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Aperfeiçoamento em Marketing Digital

 APERFEIÇOAMENTO EM MARKETING DIGITAL

 

 

Fundamentos do Marketing Digital 

O que é Marketing Digital? 

 

Introdução

O Marketing Digital tornou-se um dos pilares estratégicos mais importantes para empresas, organizações e profissionais autônomos na atualidade. Sua presença crescente no cotidiano das pessoas e nas práticas comerciais está diretamente ligada à evolução tecnológica, à popularização da internet e à transformação no comportamento do consumidor. Compreender o que é o marketing digital, como ele se diferencia do marketing tradicional e quais são os principais canais utilizados é essencial para qualquer pessoa que deseje atuar no ambiente digital ou ampliar sua presença online.

Conceito de Marketing Digital

Marketing Digital pode ser definido como o conjunto de estratégias e ações realizadas no ambiente online com o objetivo de promover marcas, produtos, serviços ou ideias. Ele envolve o uso de canais digitais – como redes sociais, e-mail, mecanismos de busca e websites – para alcançar e se comunicar com o público-alvo de forma segmentada, interativa e mensurável (Kotler et al., 2017).

Ao contrário das abordagens tradicionais, o marketing digital não apenas entrega mensagens; ele permite a construção de relacionamentos duradouros por meio da personalização da comunicação e da análise de dados em tempo real. Além disso, oferece acesso a um público global e permite ajustes constantes com base em indicadores de desempenho.

Evolução do Marketing Digital

O marketing digital começou a ganhar força com a popularização da internet comercial nos anos 1990, inicialmente com o uso de banners e e-mails promocionais. Na década de 2000, a expansão dos mecanismos de busca, como o Google, e o surgimento das redes sociais ampliaram drasticamente o alcance e a eficácia das estratégias digitais.

Com o surgimento da chamada Web 2.0, que trouxe maior interatividade e colaboração dos usuários na criação de conteúdo, as marcas passaram a adotar um posicionamento mais dinâmico e dialogal. A ascensão dos smartphones e a disseminação da internet móvel a partir de 2010 também transformaram profundamente o marketing digital, fazendo com que ele se adaptasse a múltiplas plataformas, formatos e rotinas de consumo.

Atualmente, com a incorporação da inteligência artificial, automação e big data, o marketing digital vive uma nova fase, voltada à hiperpersonalização e à tomada de decisões baseada em dados (Chaffey & Ellis-Chadwick, 2019).

Diferença entre Marketing

Tradicional e Marketing Digital

O marketing tradicional refere-se às práticas de divulgação e promoção que utilizam meios físicos ou offline, como televisão, rádio, outdoors, panfletos, jornais e revistas. Essas estratégias são geralmente unidirecionais, com pouca ou nenhuma interação com o público e baseadas em métricas de alcance estimadas, não exatas.

Já o marketing digital opera no ambiente online e é caracterizado pela bidirecionalidade, ou seja, pela interação ativa entre empresa e consumidor. Além disso, suas campanhas são facilmente mensuráveis por meio de indicadores como taxa de cliques (CTR), conversões, impressões, engajamento e retorno sobre investimento (ROI).

Outra diferença fundamental está na segmentação. Enquanto o marketing tradicional atinge um público mais amplo e genérico, o digital permite filtrar e atingir nichos muito específicos, com base em dados demográficos, comportamentais e psicográficos (Ryan, 2016).

Por fim, o custo é outro aspecto relevante: estratégias digitais podem ser significativamente mais acessíveis, especialmente para pequenos empreendedores, pois oferecem alternativas como mídias orgânicas e anúncios com orçamento flexível.

Canais Digitais Mais Utilizados

SEO (Search Engine Optimization)

O SEO é um conjunto de técnicas voltadas para melhorar o posicionamento de sites e conteúdos nas páginas de resultados de buscadores como o Google. Ele envolve práticas de otimização de palavras-chave, produção de conteúdo relevante, melhoria da experiência do usuário e construção de autoridade através de links externos (Fishkin & Høgenhaven, 2015).

Um bom trabalho de SEO contribui para o aumento do tráfego orgânico, ou seja, acessos que não dependem de anúncios pagos. Embora seus resultados demorem mais a aparecer, eles são duradouros e sustentáveis no longo prazo.

