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Básico de Crochê

 BÁSICO DE CROCHÊ

 

 

Projetos Simples e Finalização 

Fazendo um Quadrado Básico (Square)

 

Introdução

O quadrado básico, conhecido também como square, é uma das formas mais tradicionais e versáteis no crochê. Ele serve como bloco construtor para peças maiores, como mantas, colchas, roupas e acessórios, sendo uma ótima forma de praticar pontos e padrões. Este texto aborda os passos fundamentais para confeccionar um quadrado básico, incluindo a montagem da base com correntinhas, o trabalho dos pontos para formar a estrutura quadrada, e as técnicas para fazer cantos e finalizar carreiras, garantindo um acabamento uniforme e esteticamente agradável.

Montagem da Base com Correntinhas

Escolha do número de correntinhas

Para iniciar o quadrado básico, é necessário fazer uma base de correntinhas que permita a altura e largura desejadas. Normalmente, para um quadrado uniforme, o número de correntinhas deve ser suficiente para que a peça atinja a medida planejada, considerando o tipo de fio, agulha e ponto a ser usado (Stoller, 2006).

Um número mais elevado de correntinhas resulta em um quadrado maior, enquanto um número menor cria peças menores, úteis para blocos ou amostras.

Execução da corrente

A base inicia-se com a laçada inicial (nó corrediço), seguida da execução da quantidade necessária de correntinhas, formando a cadeia base. É importante manter a tensão do fio uniforme durante essa etapa para evitar deformações e garantir que o quadrado tenha laterais retas (Reed, 2011).

Manter a cadeia reta é fundamental para a construção do quadrado, portanto, a atenção à tensão e ao movimento da agulha é essencial.

Trabalhando os Pontos para Formar o Quadrado

Escolha dos pontos

Os pontos usados para formar o quadrado podem variar, mas os mais comuns são o ponto baixo, ponto alto ou meio ponto alto, pois proporcionam boa estrutura e definição para a forma quadrada (Ramsay, 2013).

Formação das carreiras

Após a base de correntinhas, inicia-se a primeira carreira de pontos, inserindo a agulha nas correntinhas da base conforme o ponto escolhido.

Para formar um quadrado, é necessário que as carreiras tenham número igual de pontos para que as laterais fiquem alinhadas. O crocheteiro deve contar os pontos e ajustar o número de correntinhas se necessário para que a largura e altura correspondam.

Progresso e controle do formato

Ao avançar nas carreiras seguintes, é importante manter a tensão e o mesmo número de pontos em cada carreira, garantindo que o

quadrado mantenha suas proporções. Trabalhos desiguais na tensão podem causar bordas tortas ou ondulações (Ferreira, 2019).

Como Fazer Cantos e Finalizar Carreiras

A importância dos cantos no quadrado

Os cantos são fundamentais para definir a forma do quadrado e evitar que ele se curve ou deforme. Em crochê, os cantos são criados com pontos específicos que permitem a expansão do tecido em 90 graus (Silva & Rodrigues, 2020).

Técnica para fazer cantos

Para fazer um canto, geralmente se trabalham grupos de pontos em um mesmo espaço, separados por correntinhas que dão “respiro” para a peça. Um exemplo clássico em ponto alto é fazer 3 pontos altos + 2 correntinhas + 3 pontos altos no mesmo espaço do canto.

Essa técnica permite que o tecido vire em ângulo reto, formando um canto definido e mantendo o formato quadrado ao longo das carreiras seguintes (Mendes, 2015).

Finalização das carreiras

Para finalizar cada carreira, utiliza-se frequentemente o ponto baixíssimo para fechar a carreira e criar um acabamento limpo. Após o fechamento, inicia-se a nova carreira com correntinhas que substituem a altura do ponto do próximo passo (ex.: 3 correntinhas para substituir um ponto alto) (Stoller, 2006).

A finalização adequada das carreiras facilita o alinhamento das bordas e o encaixe perfeito dos quadrados quando unidos.

Cuidados para evitar deformações

É importante observar a tensão nas correntinhas de subida e nos pontos do canto para que não fiquem muito apertados ou frouxos, o que pode causar curvas indesejadas ou ondulações (Reed, 2011).

Fazer uma amostra teste antes do projeto completo ajuda a ajustar a tensão e o número de pontos para a peça desejada.

Conclusão

Fazer um quadrado básico em crochê é uma técnica essencial para quem deseja criar peças maiores e variadas. A montagem correta da base com correntinhas, o trabalho consistente dos pontos para formar o tecido e a construção cuidadosa dos cantos garantem um quadrado com formato uniforme e acabamento profissional. A prática desses fundamentos proporciona uma base sólida para projetos mais complexos e criativos no crochê.

