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Gari e Coletores de Lixo

GARI E COLETORES DE LIXO

Introdução e Importância do Trabalho de Coleta

Introdução ao Trabalho de Gari e Coletores de Lixo

 

O trabalho dos garis e coletores de lixo é essencial para o funcionamento saudável das cidades e a preservação do meio ambiente. A profissão, historicamente subestimada, evoluiu significativamente ao longo dos anos e se destaca pela importância social e ambiental, sendo fundamental para a saúde pública.

História e Evolução da Profissão

A coleta de lixo é uma prática antiga, com registros desde civilizações como a romana e a grega, onde já existiam esforços para manter as cidades limpas. No Brasil, a profissão de gari surgiu oficialmente no início do século XX, com o crescimento das cidades e o aumento da produção de resíduos. O termo "gari" foi inspirado no nome do empresário francês Aleixo Gary, responsável pela empresa que organizou a limpeza urbana no Rio de Janeiro no século XIX. Desde então, o papel dos garis foi se consolidando e ampliando, especialmente com o aumento da consciência sobre a sustentabilidade e o descarte correto dos resíduos.

Hoje, com o avanço das regulamentações ambientais e a implementação de políticas públicas, o trabalho dos garis e coletores de lixo ganhou visibilidade e respeito. A profissão passou a contar com melhores condições de trabalho, com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos e novos métodos de coleta, que vão desde a segregação do lixo até o uso de veículos especializados.

Função e Responsabilidade Social dos Profissionais de Coleta

Os garis e coletores de lixo desempenham um papel essencial para a sociedade. Além de coletarem e transportarem resíduos, eles são responsáveis pela manutenção da limpeza urbana, garantindo que os espaços públicos estejam livres de sujeira e materiais que poderiam prejudicar a saúde das pessoas. A responsabilidade social desses profissionais vai além da coleta; eles são fundamentais para a prevenção de doenças e para a criação de um ambiente limpo e habitável.

Estes profissionais enfrentam desafios diários, como o risco de exposição a resíduos perigosos, intempéries e trânsito urbano, e seu trabalho exige não só habilidades físicas, mas também conhecimento sobre segurança no trabalho e boas práticas no manuseio de resíduos. A conscientização e a postura responsável dos garis e coletores ajudam a sensibilizar a população para a importância da segregação e descarte adequado do lixo, promovendo a educação ambiental na prática.

Como a

Coleta Contribui para a Saúde Pública e o Meio Ambiente

A coleta de lixo é uma atividade essencial para a preservação da saúde pública. Ao garantir que os resíduos sólidos sejam retirados das áreas residenciais e comerciais e encaminhados corretamente, os garis ajudam a prevenir a proliferação de vetores de doenças, como ratos, insetos e outros animais que se alimentam de lixo. Isso é crucial para a redução de epidemias e para a manutenção de condições sanitárias adequadas nas cidades.

Além disso, a coleta de resíduos contribui diretamente para a proteção do meio ambiente. Quando realizada de forma correta, com a separação e destinação dos resíduos recicláveis e orgânicos, a coleta ajuda a reduzir o volume de lixo que chega aos aterros sanitários, diminui a emissão de gases de efeito estufa e economiza recursos naturais. Profissionais da coleta têm, portanto, um papel fundamental na construção de cidades mais sustentáveis e na preservação ambiental.

Em resumo, o trabalho dos garis e coletores de lixo é muito mais do que uma simples coleta de resíduos. É uma atividade de grande importância social, que contribui diretamente para a qualidade de vida, saúde e sustentabilidade das cidades. Esses profissionais são verdadeiros agentes de saúde pública e preservação ambiental, cuja dedicação impacta positivamente a vida de todos.


