POSICIONAMENTO
RADIOGRÁFICO DOS MEMBROS SUPERIORES
Fundamentos
do Posicionamento Radiográfico
Introdução à Radiologia e aos Membros
Superiores
A radiologia é uma das áreas mais importantes da medicina diagnóstica por imagem, permitindo a visualização interna do corpo humano sem a necessidade de procedimentos invasivos. Desde sua descoberta no final do século XIX, a radiografia tem sido amplamente utilizada na avaliação de estruturas ósseas, articulações e tecidos moles, especialmente nos membros superiores, que estão frequentemente expostos a traumas e lesões musculoesqueléticas.
1.
Histórico da Imagem Radiológica
A
descoberta dos raios X ocorreu em 8 de novembro de 1895, pelo físico alemão
Wilhelm Conrad Röntgen. Ao trabalhar com tubos de Crookes, Röntgen percebeu que
uma radiação desconhecida era capaz de atravessar materiais opacos e registrar
imagens em chapas fotográficas. O primeiro registro de uma imagem radiográfica
foi da mão de sua esposa, Bertha Röntgen, e o feito rendeu ao pesquisador o
primeiro Prêmio Nobel de Física, em 1901.
Desde
então, a radiologia evoluiu de forma notável. Inicialmente usada apenas para
detectar fraturas, corpos estranhos e alterações ósseas, hoje a radiologia
abrange exames complexos como tomografia computadorizada (TC), ressonância
magnética (RM) e fluoroscopia.
No
entanto, a radiografia convencional ainda é a modalidade mais acessível e
eficaz para avaliação inicial dos membros superiores, devido à sua
simplicidade, rapidez e baixo custo.
A técnica radiográfica moderna baseia-se nos princípios da atenuação dos raios X conforme atravessam diferentes tecidos. Tecidos densos, como os ossos, absorvem mais radiação e aparecem mais claros na imagem, enquanto tecidos moles e estruturas aeradas absorvem menos e aparecem mais escuros. A qualidade da imagem depende da correta aplicação de fatores técnicos como kilovoltagem (kV), miliamperagem (mA), tempo de exposição, distância foco-filme e uso de proteção radiológica.
2.
Princípios da Radiologia Aplicada aos Membros Superiores
A
avaliação radiológica dos membros superiores envolve o conhecimento
técnico-científico das estruturas anatômicas e dos posicionamentos necessários
para obtenção de imagens diagnósticas adequadas. O técnico em radiologia deve
ser capaz de posicionar o paciente de forma que as estruturas fiquem visíveis
com nitidez, respeitando os planos anatômicos e a centralização dos feixes de
radiação.
Cada segmento do membro superior possui
incidências específicas, com objetivos
distintos. Por exemplo, a incidência posteroanterior (PA) da mão é indicada
para avaliação geral dos ossos e articulações dos dedos e do carpo. Já o ombro
pode exigir incidências especiais como a Y escapular ou a axilar para
identificação de luxações ou fraturas ocultas.
É
essencial, além da técnica, aplicar os princípios de proteção radiológica, como
uso de aventais de chumbo, colimação do campo e limitação da dose.
O conceito ALARA (As Low As Reasonably Achievable) deve sempre ser respeitado, buscando a menor exposição possível ao paciente e ao profissional.
3.
Anatomia Geral dos Membros Superiores
A
compreensão da anatomia dos membros superiores é fundamental para a realização
e interpretação de exames radiográficos. O membro superior divide-se em quatro
principais regiões anatômicas: mão, antebraço, braço e cintura escapular
(ombro).
Mão
e Punho:
A mão é composta por 27 ossos, divididos em três grupos: falanges (ossos dos
dedos), metacarpos e carpo (ossos do punho). O carpo, por sua vez, possui oito
ossos dispostos em duas fileiras: proximal (escafoide, semilunar, piramidal,
pisiforme) e distal (trapézio, trapezoide, capitato, hamato). Lesões como
fraturas do escafoide e artrites são comumente investigadas nesta região.
Antebraço:
Formado por dois ossos longos – rádio e ulna – que se articulam proximal e
distalmente, permitindo movimentos de pronação e supinação. As incidências
anteroposteriores (AP) e lateral do antebraço devem abranger as articulações do
punho e cotovelo.
