PEREIRA et al., 2021).

2. Manobra de Heimlich para Adultos e Crianças

A Manobra de Heimlich, também chamada de compressão abdominal, é o procedimento padrão para desobstrução de vias aéreas em vítimas conscientes com OVACE total. Essa técnica aumenta a pressão intra-abdominal e torácica, expelindo o objeto obstrutivo da traqueia (SILVA et al., 2021).

Passos da Manobra de Heimlich

em Adultos e Crianças (AHA, 2020):

1.     Posicionar-se atrás da vítima, envolvendo-a com os braços.

2.     Colocar uma das mãos fechadas em punho logo acima do umbigo, na linha média do abdômen.

3.     Segurar o punho com a outra mão e aplicar compressões abdominais rápidas e firmes, empurrando para dentro e para cima.

4.     Repetir até que o corpo estranho seja expelido ou até a vítima perder a consciência.

Caso a vítima fique inconsciente, a recomendação é posicioná-la no chão e iniciar compressões torácicas, combinadas com ventilação assistida, até a chegada do serviço de emergência (BRASIL, 2022).

Adaptação da Manobra de Heimlich para Crianças

O procedimento para crianças acima de 1 ano segue os mesmos princípios do adulto, porém com algumas adaptações:

  • A força aplicada deve ser menor, considerando a fragilidade torácica da criança.
  • Se a criança estiver consciente, deve-se incentivá-la a tossir antes de iniciar a manobra.
  • Se a criança for pequena, pode-se ajoelhar atrás dela para melhor aplicação da manobra (NASCIMENTO; OLIVEIRA, 2019).

3. Procedimentos em Bebês

Em bebês com menos de 1 ano, a Manobra de Heimlich não é recomendada, pois pode causar lesões internas. Em vez disso, o procedimento apropriado consiste em golpes nas costas e compressões torácicas (SILVA et al., 2020).

Passos para desobstrução em bebês (AHA, 2020):

1.     Posicionar o bebê em decúbito ventral (de bruços) sobre o antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo e apoiada na mão do socorrista.

2.     Administrar 5 golpes interescapulares (entre as escápulas) com a base da mão, aplicando força moderada para deslocar o corpo estranho.

3.     Virar o bebê de barriga para cima, sempre mantendo a cabeça mais baixa que o tronco.

4.     Realizar 5 compressões torácicas com dois dedos, no centro do tórax, abaixo da linha mamilar.

5.     Alternar golpes nas costas e compressões torácicas até que o objeto seja expelido ou a vítima perca a consciência.

6.     Se o bebê ficar inconsciente, iniciar RCP (Reanimação Cardiopulmonar) e acionar o serviço de emergência imediatamente.

Essa técnica reduz os riscos de lesão e maximiza as chances de sucesso na desobstrução (PEREIRA et al., 2021).

Considerações Finais

A Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) é uma emergência potencialmente fatal que exige intervenção rápida e adequada. A identificação precoce do tipo de obstrução, a aplicação correta da Manobra de Heimlich em adultos e crianças

em adultos e crianças e o uso de golpes interescapulares e compressões torácicas em bebês são essenciais para garantir a segurança da vítima. O treinamento contínuo da população e dos profissionais de saúde é fundamental para prevenir complicações graves e reduzir a mortalidade por asfixia.

Referências Bibliográficas

  • AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA). Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation, v. 141, n. 2, p. 366-412, 2020. Disponível em: https://www.heart.org. Acesso em: 06 mar. 2025.
  • BRASIL. Manual de Atendimento Pré-Hospitalar. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.saude.gov.br. Acesso em: 06 mar. 2025.
  • NASCIMENTO, R.; OLIVEIRA, M. Emergências Clínicas e Atendimento Pré-Hospitalar. São Paulo: Editora Saúde, 2019.
  • PEREIRA, L. et al. Atendimento a Emergências Respiratórias. Curitiba: UniSaúde, 2021.
  • SILVA, R. et al. Urgências e Emergências Médicas: Guia Prático para Profissionais de Saúde. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.

 

Controle de Hemorragias e Estado de Choque

 

A hemorragia é uma das principais causas de morte em vítimas de trauma e pode levar rapidamente ao estado de choque hipovolêmico, uma condição crítica que compromete a perfusão tecidual e a oxigenação celular. O controle imediato do sangramento é essencial para evitar complicações graves. O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) deve seguir protocolos específicos para a contenção da hemorragia e a estabilização do paciente até a chegada ao hospital (BRASIL, 2022).

1. Tipos de Hemorragia e Tratamento Adequado

A hemorragia pode ser classificada de acordo com sua origem e intensidade. Os três principais tipos são:

1.1. Hemorragia Externa

Ocorre quando há rompimento dos vasos sanguíneos com extravasamento de sangue para fora do corpo. Pode ser classificada em:

  • Arterial: sangue vermelho vivo, saindo em jatos pulsáteis. Alto risco de choque hipovolêmico.
  • Venosa: sangue escuro, saindo em fluxo contínuo. Menos pressurizada, mas ainda perigosa.
  • Capilar: sangramento leve e difuso, geralmente autolimitado (SILVA et al., 2021).

