TAPING
BANDAGEM COM FITAS
Fundamentos do Taping
Introdução ao Taping e Bandagem com Fitas
O taping, também conhecido como bandagem terapêutica
com fitas, é uma técnica amplamente utilizada em contextos de reabilitação e
prevenção de lesões, principalmente em áreas esportivas e fisioterapêuticas.
Consiste na aplicação de fitas adesivas elásticas ou rígidas sobre a pele com o
objetivo de fornecer suporte aos músculos, articulações e ligamentos, sem
restringir completamente o movimento. Vamos explorar a origem, os tipos de
fitas disponíveis e os princípios fundamentais dessa técnica.
História
e Origem do Taping
A técnica de taping remonta aos anos 1970, quando o
quiroprático japonês Dr. Kenzo Kase desenvolveu a bandagem com fitas elásticas
para ajudar a tratar pacientes com dores musculares e lesões. Sua ideia era
criar um método que permitisse suporte sem comprometer a amplitude de
movimento, promovendo a cicatrização ao mesmo tempo em que melhorava a
circulação sanguínea e linfática.
A partir de então, o uso do taping se expandiu rapidamente, especialmente após ser adotado por atletas de elite em competições esportivas internacionais. O destaque mundial ocorreu nas Olimpíadas de 2008, quando muitos atletas foram vistos utilizando as fitas, aumentando o interesse da comunidade esportiva e da medicina física pela técnica.
Tipos
de Fitas e Suas Aplicações
Existem diversos tipos de fitas usadas no taping, e
cada uma tem uma aplicação específica. Entre as mais comuns, podemos citar:
1.
Fitas Kinesiológicas (elásticas):
o
Essas fitas são
compostas por um material elástico, similar à textura da pele humana. São
amplamente usadas para melhorar a circulação, reduzir a dor e auxiliar na
reabilitação de lesões musculares. Não limitam o movimento, mas oferecem
suporte dinâmico e são muito utilizadas em contextos esportivos.
o
Aplicações:
suporte muscular, correção postural, melhora da circulação e redução da dor.
2.
Fitas Rígidas:
o
Diferentemente
das fitas elásticas, as fitas rígidas são menos flexíveis e são aplicadas para
estabilizar articulações e proteger áreas lesionadas. Seu principal uso é na
prevenção de lesões e no suporte de articulações comprometidas.
o
Aplicações:
estabilização de articulações, prevenção de lesões e suporte durante
reabilitação.
3.
Fitas Coesivas ou Auto aderentes:
o Estas fitas aderem a elas mesmas, sem necessidade de cola ou adesivo, proporcionando um suporte moderado com conforto. São
utilizadas para comprimir e proteger a área
lesada sem restringir o fluxo sanguíneo.
o
Aplicações:
compressão e suporte leve, principalmente em lesões de tecidos moles.
Princípios
Básicos da Técnica
O taping baseia-se em alguns princípios essenciais
que orientam a sua aplicação:
1.
Promoção da Circulação:
o
A aplicação
adequada das fitas, especialmente as kinesiológicas, visa melhorar o fluxo
sanguíneo e linfático. Isso ajuda a reduzir a inflamação, a dor e acelera a
recuperação muscular.
2.
Suporte Sem Restringir o Movimento:
o
Um dos
princípios mais importantes do taping é fornecer suporte muscular ou articular
sem limitar a mobilidade. Isso permite que o corpo continue realizando
movimentos naturais, essencial tanto para atletas quanto para pessoas em
reabilitação.
3.
Correção de Função Muscular e
Articular:
o
As fitas podem
ser aplicadas para corrigir padrões disfuncionais de movimento, melhorar o
alinhamento postural e apoiar a função muscular. A tensão aplicada durante o
processo de colagem influencia diretamente os músculos, promovendo uma
recuperação mais rápida e eficaz.
4.
Prevenção de Lesões:
o
O taping é
amplamente utilizado para prevenir lesões, principalmente em articulações e
músculos que são submetidos a esforço repetitivo. Ele proporciona estabilização
e reduz a sobrecarga de determinadas áreas durante atividades físicas intensas.