Cotovelo:
O cotovelo é uma articulação complexa que envolve o úmero, rádio e ulna. A
posição anatômica e a presença de linhas gordurosas são importantes para
detecção de fraturas ocultas. As projeções AP e lateral são as mais utilizadas.
Braço:
Contém apenas o osso úmero, que se articula superiormente com a escápula e
inferiormente com o rádio e a ulna. O posicionamento correto para as
incidências do úmero inclui a visualização da articulação do ombro e do
cotovelo.
Ombro
e Cintura Escapular:
Envolve o úmero proximal, escápula e clavícula. O ombro é uma das articulações
mais móveis do corpo e, portanto, propensa a lesões. As incidências AP com
rotação interna/externa, axilar e Y escapular são úteis para o diagnóstico de
luxações, fraturas e artropatias.
Considerações
Finais
O domínio da anatomia radiológica dos membros superiores e a correta aplicação dos princípios de posicionamento são indispensáveis para garantir imagens de
qualidade diagnóstica. O profissional técnico deve manter constante atualização sobre novas técnicas e protocolos, respeitando as normas éticas e de segurança radiológica. A atuação consciente e precisa na radiologia contribui diretamente para o diagnóstico precoce e tratamento eficaz de inúmeras patologias musculoesqueléticas.
Referências
Bibliográficas
A Importância do Posicionamento Correto
para o Diagnóstico Radiológico
O
posicionamento radiográfico é uma etapa essencial na obtenção de imagens
médicas diagnósticas de qualidade. Em exames de raios X, especialmente os
convencionais, a forma como o paciente é posicionado determina diretamente a
nitidez da imagem, a visualização adequada das estruturas anatômicas e a
identificação correta de patologias. Um posicionamento incorreto pode não
apenas comprometer a interpretação da imagem, como também levar a diagnósticos
equivocados, repetição de exames e aumento da dose de radiação.
Este texto discute os fundamentos técnicos e clínicos que justificam a importância do posicionamento correto, relacionando aspectos anatômicos, físicos e éticos da prática radiológica.
1.
Fundamentos Técnicos do Posicionamento Radiográfico
O posicionamento radiológico consiste em alinhar corretamente o corpo do paciente com o equipamento de raios X, de modo a garantir que a área de interesse seja exposta de maneira ideal à radiação e registrada de forma fiel no detector (filme, CR ou DR). Isso envolve o uso de marcos anatômicos, planos de referência (como o plano sagital, coronal e transversal), bem como o correto alinhamento do feixe central, distância foco-filme e angulação do tubo.
A escolha da incidência adequada para cada estrutura anatômica é fundamental. Certas regiões exigem múltiplas projeções para avaliação tridimensional, como no caso de
fraturas complexas, deslocamentos articulares ou avaliação de corpos
estranhos. A visualização precisa depende de fatores como:
Por esses motivos, o profissional técnico deve dominar as técnicas de posicionamento e conhecer profundamente a anatomia radiológica de cada região examinada.
2.
Implicações Clínicas do Posicionamento Incorreto
Um erro de posicionamento pode levar a interpretações equivocadas da imagem e, consequentemente, a falhas no diagnóstico médico. Um exemplo clássico é a não visualização de uma fratura por má inclinação do feixe de raios X ou por não realizar todas as incidências necessárias. Muitas lesões não são visíveis em apenas uma projeção; por isso, é comum solicitar imagens ortogonais (como AP e lateral).
Outra
situação crítica ocorre nas radiografias de tórax. Um posicionamento
rotacionado pode simular cardiomegalia ou esconder infiltrações pulmonares. Já
na radiografia de abdome, a não obtenção de imagem em ortostase pode
comprometer a identificação de níveis hidroaéreos, essenciais para o
diagnóstico de obstruções intestinais.
Em
exames ortopédicos, a avaliação do alinhamento ósseo, da congruência articular
e da presença de fragmentos requer imagens bem centradas e posicionadas. Exames
mal posicionados também dificultam a comparação entre os lados (direito e
esquerdo), prejudicando diagnósticos diferenciais.
