APERFEIÇOAMENTO EM EDIFICAÇÕES
Técnicas
Construtivas e Materiais
Materiais de Construção: Tipos,
Aplicações e Normas
1. Introdução
Os materiais de construção são os
insumos fundamentais para a realização de qualquer obra civil. Eles são
responsáveis por garantir a resistência, durabilidade, segurança e estética das
edificações, além de influenciarem diretamente no custo e no desempenho técnico
e ambiental da construção.
A correta seleção dos materiais,
aliada ao conhecimento de suas propriedades, aplicações e conformidade com as
normas técnicas, é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento. Além
disso, o controle de qualidade e a realização de ensaios garantem que os
materiais utilizados atendam às exigências de projeto e regulamentações.
Este texto aborda os principais tipos de materiais de construção, suas aplicações, o uso de materiais alternativos, bem como os ensaios e normas técnicas que asseguram sua qualidade e desempenho.
2. Materiais Convencionais de
Construção
Os materiais convencionais são
aqueles tradicionalmente empregados na construção civil, com características
amplamente estudadas, disponibilidade comercial e regulamentação técnica
consolidada. Entre os principais materiais convencionais destacam-se:
a) Concreto
Composto por cimento, agregados
(areia e brita), água e, eventualmente, aditivos, o concreto é o material mais
utilizado no mundo. É aplicado em fundações, pilares, vigas, lajes e pisos. Sua
resistência à compressão e versatilidade o tornam indispensável em obras de
todos os portes.
b) Aço
Utilizado principalmente como
armadura no concreto armado e em estruturas metálicas. Possui alta resistência
à tração, ductilidade e capacidade de absorver esforços dinâmicos. O aço também
é amplamente empregado em coberturas e fechamentos.
c) Cerâmica Vermelha
Inclui tijolos e blocos cerâmicos,
largamente utilizados em alvenaria de vedação e estrutural. São materiais com
boa resistência mecânica, desempenho térmico e acústico, além de baixo custo.
d) Argamassas e Revestimentos
Misturas de cimento, cal, areia e
aditivos, utilizadas para assentamento de blocos, regularização de superfícies
e acabamento. Também incluem revestimentos como cerâmicas, porcelanatos e
tintas.
e) Madeira
Empregada em coberturas, pisos, esquadrias e formas para concreto. É um material renovável, com boas propriedades mecânicas, mas sensível à umidade e ataque biológico, exigindo tratamento adequado.
3. Materiais Alternativos
O
crescente interesse por
sustentabilidade tem incentivado a adoção de materiais alternativos, que
visam reduzir o impacto ambiental da construção e oferecer soluções mais
acessíveis e eficientes. Entre eles destacam-se:
a) Blocos de solo-cimento
Fabricados com solo, cimento e água,
compactados mecanicamente. São sustentáveis, pois dispensam queima e utilizam
materiais locais. Têm bom desempenho térmico e são utilizados em alvenaria
estrutural.
b) Concreto reciclado
Produzido com agregados obtidos da
trituração de resíduos da construção civil. Pode ser empregado em bases de
pavimentação, calçadas e elementos não estruturais, contribuindo para a
economia circular.
c) Painéis pré-fabricados e
modularização
Materiais produzidos industrialmente
com maior controle de qualidade, rapidez de montagem e menor geração de
resíduos. Exemplos incluem painéis de gesso acartonado, estruturas de madeira
engenheirada e painéis de concreto leve.
d) Materiais naturais e renováveis
Bambu, terra crua (adobe), palha e fibras vegetais vêm sendo redescobertos e adaptados a contextos urbanos, com destaque para habitações sustentáveis e construções bioclimáticas.
4. Ensaios e Controle de Qualidade
Para garantir a conformidade e a
durabilidade dos materiais utilizados, é essencial realizar ensaios
laboratoriais que verifiquem suas propriedades físicas, mecânicas e químicas.
Esses ensaios seguem metodologias definidas por normas técnicas, assegurando a
confiabilidade dos resultados.
a) Ensaios em cimento
Verificam a finura, tempo de pega,
resistência à compressão e expansão. O cimento deve estar em conformidade com a
NBR 16697.
b) Ensaios em concreto
Incluem o ensaio de abatimento
(slump test) para verificar a consistência, e o ensaio de resistência à
compressão em corpos de prova cilíndricos, segundo a NBR 5738 e a NBR
5739.
c) Ensaios em agregados
Avaliam a granulometria, massa
específica, absorção de água e resistência ao desgaste. As normas da NBR
7211 e NBR 7211-1 definem os critérios para agregados para concreto.
d) Ensaios em aço
O aço deve ser submetido a ensaios
de tração, dobramento e análise química. A NBR 7480 trata do aço para
armaduras de concreto armado.
e) Controle de recebimento e
armazenagem
Além dos ensaios, o controle de qualidade exige inspeção no recebimento dos materiais, verificação de notas fiscais, armazenagem em local adequado e rastreabilidade, especialmente em obras de grande porte ou públicas.