Referências Bibliográficas

  • Ferreira, P. (2019). Roupas e acessórios em crochê para o inverno. Porto Alegre: Trama Editora.
  • Mendes, A. (2015). Tapetes e utensílios domésticos em crochê. Salvador: Arte na Linha.
  • Ramsay, P. (2013). Knitting: A History and Craft Guide. Boston: Fiber Arts Publishing.
  • Reed, J. (2011). Crochet Techniques and Patterns. San
  • Francisco: Craftwork Publishers.
  • Silva, M., & Rodrigues, A. (2020). Vestidos e saias de crochê: guia completo. Recife: Estilo Artesanal.
  • Stoller, B. (2006). Crochet: A Comprehensive Guide to the Craft. New York: Leisure Arts.


Criando um Porta-copo ou Sousplat em Crochê

 

Introdução

Porta-copos e sousplats são peças decorativas e funcionais, muito comuns na arte do crochê. Eles oferecem proteção às superfícies contra calor e umidade, além de agregar charme e personalidade à mesa. A criação dessas peças é uma excelente forma de aplicar os pontos básicos e complementares do crochê, permitindo que iniciantes e praticantes aprimorem suas habilidades em projetos de tamanho reduzido e resultados visíveis rapidamente. Este texto aborda a construção do projeto utilizando pontos já aprendidos, oferece dicas para acabamento e explica o processo correto para arrematar o fio, garantindo um trabalho uniforme e profissional.

Construção do Projeto com Pontos Aprendidos

Escolha dos pontos

Para a confecção do porta-copo ou sousplat, pontos como o ponto baixo, ponto alto, meio ponto alto e correntinhas são os mais indicados, pois permitem criar uma superfície resistente e com boa textura (Stoller, 2006).

O ponto baixo é ideal para o porta-copo, que exige um tecido mais firme e compacto, enquanto o sousplat pode usar pontos altos para um acabamento mais leve e com maior diâmetro.

Início do trabalho

O projeto geralmente começa com um anel mágico (ou laçada inicial ajustável), que permite trabalhar em círculo e ajustar o centro da peça para evitar buracos (Reed, 2011).

Dentro do anel mágico, fazem-se pontos baixos ou pontos altos, dependendo do efeito desejado, aumentando progressivamente para expandir o círculo e atingir o tamanho adequado.

Expansão e aumentos

Para que o círculo cresça uniformemente, os aumentos são fundamentais. Estes consistem em fazer dois pontos no mesmo espaço, distribuídos de maneira equilibrada por toda a carreira.

Por exemplo, para um porta-copo com ponto baixo, na primeira carreira após o anel mágico, aumentos são feitos em intervalos regulares (exemplo: 2 pontos baixos no mesmo espaço a cada 3 pontos). Para o sousplat, os aumentos em ponto alto são feitos de forma semelhante, porém com espaçamentos maiores para manter a planicidade (Ferreira, 2019).

A frequência e o posicionamento dos aumentos devem ser monitorados para evitar que a peça fique ondulada (excesso de aumentos) ou côncava (falta de aumentos).

Dicas para

Acabamento e Deixar o Trabalho Uniforme

Manter a tensão constante

Um dos maiores desafios para obter um acabamento uniforme é manter a tensão do fio constante durante todo o trabalho. Tensão irregular provoca pontos desiguais, bordas tortas e textura inconsistente (Ramsay, 2013).

Finalizar cada carreira com ponto baixíssimo

O ponto baixíssimo é ideal para finalizar carreiras, pois cria um acabamento discreto e firme, facilitando a transição para a carreira seguinte (Silva & Rodrigues, 2020).

Uso de bordas decorativas

Após a peça atingir o tamanho desejado, pode-se aplicar bordas decorativas, como pontos picô, ponto caranguejo ou correntinhas, que além de embelezar, ajudam a estruturar as bordas e evitar que se deformem com o uso (Mendes, 2015).

Verificação do formato

Durante a confecção, é importante esticar a peça suavemente para verificar se o círculo está plano. Caso haja ondulações, ajuste a quantidade de aumentos na próxima carreira. Se o centro estiver afundado, diminua os aumentos (Reed, 2011).

Como Arrematar o Fio Corretamente

Importância do arremate

O arremate é o processo final que fixa o fio, evitando que o trabalho se desfaça e dando acabamento limpo ao projeto (Stoller, 2006).