Esses princípios fazem do taping uma ferramenta
versátil e eficaz, utilizada tanto para reabilitação quanto para a prevenção de
lesões esportivas. Além disso, sua aplicação tem se mostrado benéfica em
diversas condições clínicas, desde distúrbios musculoesqueléticos até a melhora
da circulação linfática.
O taping, ao longo das últimas décadas, tornou-se um
aliado importante na fisioterapia e na medicina esportiva, sendo uma técnica
não invasiva e de fácil aplicação, que oferece resultados positivos tanto na
reabilitação quanto na prevenção de novas lesões.
Benefícios e Indicações
do Taping
O taping é uma técnica amplamente utilizada em diversos contextos terapêuticos e esportivos, promovendo uma abordagem não invasiva para suporte muscular, articular e funcional. A técnica tem uma série de indicações terapêuticas que vão além do tratamento de lesões, atuando também na prevenção e reabilitação. A seguir, vamos explorar as principais indicações do taping, seus benefícios tanto para atletas quanto para pacientes com lesões musculares, e as precauções e
contraindicações que devem ser consideradas.
Indicações
Terapêuticas do Taping
O taping pode ser utilizado em uma ampla gama de
condições clínicas e situações de recuperação. Algumas das principais
indicações terapêuticas incluem:
1.
Lesões Musculares e Articulares:
o
O taping é
indicado no tratamento de lesões musculares, como distensões, contusões e
tensões musculares. Ele fornece suporte aos músculos afetados, ajudando a
reduzir a dor e a inflamação, além de melhorar o fluxo sanguíneo local.
2.
Instabilidades Articulares:
o Em casos de instabilidade articular, como nos tornozelos, joelhos e ombros, o taping oferece suporte extra e previne o agravamento da lesão, promovendo uma estabilização dinâmica da articulação sem restringir o movimento.
3.
Correção Postural:
o
O taping também
pode ser usado para correção postural, ajudando a reposicionar músculos e
articulações para uma postura mais adequada. Isso é especialmente útil em casos
de dores crônicas nas costas e desalinhamentos posturais.
4.
Redução de Edemas e Inflamações:
o
As fitas
elásticas aplicadas de maneira adequada podem auxiliar na drenagem linfática,
ajudando a reduzir o inchaço e a inflamação, especialmente após cirurgias,
lesões traumáticas ou procedimentos estéticos.
5.
Prevenção de Lesões:
o
Atletas e
indivíduos que realizam atividades físicas de alta intensidade utilizam o
taping como uma forma preventiva de lesões. Ele proporciona suporte adicional
durante exercícios repetitivos ou em áreas do corpo que estão sob estresse
constante.
Benefícios
para Atletas e Pacientes com Lesões Musculares
O taping traz uma série de benefícios para atletas e
pacientes que sofrem com lesões musculares e articulares, ajudando a acelerar o
processo de recuperação e a evitar novos problemas. Alguns dos principais
benefícios incluem:
1.
Alívio da Dor:
o
A aplicação do
taping pode ajudar a aliviar a dor, tanto por efeito mecânico (ao estabilizar a
área lesionada) quanto por efeito sensorial, estimulando mecanorreceptores da
pele que diminuem a percepção de dor.
2.
Aumento da Circulação e Drenagem
Linfática:
o
A fita
kinesiológica, em particular, é aplicada com uma técnica que levanta a pele,
criando espaços para o aumento da circulação sanguínea e linfática. Isso
resulta em uma melhor oxigenação dos tecidos e remoção de resíduos metabólicos,
acelerando a recuperação de lesões.
3.
Suporte Sem Restringir o Movimento:
o Um dos principais
dos
principais benefícios do taping é que ele oferece suporte aos músculos e
articulações sem restringir a mobilidade, o que é especialmente importante para
atletas que precisam manter o desempenho durante a recuperação de uma lesão.
4.
Melhoria na Função Muscular:
o
O taping pode
ajudar a melhorar a função muscular, corrigindo padrões de movimento e
facilitando contrações musculares mais eficientes. Isso é particularmente útil
em processos de reabilitação e em casos de fraqueza ou disfunção muscular.