5. Normas Técnicas Aplicáveis
As normas
da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) são fundamentais para padronizar e assegurar
a qualidade dos materiais e processos. Algumas das principais normas
relacionadas a materiais de construção incluem:
Cumprir essas normas não é apenas uma exigência legal em muitas obras, mas também uma garantia de desempenho, segurança e durabilidade para o usuário final.
6. Conclusão
Os materiais de construção constituem a base física de qualquer edificação. Conhecer suas propriedades, aplicações e exigências normativas é indispensável para profissionais da construção civil que buscam realizar obras de qualidade, seguras e sustentáveis.
Além dos materiais convencionais, a
adoção de materiais alternativos e inovadores pode contribuir
significativamente para a redução de impactos ambientais, custos operacionais e
tempo de execução das obras. No entanto, essa adoção deve ser acompanhada por
rigoroso controle de qualidade, baseado em ensaios técnicos e conformidade com
as normas da ABNT.
A correta especificação, verificação e uso dos materiais são fatores decisivos para a longevidade das edificações e para o desempenho global da construção ao longo do tempo.
Referências Bibliográficas
Armazenamento
e transporte no canteiro
1. Introdução
O bom desempenho de uma obra está diretamente relacionado à eficiência da logística de materiais dentro do canteiro. O armazenamento e transporte de materiais são atividades fundamentais para garantir o abastecimento contínuo dos insumos,
são atividades
fundamentais para garantir o abastecimento contínuo dos insumos, a integridade
dos produtos utilizados e a organização do ambiente de trabalho.
A correta gestão dessas etapas evita
desperdícios, retrabalhos e acidentes, contribuindo para o cumprimento de
prazos e a redução de custos. No entanto, essas operações exigem planejamento
técnico, conhecimento das características dos materiais e respeito às normas de
segurança e qualidade.
Este texto trata dos princípios e práticas recomendadas para o armazenamento e transporte de materiais no canteiro de obras, abordando aspectos operacionais, normativos e logísticos.
2. Princípios do Armazenamento no
Canteiro
O armazenamento é a atividade de
guardar materiais de forma organizada, segura e acessível, preservando sua
qualidade até o momento do uso. Um sistema de armazenamento eficiente deve
considerar os seguintes princípios:
a) Proteção dos materiais
Os materiais devem ser protegidos contra ações climáticas (chuva, sol, vento, umidade), impactos mecânicos, contaminações e furtos. Itens como cimento, cal, argamassa ensacada e aditivos exigem proteção especial contra umidade.
b) Organização e identificação
A disposição dos materiais deve
seguir uma lógica que facilite a localização, o controle de estoque e o acesso
rápido, preferencialmente com sinalização visível e etiquetas com nome, lote e
data de entrada.
c) Segregação por tipo
Materiais incompatíveis, como
produtos químicos e alimentícios (em canteiros com refeitórios), devem ser
armazenados separadamente. Também é necessário isolar inflamáveis, corrosivos
ou tóxicos conforme as normas de segurança.
d) Critério de rodízio (FIFO)
Aplica-se o princípio “first in,
first out” (primeiro que entra, primeiro que sai), para garantir o uso
preferencial de materiais mais antigos, evitando vencimentos ou perdas por
degradação.
e) Facilidade de movimentação
O layout do canteiro deve prever áreas de armazenamento próximas às frentes de trabalho, sempre que possível, evitando deslocamentos excessivos.
3. Tipos de Armazenamento
O tipo de armazenamento varia
conforme o material, seu volume, valor e sensibilidade:
A NBR 12284/1991 – Armazenamento de cimento e outras normas específicas auxiliam na definição dos métodos mais seguros e adequados.
4. Transporte Interno de Materiais
O transporte de materiais dentro do
canteiro, também chamado de logística interna, tem como objetivo levar
os insumos do local de armazenamento até os pontos de uso, no tempo certo e com
segurança.