Redes Sociais

As redes sociais são plataformas fundamentais no marketing digital, pois combinam visibilidade, engajamento e relacionamento direto com o público. Facebook, Instagram, TikTok, LinkedIn e X (antigo Twitter) são canais usados para compartilhar conteúdo, lançar campanhas, humanizar marcas e criar comunidades.

Cada rede possui suas próprias características, públicos e linguagens. Por isso, é essencial adaptar a estratégia para cada ambiente. O uso de influenciadores digitais e campanhas de tráfego pago (ads) também são práticas comuns nessas plataformas.

E-mail Marketing

Apesar de ser uma das estratégias mais antigas do marketing digital, o

e-mail marketing permanece eficaz, principalmente para nutrição de leads, fidelização de clientes e comunicação direta. Sua força está na personalização das mensagens e no alto retorno sobre o investimento.

A automação de e-mails, o uso de segmentação e a análise de métricas como taxa de abertura e de cliques permitem campanhas altamente otimizadas. No entanto, é necessário seguir boas práticas para evitar o spam e garantir o engajamento do destinatário (Pulizzi, 2014).

Considerações Finais

O marketing digital é um campo dinâmico, essencial para organizações que desejam acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor e na forma como produtos e serviços são promovidos. Seu diferencial em relação ao marketing tradicional está na capacidade de segmentar, interagir e medir, utilizando canais digitais como SEO, redes sociais e e-mail marketing.

O domínio das ferramentas e a compreensão estratégica desses canais são cruciais para quem busca se destacar no mercado atual. Assim, investir na formação em marketing digital representa não apenas um diferencial competitivo, mas uma necessidade para quem deseja crescer no ambiente digital.

Referências Bibliográficas

  • Chaffey, D., & Ellis-Chadwick, F. (2019). Digital Marketing (7ª ed.). Pearson Education.
  • Fishkin, R., & Høgenhaven, T. (2015). The Art of SEO: Mastering Search Engine Optimization. O'Reilly Media.
  • Kotler, P., Kartajaya, H., & Setiawan, I. (2017). Marketing 4.0: Do tradicional ao digital. Editora Sextante.
  • Pulizzi, J. (2014). Epic Content Marketing: How to Tell a Different Story, Break through the Clutter, and Win More Customers by Marketing Less. McGraw-Hill Education.
  • Ryan, D. (2016). Understanding Digital Marketing: Marketing Strategies for Engaging the Digital Generation (4ª ed.). Kogan Page.

 

Comportamento do Consumidor Digital

Introdução

A digitalização da sociedade transformou profundamente a forma como os consumidores se comportam, pesquisam, decidem e compram produtos ou serviços. O consumidor digital é mais informado, crítico, conectado e exigente. Nesse contexto, compreender o comportamento desse novo perfil de cliente é fundamental para a construção de estratégias de marketing eficazes e personalizadas. Este texto aborda os principais elementos que compõem essa compreensão: a jornada de compra online, o funil de vendas e a construção de personas.

A Jornada de Compra Online

A jornada de compra é o processo percorrido

de compra é o processo percorrido pelo consumidor desde a percepção de uma necessidade até a decisão de compra (Kotler et al., 2017). No ambiente digital, essa jornada não é mais linear como nos modelos tradicionais; ela é fragmentada, dinâmica e influenciada por múltiplos pontos de contato, como redes sociais, blogs, vídeos, e-mails, sites de busca e reviews de outros consumidores.

Fases da jornada de compra:

1.     Aprendizado e descoberta: o consumidor ainda não sabe que tem um problema específico, mas começa a consumir conteúdos que o fazem refletir sobre necessidades latentes.

2.     Reconhecimento do problema: percebe-se a existência de um problema ou necessidade clara e inicia-se a busca ativa por informações e possíveis soluções.

3.     Consideração da solução: o consumidor compara diferentes marcas, produtos ou serviços que podem resolver sua demanda. Avalia preços, funcionalidades, reputação e diferenciais.

4.     Decisão de compra: após a análise, realiza a compra de forma consciente e orientada pelos critérios que considera relevantes.

5.     Pós-venda: no ambiente digital, o relacionamento não termina com a compra. A fidelização, o suporte e o incentivo ao compartilhamento de feedbacks são cruciais.

É importante destacar que, no mundo online, a jornada pode se acelerar ou prolongar dependendo da complexidade do produto, da urgência da necessidade e do grau de confiança na marca.