5.
Prevenção de Novas Lesões:
o A estabilização oferecida pelo taping em áreas vulneráveis do corpo ajuda a prevenir o surgimento de novas lesões, permitindo que atletas continuem treinando com segurança. O suporte articular e muscular adicional contribui para reduzir o risco de estresse excessivo em determinadas regiões do corpo.
Contraindicações
e Precauções
Apesar de seus inúmeros benefícios, o uso do taping
deve ser feito com cautela em certas condições. Existem contraindicações
específicas que precisam ser respeitadas para evitar complicações:
1.
Alergia ao Material da Fita:
o
Algumas pessoas
podem desenvolver reações alérgicas ao material adesivo da fita. É importante
fazer um teste em uma pequena área da pele antes de aplicar a fita em grandes
áreas para evitar irritações e erupções cutâneas.
2.
Pele Sensível ou Lesionada:
o
O taping não
deve ser aplicado diretamente sobre pele ferida, com queimaduras, eczemas ou
infecções cutâneas, pois pode agravar essas condições. Além disso, deve-se ter
cuidado em pacientes com pele extremamente sensível.
3.
Trombose Venosa Profunda (TVP):
o
Em casos de
trombose venosa, o taping pode aumentar o risco de complicações devido à
estimulação do fluxo sanguíneo. Nestes casos, o uso é contraindicado.
4.
Condições Circulatórias Graves:
o Pacientes com problemas circulatórios graves, como insuficiência arterial ou linfedema avançado, devem evitar o taping, pois ele pode interferir negativamente na circulação ou piorar o inchaço.
5.
Gravidez (em certas regiões):
o
Durante a
gravidez, a aplicação do taping em certas áreas, como no abdômen, deve ser
feita com cautela, e é recomendável consultar um profissional antes da
aplicação.
Em suma, o taping é uma técnica valiosa que oferece suporte a atletas e pacientes em processo de reabilitação, melhorando a recuperação de lesões e prevenindo novos problemas. No entanto, seu uso deve ser ajustado às condições de cada
indivíduo, sempre com cuidado para evitar efeitos adversos.
Materiais e Preparação no
Taping
A aplicação eficaz do taping depende não apenas da
técnica utilizada, mas também da escolha correta dos materiais e da preparação
adequada da pele. O conhecimento dos tipos de fitas disponíveis, a atenção aos
cuidados necessários na escolha do material e a correta preparação da pele são
essenciais para garantir os melhores resultados terapêuticos e esportivos.
Tipos
de Materiais Utilizados no Taping
Existem diversos tipos de fitas utilizadas no
taping, cada uma com propriedades específicas que se adequam a diferentes
aplicações. A escolha do material certo é fundamental para garantir suporte
adequado e conforto ao paciente ou atleta. Entre os principais materiais,
destacam-se:
1.
Fita Kinesiológica (elástica):
o
Composta por
algodão e fibras elásticas, essa fita é a mais popular para uso terapêutico.
Sua elasticidade, que pode se estender até 140% do seu comprimento original,
permite suporte dinâmico, promovendo melhor circulação sanguínea e linfática.
o
É respirável e
resistente à água, o que a torna ideal para uso prolongado, incluindo
atividades físicas intensas.
o
Indicada para
suporte muscular, correção postural e alívio de dores.
2.
Fita Rígida:
o
Essa fita é
composta por materiais sem elasticidade, como algodão revestido com adesivo à
base de óxido de zinco. Sua função principal é estabilizar articulações,
oferecendo suporte robusto e limitando o movimento da área afetada.
o
É indicada para
lesões articulares, prevenção de entorses e suporte em reabilitações
pós-cirúrgicas.
3.
Fita Coesiva (auto aderente):
o
Feita de
materiais elásticos, essa fita adere apenas a si mesma, sem necessidade de
adesivos, proporcionando um suporte confortável sem prender-se à pele. É
frequentemente usada em bandagens compressivas e para fixar outras camadas de
fita.
o
Indicada para
compressão de edemas, suporte leve e uso temporário.