Passo a passo para arrematar

1.     Cortar o fio: Deixe uma sobra de aproximadamente 10 cm para garantir espaço suficiente para o acabamento.

2.     Puxar o fio: Após o último ponto, faça um ponto baixíssimo, corte o fio deixando a sobra e passe a sobra pelo laço da agulha puxando até firmar.

3.     Esconder a sobra: Utilize uma agulha de tapeçaria (agulha com ponta sem corte e olho grande) para passar a sobra de fio por dentro dos pontos do lado avesso do trabalho, fazendo movimentos em zigue-zague para prender bem o fio.

4.     Corte final: Depois de prender a sobra, corte o excesso próximo ao tecido, tomando cuidado para não cortar o trabalho.

Cuidados ao arrematar

É importante que o arremate seja firme, mas sem apertar excessivamente, para não deformar os pontos ou a peça (Ferreira, 2019). Também é recomendável esconder o fio no sentido contrário ao que foi trabalhado para garantir maior segurança.

Conclusão

Criar um porta-copo ou sousplat em crochê é uma excelente oportunidade para aplicar conhecimentos básicos e complementares da técnica, aprimorar a prática dos pontos e exercitar a atenção ao acabamento. A construção cuidadosa, o controle da tensão, o acabamento adequado e o arremate correto resultam em peças funcionais, duráveis e bonitas, que

porta-copo ou sousplat em crochê é uma excelente oportunidade para aplicar conhecimentos básicos e complementares da técnica, aprimorar a prática dos pontos e exercitar a atenção ao acabamento. A construção cuidadosa, o controle da tensão, o acabamento adequado e o arremate correto resultam em peças funcionais, duráveis e bonitas, que valorizam o artesanato manual e o ambiente onde são utilizadas.

Referências Bibliográficas

  • Ferreira, P. (2019). Roupas e acessórios em crochê para o inverno. Porto Alegre: Trama Editora.
  • Mendes, A. (2015). Tapetes e utensílios domésticos em crochê. Salvador: Arte na Linha.
  • Ramsay, P. (2013). Knitting: A History and Craft Guide. Boston: Fiber Arts Publishing.
  • Reed, J. (2011). Crochet Techniques and Patterns. San Francisco: Craftwork Publishers.
  • Silva, M., & Rodrigues, A. (2020). Vestidos e saias de crochê: guia completo. Recife: Estilo Artesanal.
  • Stoller, B. (2006). Crochet: A Comprehensive Guide to the Craft. New York: Leisure Arts.


Cuidados e Conservação das Peças em Crochê

 

Introdução

As peças confeccionadas em crochê, sejam elas roupas, acessórios ou itens decorativos, exigem cuidados específicos para garantir sua durabilidade, beleza e integridade estrutural. O manejo correto na lavagem e o armazenamento adequado são fundamentais para preservar as características originais das fibras, manter a forma da peça e evitar danos. Este texto apresenta orientações detalhadas sobre como lavar peças de crochê manualmente e em máquina, além de dicas essenciais para o armazenamento correto e a prevenção de deformações.

Como Lavar Peças de Crochê

Lavagem Manual

A lavagem manual é geralmente a forma mais recomendada para peças em crochê, especialmente para fios delicados ou trabalhos elaborados.

Passos para a lavagem manual:

1.     Preparação: Encha uma bacia com água fria ou morna (de acordo com a indicação do fabricante do fio). Evite água quente para não encolher ou danificar as fibras (Stoller, 2006).

2.     Uso de detergente neutro: Adicione uma pequena quantidade de detergente neutro ou sabão específico para roupas delicadas. Produtos abrasivos ou alvejantes devem ser evitados (Ramsay, 2013).

3.     Imersão da peça: Coloque a peça na água e deixe de molho por cerca de 10 a 15 minutos. Evite esfregar ou torcer, pois isso pode deformar a peça (Ferreira, 2019).

4.     Enxágue: Enxágue cuidadosamente em água fria, até remover completamente o sabão.

5.     Remoção do

excesso de água: Para retirar o excesso de água, pressione suavemente a peça entre as mãos ou envolva-a em uma toalha limpa e pressione levemente. Não torça.

6.     Secagem: Estenda a peça em superfície plana, sobre uma toalha seca, preferencialmente em local ventilado e à sombra. Evite pendurar, pois o peso da água pode deformar o crochê (Silva & Rodrigues, 2020).

Lavagem em Máquina

Embora a lavagem manual seja preferível, algumas peças podem ser lavadas em máquina, desde que observados cuidados específicos.