Esse transporte pode ser:
O transporte eficiente depende de:
5. Segurança e Normas Aplicáveis
O armazenamento e transporte de
materiais devem obedecer às Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho, especialmente:
Adicionalmente, é recomendável que o canteiro possua plano de logística de materiais, elaborado em conjunto com o planejamento físico da obra, prevendo áreas de recebimento, estocagem, manuseio e circulação.
6. Sustentabilidade e Boas Práticas
A logística de materiais no canteiro
também deve considerar aspectos ambientais. Algumas boas práticas
incluem:
A adoção dessas práticas contribui não só para a economia do projeto, mas também para a certificação de sustentabilidade da edificação (como o selo LEED ou o selo Procel Edifica).
7. Conclusão
O armazenamento e transporte de
materiais no canteiro de obras são etapas fundamentais da gestão da construção.
A eficiência dessas operações garante a disponibilidade dos insumos com
qualidade e segurança, contribuindo para a produtividade, a redução de
desperdícios e a sustentabilidade da obra.
Planejar essas atividades com base em critérios técnicos e nas normas regulamentadoras é responsabilidade de toda a equipe de obra, desde engenheiros até operários. Uma logística bem executada no canteiro é sinônimo de obra organizada, segura e economicamente viável.
Referências Bibliográficas
Sistemas
Construtivos Convencionais: Alvenaria Estrutural, Alvenaria de Vedação e
Concreto Armado
1. Introdução
Na construção civil, os sistemas
construtivos são o conjunto de técnicas e processos utilizados para erguer
edificações. Entre os mais utilizados no Brasil, destacam-se os sistemas
construtivos convencionais, que incluem a alvenaria estrutural, a alvenaria
de vedação e o concreto armado com formas moldadas in loco.
Esses sistemas são amplamente
empregados por sua confiabilidade, disponibilidade de materiais, mão de obra
treinada e boa adaptação às características da construção brasileira. Apesar do
avanço de métodos industrializados e modulares, os sistemas convencionais
seguem sendo predominantes, especialmente em obras de pequeno e médio porte.
Este texto apresenta os conceitos, características e aplicações dos principais sistemas construtivos convencionais, com foco na alvenaria e no concreto armado.
2. Alvenaria Estrutural
A alvenaria estrutural é um sistema
é um
sistema em que as paredes não apenas dividem ambientes ou fecham espaços, mas
também suportam as cargas da edificação, substituindo vigas e pilares
tradicionais. Neste sistema, blocos de concreto ou cerâmicos, assentados com
argamassa, formam painéis resistentes capazes de absorver cargas verticais
(peso da edificação) e laterais (vento, sismos).
Características:
Aplicações:
Normas aplicáveis:
3. Alvenaria de Vedação
A alvenaria de vedação é
utilizada exclusivamente para fechar vãos e compartimentar ambientes. Ao
contrário da alvenaria estrutural, não possui função de sustentação das
cargas da edificação. Sua principal função é a vedação, atuando como
fechamento entre elementos estruturais, como vigas, pilares e lajes.
Características:
Aplicações:
Normas aplicáveis:
4. Concreto Armado e Formas
O concreto armado é um dos sistemas mais tradicionais e versáteis da construção civil. Consiste na combinação do concreto (resistente à compressão) com o aço (resistente à tração), formando um material composto com excelentes propriedades estruturais.
a) Concreto Armado
O concreto armado é utilizado para
elementos estruturais como:
Vantagens:
Desvantagens:
Normas aplicáveis:
b) Formas para Concreto
As formas são moldes
temporários que recebem o concreto fresco e garantem sua forma até a cura.
Podem ser de madeira, metálicas, plásticas ou mistas, e devem ser estanques,
resistentes e de fácil desforma.
Funções das formas:
A escolha adequada do tipo de forma impacta diretamente no custo, qualidade e produtividade da obra.
5. Considerações Técnicas e
Comparativas
Integração entre os sistemas
Em muitas edificações, os sistemas
convencionais são utilizados de forma combinada. É comum encontrar
estruturas em concreto armado com paredes de alvenaria de vedação ou a adoção
parcial da alvenaria estrutural para determinados blocos do projeto.
Escolha do sistema adequado
A escolha do sistema construtivo
deve considerar fatores como:
A análise comparativa deve ser feita por profissionais habilitados, preferencialmente com o apoio de simulações estruturais e orçamentárias.
6. Conclusão
Os sistemas construtivos
convencionais são amplamente utilizados na construção civil brasileira
devido à sua versatilidade, confiabilidade e ampla mão de obra disponível. A alvenaria
estrutural e a alvenaria de vedação desempenham papéis distintos,
mas complementares, enquanto o concreto armado com formas moldadas in
loco permanece como pilar fundamental da engenharia estrutural.