Além do risco de erro diagnóstico, o posicionamento incorreto frequentemente leva à necessidade de repetição do exame, aumentando a exposição desnecessária à radiação e os custos operacionais do serviço de imagem.
3.
Papel do Técnico em Radiologia e Boas Práticas
O
profissional técnico em radiologia é responsável direto pela realização do
exame radiográfico, incluindo a orientação ao paciente, a escolha da técnica e
o posicionamento correto. Sua atuação exige habilidades técnicas e
sensibilidade clínica, especialmente em pacientes com dor, mobilidade reduzida,
pediátricos ou acamados.
Para garantir a qualidade da imagem e a segurança do paciente, é essencial seguir protocolos padronizados, aplicar
testes de controle de qualidade e manter comunicação clara com a equipe médica. O domínio dos marcos anatômicos e das técnicas de imobilização permite obter imagens satisfatórias mesmo em situações desafiadoras.
O uso de colimadores, proteção radiológica (aventais de chumbo, protetores gonadais) e o princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable) devem ser sempre respeitados. Evitar repetições de exames é uma obrigação ética e profissional, que depende diretamente do cuidado no posicionamento.
4.
Importância Ética e Legal
A
qualidade da imagem radiográfica tem implicações ético-legais relevantes. Um
exame mal conduzido pode ser considerado uma falha técnica e resultar em
responsabilização profissional, especialmente se houver prejuízo ao paciente. O
Código de Ética dos Profissionais das Técnicas Radiológicas (CONTER) estabelece
que é dever do técnico garantir a melhor qualidade da imagem com a menor
exposição possível.
Além disso, há um compromisso moral com o bem-estar do paciente, que confia ao profissional a condução segura e eficiente do procedimento. O cuidado no posicionamento também reflete o respeito à dignidade do paciente e à sua integridade física.
Conclusão
O
posicionamento correto é uma etapa crítica na radiologia, com impactos diretos
na qualidade da imagem, na acurácia do diagnóstico e na segurança do paciente.
Exige conhecimento técnico, sensibilidade clínica e compromisso ético por parte
do profissional. Ao aplicar corretamente as técnicas de posicionamento, o
técnico em radiologia contribui para a efetividade do diagnóstico médico, reduz
a necessidade de repetição de exames e promove um atendimento mais seguro e
eficaz.
Em um cenário de crescente demanda por qualidade e humanização nos serviços de saúde, o domínio do posicionamento radiográfico torna-se não apenas uma exigência técnica, mas também uma demonstração de excelência profissional.
Referências
Bibliográficas
Princípios Básicos de Posicionamento
Radiográfico
O posicionamento radiográfico é uma etapa fundamental para a obtenção de imagens diagnósticas de qualidade. Ele envolve a correta disposição do paciente, a orientação do feixe de raios X, o uso adequado de equipamentos e acessórios e o domínio da terminologia técnica e anatômica. Esses elementos são essenciais para garantir que as estruturas de interesse sejam visualizadas de maneira clara, precisa e com mínima exposição à radiação. Este texto aborda os princípios básicos do posicionamento, com ênfase em planos anatômicos, incidências, alinhamento, centralização, focalização e equipamentos auxiliares.
1.
Planos Anatômicos e Nomenclatura
O
conhecimento dos planos anatômicos é essencial para a correta descrição do
posicionamento do paciente durante o exame radiográfico. Os planos são linhas
imaginárias que dividem o corpo humano em seções e orientam a execução e a
interpretação das imagens:
A
nomenclatura radiológica também inclui termos direcionais e posicionais, como:
Essas classificações são utilizadas de forma padronizada para garantir a uniformidade dos exames, a clareza nos pedidos médicos e a precisão nos relatórios radiológicos.
2.
Alinhamento, Centralização e Focalização
O sucesso de uma imagem radiográfica depende da correta
aplicação de três
princípios fundamentais: alinhamento, centralização e focalização. Esses
conceitos garantem que as estruturas sejam visualizadas sem distorções e dentro
do campo radiográfico adequado.
Alinhamento
refere-se à disposição correta do paciente em relação ao tubo de raios X e ao
receptor de imagem. O corpo deve estar posicionado segundo os planos anatômicos
apropriados para a incidência desejada.