Orientações para lavagem em máquina:

1.     Utilize sacos para roupas delicadas: Coloque a peça em saco de lavagem próprio para evitar atritos e estiramento (Mendes, 2015).

2.     Escolha ciclo delicado: Utilize o ciclo para roupas delicadas ou lavagem manual da máquina, com temperatura fria.

3.     Evite centrifugação forte: A centrifugação deve ser reduzida ou evitada para minimizar deformações e estiramentos.

4.     Uso de detergentes suaves: Assim como na lavagem manual, prefira detergentes neutros.

5.     Secagem: Após a lavagem, remova a peça do saco e siga o procedimento de secagem plana, evitando pendurar (Stoller, 2006).

Observações Especiais

  • Peças feitas com fios naturais, como lã, exigem ainda mais cuidado, podendo requerer produtos específicos para lavagem a seco ou produtos próprios para lã.
  • Evitar o uso de alvejantes e amaciantes que podem danificar as fibras.
  • Para peças com detalhes, bordados ou aplicações, a lavagem manual é recomendada para preservar os adornos (Ramsay, 2013).

Armazenamento Adequado para Evitar Deformação

Importância do armazenamento correto

O modo como as peças de crochê são armazenadas influencia diretamente sua forma, textura e durabilidade. Armazenar inadequadamente pode provocar deformações, amarelamento e até danos físicos, como rasgos ou bolor (Ferreira, 2019).

Dicas para armazenamento

1.     Guardar em local arejado e seco: Evite ambientes úmidos que possam favorecer o aparecimento de fungos e odores desagradáveis.

2.     Evitar exposição direta ao sol: A luz solar direta pode desbotar as cores e enfraquecer as fibras.

3.     Dobragem adequada: Dobre as peças suavemente, evitando dobras muito marcadas que podem provocar vincos permanentes.

4.     Evitar pendurar peças pesadas: Pendurar pode deformar peças pesadas ou com pontos frouxos.

5.     Uso de sacos de tecido: Armazenar em sacos de algodão ou outros tecidos naturais ajuda a proteger do pó e permite a

respiração das fibras (Silva & Rodrigues, 2020).

6.     Evitar sacos plásticos herméticos: Sacos plásticos fechados podem reter umidade, favorecendo mofo.

7.     Uso de sachês aromáticos ou repelentes naturais: Para evitar insetos como traças, é possível utilizar sachês de lavanda, cedro ou outras essências naturais.

Manutenção durante o armazenamento

  • Periodicamente, areje as peças para evitar acúmulo de umidade.
  • Verifique a presença de manchas, odores ou sinais de insetos, agindo prontamente para conservação (Mendes, 2015).

Conclusão

O cuidado adequado com a lavagem e o armazenamento das peças de crochê é essencial para garantir sua longevidade, beleza e funcionalidade. A lavagem manual com detergentes suaves e a secagem em superfície plana são práticas recomendadas para preservar as fibras e a forma das peças. O armazenamento em locais arejados, secos e protegidos da luz solar direta evita deformações e danos causados pela umidade e insetos. Seguir essas orientações proporciona que as peças artesanais mantenham sua qualidade e valor afetivo por muitos anos.

Referências Bibliográficas

  • Ferreira, P. (2019). Roupas e acessórios em crochê para o inverno. Porto Alegre: Trama Editora.
  • Mendes, A. (2015). Tapetes e utensílios domésticos em crochê. Salvador: Arte na Linha.
  • Ramsay, P. (2013). Knitting: A History and Craft Guide. Boston: Fiber Arts Publishing.
  • Silva, M., & Rodrigues, A. (2020). Vestidos e saias de crochê: guia completo. Recife: Estilo Artesanal.
  • Stoller, B. (2006). Crochet: A Comprehensive Guide to the Craft. New York: Leisure Arts.

 

Reparos Simples em Peças Danificadas de Crochê

 

Introdução

As peças feitas em crochê, por sua delicadeza e natureza artesanal, podem sofrer desgastes ou danos com o uso contínuo, armazenamento inadequado ou acidentes. Contudo, muitas vezes esses danos podem ser reparados com técnicas simples, preservando a funcionalidade e a estética da peça. Saber realizar pequenos consertos é essencial para prolongar a vida útil dos trabalhos em crochê, além de valorizar o esforço e o tempo investidos na confecção. Este texto aborda os principais tipos de danos que ocorrem em peças de crochê e técnicas práticas para reparos simples, oferecendo orientações para restaurar e conservar as peças.