Tipos de Resíduos e Seu Destino

 

A gestão dos resíduos sólidos é um dos grandes desafios das cidades modernas, e compreender os tipos de resíduos e seus destinos é essencial para minimizar os impactos ambientais e promover a saúde pública. Os resíduos gerados nas áreas urbanas podem ser classificados em três principais categorias: orgânicos, recicláveis e perigosos, cada um com destinações específicas que garantem seu manejo adequado.

Classificação dos Resíduos

1.     Orgânicos: São os resíduos de origem biológica, como restos de alimentos, cascas de frutas e vegetais, folhas, galhos e outros materiais que se decompõem naturalmente. Esse tipo de resíduo é responsável por uma grande parcela do lixo doméstico e pode ser reaproveitado para a produção de adubo por meio da compostagem.

2.     Recicláveis: Compreendem materiais que podem ser processados e reutilizados na fabricação de novos produtos, como papel, plástico, vidro e metal. A reciclagem desses materiais reduz a necessidade de extração de recursos naturais, economiza energia e diminui o volume de resíduos destinados a aterros sanitários.

3.     Perigosos: São resíduos que

São resíduos que representam riscos à saúde e ao meio ambiente devido à presença de substâncias tóxicas, inflamáveis, corrosivas ou radioativas. Exemplos incluem baterias, lâmpadas fluorescentes, produtos químicos e medicamentos vencidos. Esses resíduos requerem cuidados especiais em seu manuseio e destinação para evitar contaminações e acidentes.

Importância da Segregação dos Resíduos na Fonte

A segregação dos resíduos na fonte é o primeiro passo para uma gestão eficiente dos resíduos sólidos. Separar os resíduos de acordo com suas características facilita o processo de coleta, transporte e destinação adequada, reduzindo a quantidade de materiais enviados para aterros e evitando a contaminação de resíduos recicláveis por materiais orgânicos ou perigosos. Além disso, a segregação contribui para a valorização dos materiais recicláveis, que podem ser reaproveitados com menor custo e impacto ambiental.

Para facilitar essa separação, muitos municípios promovem a coleta seletiva, onde os resíduos recicláveis são recolhidos separadamente dos resíduos orgânicos e perigosos. A população desempenha um papel crucial ao realizar a separação em suas residências, colaborando para o funcionamento eficiente da cadeia de reciclagem e compostagem.

Diferentes Destinos: Reciclagem, Compostagem, Aterros Sanitários

1.     Reciclagem: Os resíduos recicláveis, como papel, plástico, vidro e metais, são encaminhados para centrais de triagem e reciclagem, onde são separados, limpos e processados para dar origem a novos produtos. A reciclagem não só diminui o volume de lixo destinado aos aterros, como também gera emprego e renda para catadores e cooperativas que participam da cadeia de reciclagem.

2.     Compostagem: Os resíduos orgânicos, quando separados e direcionados à compostagem, são decompostos e transformados em adubo rico em nutrientes, que pode ser utilizado em plantações e jardins. A compostagem é uma alternativa sustentável ao descarte de resíduos orgânicos, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa, como o metano, que é liberado quando esses resíduos são enviados para aterros sanitários.

3.     Aterros Sanitários: São locais controlados e preparados para receber resíduos que não podem ser reciclados ou compostados, como os resíduos perigosos e rejeitos. Nos aterros, o lixo é compactado e coberto para minimizar os odores e evitar a proliferação de insetos e animais. Os aterros modernos possuem sistemas de drenagem para captar o chorume e mecanismos para

controlar as emissões de gases, reduzindo os impactos ambientais.

Em resumo, a gestão responsável dos resíduos sólidos começa com a classificação e a segregação dos resíduos na fonte. A destinação correta de cada tipo de resíduo contribui para a preservação ambiental, economia de recursos e saúde pública, além de reforçar a importância da participação de todos, desde o descarte inicial até as etapas de tratamento e reaproveitamento.