Um
desalinhamento pode resultar em imagens oblíquas, sobreposição de estruturas ou
artefatos técnicos.
Centralização
consiste em posicionar o feixe central de radiação (CR – central ray)
exatamente sobre a área anatômica de interesse. O CR deve ser direcionado
perpendicularmente ou com angulação adequada, dependendo da projeção
necessária. A centralização incorreta pode comprometer a visibilidade das
estruturas e exigir repetição do exame.
Focalização
envolve a distância entre o foco do tubo (fonte dos raios X) e o receptor de
imagem, chamada de distância foco-filme (DFF). Essa distância influencia
diretamente a nitidez, a ampliação e a distorção da imagem. A DFF mais comum em
radiologia geral é de 100 cm (ou 40 polegadas), mas pode variar conforme o
exame (ex: 180 cm para tórax).
Outro aspecto importante da focalização é o uso correto do ponto focal do tubo, que pode ser fino ou grosso. Pontos focais menores são indicados para exames que requerem alta definição (ex: extremidades), enquanto os maiores são utilizados em exames de maior carga, como coluna lombar e pelve.
3.
Equipamentos e Acessórios Utilizados
A
execução adequada do posicionamento radiográfico exige o uso correto dos
equipamentos de imagem e dos acessórios auxiliares. Entre os principais,
destacam-se:
1.
Aparelho de Raios X:
Composto por tubo de raios X, colimador, mesa de exames, suporte vertical e
receptor de imagem (filme, chassi CR ou detector DR). A movimentação do tubo e
do receptor deve ser precisa para ajustes de angulação, distância e
alinhamento.
2.
Colimador:
Dispositivo que limita o tamanho do campo de radiação, reduzindo a exposição
desnecessária e melhorando o contraste da imagem. A colimação correta é uma
exigência ética e legal, relacionada ao princípio da proteção radiológica.
3.
Receptor de Imagem:
Pode ser filme radiográfico (sistema analógico), cassete com fósforo (CR –
radiografia computadorizada) ou detector digital (DR). Deve estar alinhado e
nivelado em relação ao feixe central.
4.
Grade Antidifusora (Grid):
Utilizada para reduzir a radiação
secundária (espalhada) que chega ao receptor,
melhorando a qualidade da imagem. É indicada especialmente em exames de partes
espessas, como pelve ou abdome.
5.
Dispositivos de Posicionamento:
Incluem cunhas, espumas, pranchas, suportes para mãos e pés, e imobilizadores.
Auxiliam na manutenção do posicionamento correto e no conforto do paciente,
especialmente em casos de limitação física, pediatria ou trauma.
6.
Equipamentos de Proteção Radiológica:
Aventais de chumbo, protetores de tireoide, óculos plumbíferos e biombos devem
ser usados para proteger tanto o paciente quanto o profissional contra
exposições desnecessárias.
A familiaridade com esses equipamentos e sua aplicação adequada é parte integrante da formação técnica em radiologia. Além disso, o profissional deve realizar verificações constantes de funcionalidade e calibragem para garantir a segurança e eficácia do exame.
Considerações
Finais
Os
princípios básicos de posicionamento são essenciais para garantir exames
radiográficos eficazes, seguros e de alta qualidade diagnóstica. O domínio dos
planos anatômicos, das nomenclaturas e das técnicas de alinhamento,
centralização e focalização permite ao técnico realizar procedimentos
padronizados e reduzir erros. O uso correto dos equipamentos e acessórios
complementa esse processo, promovendo a proteção radiológica, o conforto do
paciente e a precisão das imagens.
A constante atualização técnica, a prática supervisionada e o respeito às normas éticas e legais são fundamentais para a formação de um profissional comprometido com a excelência no atendimento e na produção de diagnósticos confiáveis.