4.
Fita Hipoalergênica:
o
Feita
especialmente para pessoas com pele sensível, essa fita possui um adesivo menos
agressivo que reduz o risco de irritações. Pode ser usada em substituição às
fitas tradicionais, principalmente em pacientes com histórico de reações
alérgicas.
Cuidados
na Escolha das Fitas
A escolha da fita adequada deve levar em
consideração tanto o tipo de lesão quanto as características individuais de
cada paciente. Alguns cuidados importantes incluem:
1. Propósito do
do Taping:
o
Definir se a
fita será usada para suporte muscular, estabilização articular, correção
postural ou compressão é essencial para escolher o tipo certo. Fitas elásticas
são ideais para aplicações dinâmicas, enquanto as rígidas são melhores para
estabilizações mais firmes.
2.
Sensibilidade da Pele:
o
Para pacientes
com pele sensível ou com histórico de alergias a adesivos, é recomendável o uso
de fitas hipoalergênicas ou testes prévios com pequenas aplicações para evitar
reações adversas. Além disso, a remoção da fita deve ser feita com cuidado para
evitar lesões na pele.
3.
Condições Ambientais:
o
A exposição à
água ou ao suor pode comprometer a adesão da fita. Por isso, fitas resistentes
à água e respiráveis são ideais para atividades físicas intensas ou para uso
prolongado.
4.
Durabilidade e Conforto:
o
Algumas fitas
são projetadas para durar vários dias sem necessidade de reaplicação. Para
garantir o conforto e a eficácia, é importante considerar a durabilidade e se a
fita pode ser usada sem causar desconforto prolongado.
Preparação
da Pele e Técnicas de Corte das Fitas
A preparação adequada da pele antes da aplicação do
taping é fundamental para garantir que a fita adira corretamente e ofereça os
benefícios desejados. Além disso, as técnicas de corte das fitas são
importantes para otimizar a aplicação e personalizá-la conforme a necessidade
de cada caso.
1.
Preparação da Pele:
o
Limpeza da Pele: Antes de aplicar a fita, a pele deve estar limpa e
seca. Resíduos de óleo, cremes ou suor podem comprometer a aderência da fita.
Recomenda-se o uso de álcool isopropílico para remover qualquer resíduo oleoso.
o
Depilação (se necessário): Em áreas com pelos abundantes, pode ser necessário
aparar ou depilar a pele para melhorar a aderência da fita e evitar desconforto
na remoção.
o
Verificação de Integridade da Pele: Não aplique fita sobre áreas com lesões abertas,
erupções cutâneas ou irritações. Nesses casos, o uso do taping pode agravar a
condição da pele.
2.
Técnicas de Corte das Fitas:
o
Corte em Tiras Retas: A forma mais básica de aplicação é cortar a fita
em tiras retas, que podem ser usadas para suportar músculos longos ou para
estabilizar articulações. Esse corte é ideal para aplicações simples e diretas.
o Corte em “I”: Uma das formas mais comuns, o corte em “I” é feito cortando uma tira longa e reta, usada para aplicações musculares ou articulares. É o corte mais versátil, sendo
indicado para diversas áreas do
corpo.
o
Corte em “Y”: O corte em “Y” envolve fazer uma incisão na ponta
da fita, criando duas tiras que podem ser aplicadas ao redor de músculos ou
articulações. Esse formato é utilizado quando se deseja maior cobertura e
suporte.
o
Corte em “X” ou Estrela: Utilizado principalmente em áreas com lesões ou
dores específicas, o corte em “X” oferece suporte em várias direções e é ideal
para estabilização de músculos e articulações em movimento constante.
o
Cantos Arredondados: Ao cortar as tiras, recomenda-se arredondar os
cantos para evitar que a fita se desprenda facilmente. Isso garante uma
aplicação mais duradoura e confortável.
A preparação cuidadosa da pele e o corte correto da fita garantem que o taping tenha maior eficácia e conforto para o paciente. Além disso, com o material adequado e a aplicação correta, o taping pode proporcionar suporte, alívio da dor e melhora funcional em uma ampla variedade de casos.
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