A compreensão técnica dessas soluções construtivas é indispensável para a correta execução da obra, a tomada de decisões seguras e a otimização de recursos. O domínio das normas, das boas práticas e das possibilidades de combinação entre
os. O domínio das normas, das boas práticas e das possibilidades de combinação entre os sistemas é fator decisivo para o sucesso no canteiro de obras.
Referências Bibliográficas
Técnicas
de Fundações Superficiais e Profundas
1. Introdução
As fundações constituem a base de
sustentação de qualquer edificação e têm a função de transmitir ao solo as
cargas da estrutura de forma segura, estável e durável. Uma fundação mal
projetada ou mal executada pode comprometer todo o desempenho da obra, resultando
em recalques, trincas ou até colapsos.
Na engenharia civil, as fundações
são classificadas em dois grupos principais: fundações superficiais e fundações
profundas, cada qual com suas particularidades técnicas, aplicações e
critérios de escolha. A seleção do tipo de fundação depende de fatores como o
tipo de solo, a carga da edificação, a profundidade do terreno resistente, a
viabilidade econômica e as condições de execução.
Este texto apresenta os conceitos e técnicas fundamentais para a aplicação de fundações superficiais e profundas, com base nas normas técnicas e na prática de campo.
2. Fundamentos do Dimensionamento de
Fundações
Antes da escolha da técnica de
fundação, é essencial a realização de uma investigação geotécnica, por
meio de sondagens do solo (como a SPT – Standard Penetration Test), que permite
determinar sua capacidade de carga, nível do lençol freático e resistência à
penetração.
Com base nesses dados e nas cargas previstas no projeto estrutural, o engenheiro define o tipo de fundação mais adequado, garantindo estabilidade contra recalques (afundamentos) e ruptura.
3. Fundações Superficiais
As fundações superficiais, ou diretas, são aquelas que transmitem as cargas da estrutura diretamente às camadas superficiais do solo, geralmente a profundidades de até 3 metros. São utilizadas quando o solo resistente se encontra próximo à superfície e tem boa
capacidade de carga.
Principais Tipos:
a) Sapatas Isoladas
São blocos de concreto armado
construídos sob pilares isolados. Distribuem as cargas de forma pontual e são
economicamente vantajosas para edificações leves ou de pequeno porte.
b) Sapatas Corridas
Utilizadas sob paredes contínuas,
como muros ou alvenaria estrutural. Distribuem as cargas linearmente ao longo
de seu comprimento.
c) Radier
Também conhecido como laje de
fundação, é uma placa de concreto armado que se estende por toda a área da
edificação. Utilizado em solos pouco resistentes ou quando a carga precisa ser
distribuída de forma uniforme.
d) Bloco de fundação
Empregado para transferir cargas
concentradas para o solo, geralmente sem armadura, sendo utilizado com estacas
ou isoladamente em edificações simples.
Vantagens das fundações
superficiais:
Limitações:
4. Fundações Profundas
As fundações profundas são indicadas
quando as camadas superficiais do solo não oferecem resistência suficiente para
suportar as cargas da edificação. Nesses casos, é necessário transferir os
esforços a camadas mais profundas e competentes, geralmente localizadas a mais
de 3 metros de profundidade.
Principais Tipos:
a) Estacas
São elementos estruturais
cilíndricos (pré-moldados ou moldados in loco) cravados ou perfurados no solo.
b) Tubulões
São fundações profundas executadas
manualmente ou mecanicamente, com diâmetro maior que o das estacas, permitindo
a descida do operário para limpeza do fundo da escavação. Utilizados em cargas
elevadas, especialmente em obras urbanas ou em solos com grandes blocos.
Vantagens das fundações profundas:
Desvantagens:
5. Critérios de Escolha e
Compatibilidade
A seleção entre fundação superficial
ou profunda deve considerar:
As fundações devem ser projetadas e executadas por engenheiro civil habilitado, com acompanhamento técnico e controle de qualidade rigoroso. Erros na fundação comprometem toda a estabilidade da edificação e podem acarretar prejuízos irreversíveis.
6. Conclusão
O conhecimento e a aplicação correta
das técnicas de fundações superficiais e profundas são fundamentais para
garantir a segurança e durabilidade das construções. A escolha do tipo de
fundação deve ser pautada por critérios técnicos, resultado de análises
geotécnicas, estruturais e econômicas.