Referências
Bibliográficas
Aspectos de Proteção Radiológica
A proteção radiológica é um conjunto de práticas, normas e princípios voltados para minimizar a exposição à
radiação ionizante de pacientes, profissionais e do público em geral durante a realização de exames de imagem. Em radiologia médica, embora os benefícios do diagnóstico sejam inegáveis, é fundamental adotar medidas que reduzam ao máximo os riscos biológicos associados ao uso dos raios X. Neste texto, abordam-se os principais aspectos da proteção radiológica, incluindo o conceito de dose, o princípio ALARA, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), técnicas de blindagem, posicionamento seguro e as responsabilidades legais e éticas do técnico em radiologia.
1.
Dose de Radiação e seus Efeitos
A
dose de radiação corresponde à quantidade de energia absorvida pelos
tecidos biológicos durante a exposição à radiação ionizante. Essa dose é medida
em sievert (Sv) para efeitos biológicos e em gray (Gy) para
energia absorvida. Na prática clínica, os valores geralmente são expressos em
milisievert (mSv) ou miligray (mGy), devido à baixa intensidade usada nos
exames médicos.
Os
efeitos da radiação são classificados em:
Embora a dose em exames convencionais seja relativamente baixa, a exposição repetida ou desnecessária deve ser evitada, especialmente em grupos vulneráveis como crianças, gestantes e profissionais expostos ocupacionalmente.
2.
Princípio ALARA e Justificativa
O
princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um dos
pilares da proteção radiológica e significa que todas as exposições à radiação
devem ser mantidas tão baixas quanto razoavelmente possível, levando em
consideração fatores técnicos, sociais e econômicos.
Três
diretrizes práticas derivam do ALARA:
Além disso, a justificativa do exame é outro princípio essencial: um exame radiológico só deve ser realizado se houver benefício clínico comprovado, evitando exposições desnecessárias. A otimização também é parte do processo: a técnica utilizada deve produzir a menor dose possível para a imagem adequada ao diagnóstico.
3.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
O
uso de EPIs é uma exigência legal e prática para minimizar a exposição
ocupacional e acidental à radiação. Entre os principais equipamentos utilizados
na rotina radiológica, destacam-se:
Os EPIs devem ser inspecionados regularmente quanto à integridade e armazenados de forma adequada para garantir sua eficácia.
4.
Blindagem e Posicionamento Seguro
A
blindagem das salas de exame é uma exigência regulamentar prevista pela
Portaria nº 453/1998 do Ministério da Saúde. Ela envolve a instalação de
barreiras físicas fixas, construídas com materiais como chumbo ou concreto, que
impedem a propagação dos raios X para áreas externas à sala de exame.
Os
elementos blindados geralmente incluem:
Além
da blindagem física, o posicionamento seguro do paciente e do técnico é
essencial. O paciente deve ser corretamente posicionado e imobilizado, evitando
repetição do exame. Já o técnico deve manter-se protegido atrás de barreiras
durante a exposição e nunca permanecer no campo de radiação direta, salvo
quando estritamente necessário — e sempre com o uso de EPI.
Em exames de leito ou emergência, nos quais não há blindagem fixa, é indispensável o uso de avental de chumbo, afastamento do feixe e colimação rigorosa.
5.
Responsabilidades do Técnico em Radiologia
O
técnico ou tecnólogo em radiologia possui responsabilidade direta na
aplicação das normas de proteção radiológica, tanto para a sua segurança
quanto para a dos pacientes e do ambiente.
Entre
suas principais responsabilidades, destacam-se:
É dever do técnico respeitar o Código de Ética dos Profissionais das Técnicas Radiológicas, especialmente os princípios que garantem a segurança do paciente e do trabalhador da saúde.
Conclusão
A
proteção radiológica é uma dimensão essencial da prática em radiologia,
exigindo conhecimento técnico, vigilância constante e comprometimento ético. O
domínio dos conceitos de dose, ALARA, uso de EPIs, blindagem e posicionamento
seguro garante a realização de exames com qualidade diagnóstica e mínima
exposição à radiação. O técnico em radiologia é o principal agente da proteção
radiológica no ambiente clínico, sendo responsável por aplicar corretamente as
técnicas, orientar os pacientes e zelar pelas normas estabelecidas.
A adoção rigorosa desses princípios contribui para a segurança de todos os envolvidos e fortalece a credibilidade dos serviços de imagem dentro do sistema de saúde.
Referências
Bibliográficas
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