O Funil de Vendas: Atração, Consideração e Conversão

O funil de vendas é uma representação estratégica das etapas que um potencial cliente percorre até se tornar comprador. Ele é composto por três grandes fases: topo, meio e fundo, também chamadas de atração, consideração e conversão (Halligan & Shah, 2014).

1.     Topo do funil – Atração:
Nessa etapa, o foco é atrair visitantes, despertar o interesse e gerar tráfego qualificado. As estratégias envolvem conteúdos educativos, SEO, redes sociais e anúncios. O objetivo não é vender diretamente, mas informar e educar o público.

2.     Meio do funil – Consideração:
Aqui, o visitante já reconhece seu problema e busca soluções. A marca deve oferecer conteúdos mais aprofundados, como e-books, webinars, comparativos e estudos de caso. É o momento de capturar leads e iniciar um relacionamento mais próximo.

3.     Fundo do funil – Conversão:
O lead está pronto para comprar. Estratégias de vendas diretas, depoimentos de clientes, descontos, testes gratuitos e demonstrações são eficazes nessa fase. O foco é conduzir o

lead está pronto para comprar. Estratégias de vendas diretas, depoimentos de clientes, descontos, testes gratuitos e demonstrações são eficazes nessa fase. O foco é conduzir o lead para a decisão com confiança e segurança.

O funil de vendas permite entender em qual estágio o consumidor se encontra e qual abordagem é mais adequada. Com ele, a comunicação se torna mais personalizada e assertiva, evitando a perda de oportunidades por abordagens genéricas.

Personas: Definição e Importância na Estratégia

A persona é uma representação semifictícia do cliente ideal, baseada em dados reais e comportamentos observados. Ela vai além de características demográficas, incluindo informações sobre objetivos, dores, hábitos de consumo, canais preferidos e objeções (Revella, 2015).

Exemplo de persona:
Joana, 32 anos, professora, mora em cidade média, usa redes sociais diariamente, busca soluções práticas para planejar aulas e valoriza marcas que oferecem suporte educacional gratuito.

A criação de personas permite:

  • Direcionar conteúdos que realmente interessam ao público;
  • Escolher os canais e a linguagem mais apropriados;
  • Personalizar campanhas de e-mail e redes sociais;
  • Reduzir desperdício de recursos com público fora do perfil ideal.

Para construir boas personas, é necessário combinar pesquisa de mercado, análise de dados internos (como CRM e Google Analytics), entrevistas com clientes reais e feedbacks da equipe de vendas.

Diferença entre persona e público-alvo:
Enquanto o público-alvo é uma segmentação ampla (ex: mulheres entre 25 e 35 anos, com ensino superior), a persona é um perfil detalhado e humanizado, que ajuda a construir empatia e profundidade estratégica.

Considerações Finais

O consumidor digital é protagonista de sua jornada. Ele pesquisa, compara e exige respostas rápidas e soluções eficazes. Compreender seu comportamento envolve mapear sua jornada, estruturar o funil de vendas e criar personas realistas e baseadas em dados.

As marcas que investem em entender profundamente seus consumidores e alinhar suas estratégias a esse conhecimento têm mais chances de conquistar, converter e fidelizar clientes em um mercado cada vez mais competitivo e conectado.

Referências Bibliográficas

  • Halligan, B., & Shah, D. (2014). Inbound Marketing: Seja encontrado usando o Google, a mídia social e os blogs. Alta Books.
  • Kotler, P., Kartajaya, H., & Setiawan, I. (2017). Marketing 4.0: Do tradicional ao digital. Editora
  • Sextante.
  • Revella, A. (2015). Buyer Personas: How to Gain Insight into your Customer’s Expectations, Align your Marketing Strategies, and Win More Business. Wiley.
  • Ryan, D. (2016). Understanding Digital Marketing: Marketing Strategies for Engaging the Digital Generation (4ª ed.). Kogan Page.

 

Principais Estratégias de Marketing Digital

Introdução

O marketing digital oferece uma ampla gama de estratégias voltadas à promoção de produtos, serviços ou ideias no ambiente online. Entre as abordagens mais debatidas estão o Inbound Marketing e o Outbound Marketing, que representam, respectivamente, métodos de atração e de prospecção ativa do público. A produção de conteúdo, por sua vez, é uma das ferramentas mais eficazes do marketing de atração, permitindo criar relacionamentos duradouros e relevantes com o consumidor digital. Este texto discute as diferenças entre essas estratégias, suas aplicações e a importância do conteúdo como principal motor de atração no cenário digital contemporâneo.