Tipos Comuns de Danos em Peças de Crochê

Pontos soltos ou desfeitos

Com o tempo, os pontos podem se soltar, desfazer ou apresentar falhas, especialmente em áreas de maior

tempo, os pontos podem se soltar, desfazer ou apresentar falhas, especialmente em áreas de maior atrito ou tensão.

Furos ou rasgos

Podem ocorrer devido a puxões acidentais, desgaste natural do fio, ou perfurações por objetos pontiagudos.

Manchas

Manchas por líquidos, sujeira ou resíduos podem impregnar o fio, dificultando a limpeza, especialmente em fios delicados.

Fios rompidos ou desgastados

Fios podem romper-se ou ficar desgastados por exposição excessiva ao sol, lavagem inadequada ou envelhecimento das fibras.

Técnicas para Reparos Simples

Reaprender pontos soltos ou desfeitos

Quando os pontos se desfazem, uma técnica simples é utilizar uma agulha de crochê fina para remontar os pontos soltos.

  • Identificar a sequência dos pontos: Observe a estrutura da malha ao redor da área danificada.
  • Recolocar o fio: Usando uma agulha de crochê, reintroduza o fio seguindo a sequência dos pontos originais.
  • Fixar o fio: Ao final do reparo, arremate o fio com cuidado para evitar que o ponto volte a se desfazer (Reed, 2011).

Esse procedimento é eficaz para pequenos defeitos em áreas visíveis ou em junções de peças.

Reparar furos e rasgos

Para furos pequenos, uma alternativa é fechar o espaço com pontos baixos ou ponto correntinha, alinhando as bordas do rasgo.

  • Alinhe as bordas: Utilize alfinetes para manter o alinhamento.
  • Crochê sobre o rasgo: Faça pontos baixos ao redor do buraco para reforçar a área.
  • Preencher o espaço: Para buracos maiores, pode-se usar um retalho de crochê semelhante para fechar a área, costurando-o discretamente na parte de trás (Stoller, 2006).

Em casos mais graves, pode ser necessário refazer parte do trabalho, mas a maioria dos furos pequenos pode ser resolvida com essa técnica.

Remoção de manchas

  • Lavagem local: Aplique delicadamente uma solução de água e detergente neutro na mancha e deixe agir por alguns minutos.
  • Esfregue com cuidado: Utilize uma escova macia ou pano para remover a sujeira, evitando danificar as fibras.
  • Enxágue e seque: Remova o sabão com água fria e seque a peça esticada, evitando deformações (Ferreira, 2019).

Em casos de manchas persistentes, produtos específicos para remoção de manchas em tecidos delicados podem ser utilizados, sempre testando previamente em áreas pequenas.

Substituição de fios rompidos

Quando o fio está rompido, pode-se fazer a emenda com uma nova ponta:

  • Amarre
  • cuidadosamente: Faça um nó pequeno para juntar o fio antigo ao novo, posicionando o nó para que fique na parte de trás da peça.
  • Crochê normalmente: Continue o trabalho usando a ponta nova.
  • Esconder a emenda: Use uma agulha de tapeçaria para esconder as pontas e o nó no avesso da peça (Ramsay, 2013).

Essa técnica mantém a continuidade do trabalho sem quebras visíveis.

Prevenção e Cuidados Pós-Reparo

Após o reparo, recomenda-se:

  • Lavagem cuidadosa: Evite agressões para não comprometer o reparo.
  • Armazenamento adequado: Guardar a peça em local arejado e protegido da luz solar direta.
  • Manutenção periódica: Inspecione regularmente para identificar precocemente novos danos (Mendes, 2015).

Conclusão

Pequenos reparos em peças de crochê são viáveis e importantes para conservar o valor e a utilidade das criações artesanais. Com técnicas simples e materiais básicos, é possível corrigir pontos soltos, furos, manchas e fios rompidos, restaurando a peça para o uso prolongado. A habilidade de reparar também incentiva a sustentabilidade e o respeito pelo trabalho manual, valorizando cada peça confeccionada.

Referências Bibliográficas

  • Ferreira, P. (2019). Roupas e acessórios em crochê para o inverno. Porto Alegre: Trama Editora.
  • Mendes, A. (2015). Tapetes e utensílios domésticos em crochê. Salvador: Arte na Linha.
  • Ramsay, P. (2013). Knitting: A History and Craft Guide. Boston: Fiber Arts Publishing.
  • Reed, J. (2011). Crochet Techniques and Patterns. San Francisco: Craftwork Publishers.
  • Stoller, B. (2006). Crochet: A Comprehensive Guide to the Craft. New York: Leisure Arts.

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