Legislação e Políticas Públicas Relacionadas aos Resíduos

 

A gestão de resíduos sólidos é uma questão fundamental para a saúde pública e para a proteção ambiental, e diversos países possuem legislações e políticas públicas para regulamentar o manejo adequado dos resíduos. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco regulatório que estabelece diretrizes para o descarte, tratamento e destinação final dos resíduos, envolvendo tanto os geradores como os responsáveis pela coleta.

Leis e Regulamentações Ambientais sobre o Manejo de Resíduos

O Brasil possui um conjunto de leis ambientais que regulam o manejo de resíduos, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais e promover o desenvolvimento sustentável. Além da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), outros regulamentos, como o Plano Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) e o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), incluem diretrizes sobre o tratamento de resíduos, em especial os perigosos e aqueles que podem causar contaminação do solo e da água.

A PNRS é a principal referência para o setor, definindo a responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e cidadãos. Essa legislação orienta a adoção de práticas sustentáveis, como a redução na geração de resíduos, o incentivo à reciclagem e a compostagem, e a promoção da coleta seletiva. Também estabelece critérios para a construção e o gerenciamento de aterros sanitários, e reforça a proibição do uso de lixões a céu aberto, incentivando práticas mais seguras e controladas para o descarte final.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, representa um avanço na gestão dos resíduos sólidos no Brasil. Ela define princípios, objetivos e instrumentos que visam reduzir a geração de resíduos, incentivando a reutilização, a reciclagem e a destinação ambientalmente correta. A PNRS introduz o conceito de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, exigindo que

fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores contribuam para o correto manejo dos resíduos.

A PNRS também estabelece a logística reversa para produtos como embalagens, pneus, pilhas, baterias e eletroeletrônicos, obrigando os fabricantes a criar sistemas de coleta e destinação desses materiais após o uso. Além disso, a PNRS exige que os municípios desenvolvam Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que considerem ações de coleta seletiva, reciclagem e a destinação correta dos rejeitos.

Responsabilidades dos Geradores e dos Coletores

A legislação brasileira determina que tanto os geradores de resíduos (indivíduos, empresas e indústrias) quanto os coletores (prefeituras, empresas de coleta e cooperativas) têm responsabilidades no manejo adequado dos resíduos:

  • Responsabilidade dos Geradores: Os geradores de resíduos, sejam eles indivíduos, empresas ou indústrias, têm o dever de reduzir a quantidade de resíduos que produzem, além de fazer a segregação e o descarte adequado. Em locais com coleta seletiva, os geradores são incentivados a separar os resíduos recicláveis dos orgânicos e perigosos, facilitando o trabalho dos coletores e cooperativas de reciclagem. Empresas que produzem resíduos específicos, como químicos e eletrônicos, também devem implementar a logística reversa, garantindo a correta destinação de seus produtos após o uso.
  • Responsabilidade dos Coletores: Os coletores, representados pelos serviços de limpeza urbana e pelas cooperativas de catadores, são responsáveis pelo transporte e destinação dos resíduos. Eles devem realizar a coleta de forma regular e segura, obedecendo aos critérios de segurança para evitar a exposição a materiais perigosos. Além disso, as empresas de coleta são responsáveis por encaminhar os resíduos para a destinação correta, seja para reciclagem, compostagem ou aterros sanitários licenciados.

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, estabelecida pela PNRS, significa que todos os envolvidos — desde a produção até o descarte final — têm o dever de contribuir para a redução dos impactos ambientais dos resíduos. Esse conceito reforça a importância da cooperação entre o setor público, o setor privado e a sociedade para a construção de um sistema de gestão de resíduos sólido, sustentável e eficiente.

Em resumo, a legislação brasileira e a Política Nacional de Resíduos Sólidos representam um

esforço conjunto para promover a gestão responsável e sustentável dos resíduos, minimizando os impactos ambientais e incentivando a reciclagem e a reutilização. A participação ativa de todos os atores envolvidos é essencial para garantir o cumprimento das leis e para construir cidades mais limpas, seguras e sustentáveis para todos.

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