Inbound vs. Outbound Marketing

As estratégias de marketing podem ser classificadas em duas abordagens principais: o Outbound Marketing (ou marketing tradicional/interruptivo) e o Inbound Marketing (ou marketing de atração). Ambas têm suas vantagens, limitações e contextos de aplicação, e a escolha entre elas depende dos objetivos, do público-alvo e do orçamento disponível.

Outbound Marketing

O Outbound Marketing baseia-se na interrupção da atenção do consumidor para entregar uma mensagem publicitária. É a forma tradicional de fazer marketing e inclui práticas como comerciais de TV e rádio, anúncios em jornais, telemarketing, outdoors e, no contexto digital, banners invasivos e pop-ups.

Essa abordagem utiliza a lógica do "empurrar" (push), tentando alcançar o maior número de pessoas possível, independentemente de seu interesse imediato. Embora ainda seja eficaz em alguns setores, especialmente em ações de curto prazo ou de grande visibilidade, o Outbound tende a ter um custo mais elevado e menor capacidade de segmentação (Kotler et al., 2017).

Inbound Marketing

O Inbound Marketing, por outro lado, segue a lógica do "puxar" (pull), ou seja, busca atrair os consumidores de forma voluntária, oferecendo conteúdos relevantes que solucionem dúvidas ou atendam interesses específicos. Em vez de interromper, o Inbound se propõe a educar, informar e engajar o público, conquistando sua atenção de forma natural.

As etapas do Inbound geralmente seguem

um fluxo de quatro fases:

1.     Atração: atrair visitantes por meio de blogs, redes sociais, SEO, vídeos e outros conteúdos informativos.

2.     Conversão: transformar visitantes em leads (contatos) através de formulários, landing pages e ofertas de valor.

3.     Relacionamento: nutrir os leads com e-mails, materiais ricos e interações personalizadas.

4.     Venda e encantamento: conduzir à conversão e fidelizar, incentivando o engajamento contínuo.

O Inbound tem como vantagem a construção de uma base sólida de audiência interessada, reduzindo custos por aquisição e promovendo o relacionamento contínuo com o cliente (Halligan & Shah, 2014).

O Conteúdo como Ferramenta de Atração

No centro do Inbound Marketing está o marketing de conteúdo, estratégia baseada na criação e distribuição de conteúdo relevante, útil e valioso para atrair e engajar um público-alvo bem definido. Diferentemente da publicidade tradicional, o conteúdo não vende diretamente, mas educa, informa ou entretém o consumidor, criando autoridade e confiança.

Tipos de conteúdo mais utilizados:

  • Blog posts: artigos otimizados para SEO que abordam dúvidas frequentes do público e melhoram o posicionamento nos buscadores.
  • E-books e whitepapers: materiais mais densos que oferecem aprofundamento sobre temas específicos, geralmente trocados por dados de contato (geração de leads).
  • Vídeos e lives: formatos audiovisuais com grande apelo emocional e facilidade de compartilhamento.
  • Infográficos e checklists: conteúdos visuais e práticos para facilitar a compreensão de temas complexos.
  • Podcasts e webinars: ótimas opções para conteúdo aprofundado e em formatos acessíveis durante deslocamentos ou multitarefas.

Benefícios do conteúdo de valor:

  • Aumenta o tráfego orgânico ao site ou blog;
  • Melhora o posicionamento nos mecanismos de busca (SEO);
  • Cria autoridade de marca no mercado;
  • Gera engajamento nas redes sociais;
  • Promove a geração de leads qualificados;
  • Fortalece a confiança entre marca e consumidor.

Para ser eficaz, o conteúdo deve estar alinhado às personas da marca (perfis semifictícios que representam o cliente ideal) e à jornada de compra, respeitando os diferentes estágios (aprendizado, consideração e decisão).

Integração Estratégica

Embora muitas vezes sejam apresentadas como opostas, as estratégias de Inbound e Outbound podem ser complementares. Um planejamento bem equilibrado pode incluir

muitas vezes sejam apresentadas como opostas, as estratégias de Inbound e Outbound podem ser complementares. Um planejamento bem equilibrado pode incluir ações de branding via mídia paga (Outbound), ao mesmo tempo que cultiva relacionamento e fidelização com conteúdos personalizados (Inbound).