1.2. Hemorragia Interna

Ocorre quando o sangramento é contido dentro do corpo, sem sinais externos visíveis. Pode ser causada por trauma torácico, abdominal ou pélvico, sendo difícil de diagnosticar sem exames específicos. Os sinais incluem:

  • Dor abdominal intensa
  • Distensão abdominal
  • Hipotensão e taquicardia
  • Pele fria e pálida (PEREIRA et al., 2021).

1.3. Hemorragia Digestiva e Hemorragia Cerebral

A hemorragia digestiva pode causar vômitos com sangue (hematêmese) ou fezes escurecidas (melena), sendo associada a úlceras gástricas e varizes esofágicas.
A hemorragia cerebral pode resultar em déficit neurológico, dor de cabeça intensa e perda de consciência, exigindo intervenção hospitalar imediata (NASCIMENTO; OLIVEIRA, 2019).

2. Técnicas de Contenção de Sangramento

O controle do sangramento deve ser feito rapidamente para evitar a progressão do choque hipovolêmico. As principais técnicas incluem:

2.1. Compressão Direta

  • Aplicação de pressão firme sobre o local do sangramento com gaze estéril ou pano limpo.
  • Se necessário, reforçar com mais curativos sem remover os anteriores (AHA, 2020).

2.2. Elevação do Membro

  • Se o sangramento for em um membro, elevá-lo acima do nível do coração pode reduzir o fluxo sanguíneo para a região afetada.

2.3. Curativo Compressivo

  • Após a compressão direta, pode-se utilizar bandagens elásticas para manter a pressão constante sobre o ferimento.

2.4. Uso de Torniquete

  • Indicado para hemorragias extremas em membros quando outras técnicas falham.
  • Deve ser aplicado 5 cm acima da lesão, apertado até cessar o fluxo sanguíneo e marcado com o horário de aplicação para evitar complicações isquêmicas (SILVA et al., 2021).

2.5. Agentes Hemostáticos

  • Produtos como gaze impregnada com substâncias hemostáticas (ex.: kaolina ou celulose oxidada) ajudam a conter sangramentos graves.

O uso correto dessas técnicas pode evitar a progressão da hemorragia e reduzir as taxas de mortalidade em vítimas de trauma (BRASIL, 2022).

3. Identificação e Manejo do Choque Hipovolêmico

O choque hipovolêmico ocorre devido à perda excessiva de volume sanguíneo, resultando em perfusão inadequada dos órgãos vitais. É classificado em quatro estágios, conforme a gravidade da perda sanguínea (PEREIRA et al., 2021):

Estágios do Choque Hipovolêmico

Estágio

Perda de Sangue (%)

Sinais Clínicos

I

< 15% (até 750 mL)

Leve taquicardia, sem hipotensão evidente.

II

15-30% (750-1500 mL)

Taquicardia (>100 bpm), pele fria e pálida.

III

30-40% (1500-2000 mL)

Pressão arterial baixa, taquipneia e confusão mental.

IV

> 40% (>2000 mL)

Hipotensão severa, pulso

fraco, inconsciência, risco de morte.

Manejo Inicial do Choque Hipovolêmico

O objetivo do tratamento é restaurar o volume sanguíneo e garantir a perfusão tecidual. As principais medidas incluem:

  • Controle da hemorragia: interromper o sangramento com compressão direta, torniquete ou procedimentos cirúrgicos quando necessário.
  • Posicionamento da vítima: manter a vítima deitada, elevando as pernas (posição de Trendelenburg) para melhorar o retorno venoso.
  • Acesso venoso e reposição de fluidos: administração de soro fisiológico (0,9%) ou ringer lactato para restaurar a volemia.
  • Oxigenação: fornecer oxigênio suplementar para melhorar a oxigenação dos tecidos.
  • Transporte rápido para unidade de emergência: vítimas em choque devem ser encaminhadas urgentemente para atendimento hospitalar avançado (NASCIMENTO; OLIVEIRA, 2019).

Se não tratado a tempo, o choque hipovolêmico pode evoluir para falência orgânica e morte. Por isso, a identificação precoce e a intervenção adequada são fundamentais no APH (SILVA et al., 2021).

Considerações Finais

O controle da hemorragia e a prevenção do choque hipovolêmico são cruciais no Atendimento Pré-Hospitalar. A aplicação correta das técnicas de contenção do sangramento, o reconhecimento dos sinais de choque e a reposição volêmica adequada são essenciais para a sobrevida da vítima. O treinamento contínuo dos profissionais de saúde e socorristas leigos pode fazer a diferença na redução da mortalidade por trauma hemorrágico.

Referências Bibliográficas

  • AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA). Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation, v. 141, n. 2, p. 366-412, 2020. Disponível em: https://www.heart.org. Acesso em: 06 mar. 2025.
  • BRASIL. Manual de Atendimento Pré-Hospitalar. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.saude.gov.br. Acesso em: 06 mar. 2025.
  • NASCIMENTO, R.; OLIVEIRA, M. Emergências Traumáticas e Atendimento ao Politraumatizado. São Paulo: Editora Saúde, 2019.
  • PEREIRA, L. et al. Atendimento a Emergências Hemorrágicas e Choque Hipovolêmico. Curitiba: UniSaúde, 2021.
  • SILVA, R. et al. Urgências e Emergências Médicas: Guia Prático para Profissionais de Saúde. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.

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