As fundações superficiais são indicadas para solos resistentes e obras de pequeno a médio porte, enquanto as fundações profundas são a solução técnica adequada para estruturas mais pesadas ou solos fracos. O domínio desses sistemas construtivos permite a execução segura e racional das obras, reduzindo riscos, custos e problemas futuros.
Referências Bibliográficas
Revestimentos,
Coberturas e Esquadrias
1. Introdução
Os elementos de acabamento em uma edificação — como revestimentos, coberturas e esquadrias — desempenham funções técnicas, estéticas e funcionais essenciais para o desempenho e a habitabilidade da construção. Tais componentes protegem os elementos estruturais, promovem conforto térmico e acústico, garantem a vedação da edificação contra agentes externos e conferem identidade visual ao projeto
arquitetônico.
A seleção adequada de materiais e sistemas de execução deve observar não apenas critérios estéticos, mas também aspectos como durabilidade, manutenção, custo-benefício e conformidade com normas técnicas. Este texto apresenta os principais tipos de revestimentos internos e externos, sistemas de cobertura e os principais modelos de esquadrias utilizadas em obras civis.
2. Revestimentos Internos e Externos
Os revestimentos têm a função
de proteger, embelezar e facilitar a limpeza de superfícies, além de melhorar o
desempenho térmico e acústico dos ambientes. Eles podem ser aplicados em pisos,
paredes, tetos, fachadas e áreas molhadas, sendo classificados conforme sua
localização (internos ou externos) e material utilizado.
a) Revestimentos Internos
São aplicados em paredes e pisos de ambientes internos, protegendo alvenarias e estruturas e contribuindo para o conforto dos usuários.
Principais tipos:
b) Revestimentos Externos
Devem resistir à ação de
intempéries, como sol, chuva e vento, oferecendo durabilidade e proteção às
fachadas.
Principais tipos:
A escolha do revestimento deve
considerar o tipo de substrato, o desempenho esperado e as exigências de
manutenção ao longo do tempo.
3. Telhados, Lajes e Coberturas
A cobertura é a parte
superior da edificação que tem por função proteger os ambientes internos contra
intempéries, controlar a temperatura, drenar águas pluviais e contribuir com a
estética arquitetônica. Ela pode ser composta por telhados, lajes
impermeabilizadas ou estruturas metálicas com mantas.
a) Telhados
Os telhados inclinados são comuns em residências e edificações de pequeno porte. Eles
possibilitam fácil
escoamento da água e ventilação natural do sótão. Podem ser compostos por:
O sistema estrutural do telhado pode
ser feito de madeira, aço galvanizado ou alumínio, dependendo do projeto e do
custo.
b) Lajes de cobertura
As lajes planas, utilizadas
como cobertura em edificações de múltiplos pavimentos ou com lajes técnicas,
devem receber tratamento impermeabilizante adequado. Podem ser:
Devem apresentar sistema eficiente
de escoamento da água por calhas e ralos, conforme a NBR 15575, que
trata do desempenho térmico e estanqueidade de coberturas.
c) Coberturas especiais
Incluem estruturas como:
4. Esquadrias: Portas, Janelas e
Acabamentos
As esquadrias são os
elementos responsáveis por integrar os vãos de portas e janelas na edificação,
permitindo ventilação, iluminação e controle de acesso. Devem garantir vedação
adequada contra água, ar e ruídos, além de segurança e estética.
a) Portas
Podem ser classificadas quanto ao
material e ao sistema de abertura:
b) Janelas
As janelas devem promover ventilação
cruzada, iluminação natural e, quando necessário, isolamento térmico e
acústico. Os principais tipos são:
c) Acabamentos
Os acabamentos de esquadrias
incluem:
A escolha correta das esquadrias deve respeitar critérios
como segurança, estética, ventilação e exposição a intempéries, além da norma ABNT NBR 10821, que trata do desempenho de portas e janelas externas.
5. Considerações Técnicas
A correta execução de revestimentos,
coberturas e esquadrias exige:
Esses elementos, além de promoverem proteção e funcionalidade, agregam valor estético ao imóvel, influenciando na percepção de qualidade e na valorização do bem.
6. Conclusão
Os revestimentos, coberturas e
esquadrias são componentes essenciais na finalização e proteção das
edificações. Sua correta escolha, especificação e execução impactam diretamente
na durabilidade da obra, no conforto dos usuários e na estética do projeto.
O domínio técnico sobre os diversos tipos de materiais e sistemas disponíveis no mercado, aliado à observância das normas da ABNT, é fundamental para garantir um resultado de alta qualidade, funcionalidade e economia ao longo do ciclo de vida da edificação.
Referências Bibliográficas
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