Além disso, o conteúdo criado para o Inbound pode ser impulsionado com anúncios pagos (como Google Ads ou Facebook Ads), combinando os benefícios da autoridade orgânica com o alcance ampliado da publicidade digital. Esse modelo híbrido é conhecido como marketing integrado, e vem sendo adotado com sucesso por marcas que buscam performance com inteligência.

Considerações Finais

As estratégias de marketing digital evoluíram para atender um consumidor cada vez mais autônomo, crítico e conectado. Nesse novo cenário, o Inbound Marketing destaca-se como abordagem central, ao lado do marketing de conteúdo, que transforma informação em um poderoso canal de atração e engajamento.

Apesar disso, o Outbound Marketing ainda possui espaço, sobretudo em campanhas de alto impacto, quando bem segmentadas e integradas com as ações de conteúdo. A chave está na complementaridade estratégica e no profundo conhecimento do público-alvo.

Em última análise, o sucesso no marketing digital não depende apenas das ferramentas utilizadas, mas da relevância, consistência e valor entregue ao consumidor por meio de cada interação.

Referências Bibliográficas

  • Halligan, B., & Shah, D. (2014). Inbound Marketing: Seja encontrado usando o Google, a mídia social e os blogs. Alta Books.
  • Kotler, P., Kartajaya, H., & Setiawan, I. (2017). Marketing 4.0: Do tradicional ao digital. Editora Sextante.
  • Pulizzi, J. (2014). Epic Content Marketing: How to Tell a Different Story, Break through the Clutter, and Win More Customers by Marketing Less. McGraw-Hill Education.
  • Ryan, D. (2016). Understanding Digital Marketing: Marketing Strategies for Engaging the Digital Generation (4ª ed.). Kogan Page.
  • Jefferson, S., & Tanton, M. (2013). Valuable Content Marketing: How to Make Quality Content the Key to Your Business Success. Kogan Page.

Introdução ao Tráfego Pago e Tráfego Orgânico

Introdução

No universo do marketing digital, gerar tráfego qualificado para sites, blogs, lojas virtuais ou perfis de redes sociais é uma das tarefas centrais para alcançar visibilidade, atrair leads e converter clientes. Nesse cenário, duas formas principais de aquisição de

do marketing digital, gerar tráfego qualificado para sites, blogs, lojas virtuais ou perfis de redes sociais é uma das tarefas centrais para alcançar visibilidade, atrair leads e converter clientes. Nesse cenário, duas formas principais de aquisição de audiência se destacam: o tráfego orgânico e o tráfego pago. Ambas as estratégias possuem papéis distintos e complementares em um plano de marketing digital eficaz, sendo essencial compreender suas características, vantagens e limitações para tomar decisões estratégicas fundamentadas.

O que é Tráfego Orgânico?

Tráfego orgânico refere-se a todas as visitas que um site ou página recebe de forma não paga, ou seja, sem a necessidade de investimento direto em anúncios. Ele é oriundo de fontes como mecanismos de busca (ex: Google, Bing), redes sociais, links externos, e-mails e acessos diretos, desde que não estejam associados a campanhas publicitárias pagas (Fishkin & Høgenhaven, 2015).

A principal fonte de tráfego orgânico é o SEO (Search Engine Optimization), conjunto de técnicas que visam melhorar o posicionamento de páginas nos resultados dos buscadores. Quanto melhor otimizado o conteúdo, maior a probabilidade de ser encontrado pelos usuários que pesquisam por palavras-chave relacionadas.

Vantagens do tráfego orgânico:

  • Custo-benefício a longo prazo: não requer pagamento por clique ou visualização.
  • Autoridade e confiança: páginas bem posicionadas geram credibilidade.
  • Sustentabilidade: conteúdos bem ranqueados continuam gerando acessos por muito tempo.
  • Segmentação natural: atrai usuários genuinamente interessados no conteúdo.

Desvantagens:

  • Tempo para gerar resultados: SEO exige paciência e consistência.
  • Alto nível de concorrência: as primeiras posições no Google são disputadas.
  • Dependência de algoritmos: atualizações de buscadores podem afetar o ranqueamento.

O que é Tráfego Pago?

O tráfego pago envolve o investimento financeiro em plataformas de anúncios para promover conteúdos, produtos ou serviços. Os acessos gerados são resultado direto de campanhas publicitárias, como os links patrocinados do Google Ads, anúncios em redes sociais (Facebook Ads, Instagram Ads, TikTok Ads, LinkedIn Ads), banners em portais e outros formatos de mídia programática (Chaffey & Ellis-Chadwick, 2019).

A lógica é simples: o anunciante define um público, cria uma campanha, estabelece um orçamento e paga por cliques (CPC), visualizações (CPM) ou ações

específicas (CPA). A entrega do conteúdo é imediata e pode ser altamente segmentada com base em critérios como idade, localização, interesses e comportamento online.

Vantagens do tráfego pago:

  • Rapidez nos resultados: gera visitas e conversões quase instantaneamente.
  • Alta segmentação: permite atingir nichos específicos com precisão.
  • Controle de orçamento e performance: campanhas podem ser pausadas, ajustadas ou escaladas a qualquer momento.
  • Teste de hipóteses: ideal para testar conteúdos, ofertas ou públicos antes de investir em estratégias orgânicas.

Desvantagens:

  • Custo contínuo: ao parar o investimento, o tráfego tende a cessar.
  • Concorrência de lances: palavras-chave ou públicos disputados podem elevar o custo.
  • Dependência de plataformas: mudanças em políticas de anúncios ou algoritmos podem impactar o alcance.

Comparativo Estratégico

Embora muitas vezes tratadas como abordagens opostas, tráfego orgânico e pago são complementares em uma estratégia de marketing digital bem estruturada. Cada um possui seu papel em diferentes fases da jornada do consumidor e pode contribuir para objetivos distintos:

Aspecto

Tráfego Orgânico

Tráfego Pago

Custo direto

Baixo (SEO, conteúdo)

Alto (CPC, CPM)

Tempo de resultado

Médio a longo prazo

Imediato

Sustentabilidade

Alta

Baixa (cessa com investimento)

Autoridade de marca

Constrói a longo prazo

Depende do tipo de anúncio

Controle e testes

Limitado

Alto

ROI (Retorno sobre investimento)

Alto, no longo prazo

Alto, no curto prazo

A recomendação mais comum entre especialistas é investir simultaneamente nas duas frentes: utilizar o tráfego pago para impulsionar campanhas, lançamentos ou testes rápidos, enquanto se desenvolve uma base sólida de tráfego orgânico com conteúdos relevantes e SEO de qualidade (Ryan, 2016).

Quando usar cada tipo?

Tráfego orgânico:

  • Quando se busca resultados sustentáveis e de longo prazo.
  • Para fortalecer a autoridade da marca e gerar confiança.
  • Em blogs, portais de conteúdo, e-commerces com grande volume de páginas.
  • Quando há limitação de orçamento para anúncios contínuos.

Tráfego pago:

  • Em lançamentos de produtos, promoções e eventos com data definida.
  • Quando é preciso gerar resultados imediatos.
  • Para validar ideias, segmentações ou copy antes de um investimento maior.
  • Quando se deseja ampliar rapidamente o alcance ou recuperar leads inativos.

Considerações Finais

O tráfego digital é o oxigênio das estratégias online. Tanto o tráfego orgânico quanto o tráfego pago são indispensáveis, cada qual com sua natureza, velocidade e profundidade de impacto. O equilíbrio entre ambas as estratégias — com uma mentalidade de longo prazo aliada a táticas de curto prazo — tende a produzir os melhores resultados em performance, visibilidade e geração de valor para o público-alvo.

O sucesso está em conhecer bem os canais, dominar as métricas e manter a consistência, ajustando as estratégias conforme os dados e as necessidades do mercado.

Referências Bibliográficas

  • Chaffey, D., & Ellis-Chadwick, F. (2019). Digital Marketing (7ª ed.). Pearson Education.
  • Fishkin, R., & Høgenhaven, T. (2015). The Art of SEO: Mastering Search Engine Optimization. O'Reilly Media.
  • Ryan, D. (2016). Understanding Digital Marketing: Marketing Strategies for Engaging the Digital Generation (4ª ed.). Kogan Page.
  • Halligan, B., & Shah, D. (2014). Inbound Marketing: Seja encontrado usando o Google, a mídia social e os blogs. Alta Books.
  • Kotler, P., Kartajaya, H., & Setiawan, I. (2017). Marketing 4.0: Do tradicional ao digital. Editora Sextante.

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