CONCEITOS SOBRE PEELING FACIAL
Tipos de Peelings e Substâncias Utilizadas
Classificação dos peelings
1. Introdução
O peeling é uma técnica de esfoliação controlada da pele, cujo objetivo é
promover a renovação celular, uniformizar o tom cutâneo, tratar lesões
superficiais e estimular o colágeno. Dependendo do método, dos ativos
utilizados e da profundidade alcançada, os peelings podem ser classificados de
diferentes maneiras. Essa diversidade de técnicas permite uma abordagem
personalizada e segura, desde que respeitados os limites fisiológicos da pele e
as indicações corretas.
Este texto apresenta as principais classificações dos peelings, agrupando-os conforme sua natureza (físico, químico ou enzimático) e conforme sua profundidade de ação (superficial, médio ou profundo). Esses parâmetros são fundamentais para orientar o profissional ou estudante na escolha do procedimento mais adequado a cada tipo de pele e necessidade estética.
2. Tipos de Peeling
a) Peeling Físico
O peeling físico é baseado na remoção mecânica das camadas
superficiais da pele, por meio de atrito ou abrasão. Pode ser realizado com
substâncias granuladas (como cristais, microesferas, argilas) ou com aparelhos
específicos, como a microdermoabrasão com ponteira de diamante ou jato
de óxido de alumínio.
Características principais:
Por ser mais superficial, geralmente é bem tolerado e possui baixo risco
de complicações. No entanto, deve-se evitar sua aplicação em peles sensíveis,
acneicas ou com lesões ativas.
b) Peeling Químico
O peeling químico utiliza substâncias ácidas ou básicas que
provocam esfoliação da pele por meio de reações químicas, levando à destruição
controlada das camadas epidérmicas ou dérmicas. Os ácidos mais utilizados
incluem:
O peeling químico permite resultados expressivos no tratamento de manchas, acne, rugas finas, fotoenvelhecimento e cicatrizes superficiais. No entanto, exige cautela quanto à escolha do agente,
No entanto, exige cautela quanto à escolha do agente, tempo de exposição e fototipo do paciente, pois o risco de hiperpigmentações ou irritações é maior se mal conduzido.
c) Peeling Enzimático
O peeling enzimático utiliza enzimas de origem vegetal, animal ou
microbiana, como a papaína (extraída do mamão), bromelina (do abacaxi),
tripsina ou queratinase, para promover a quebra das proteínas da camada córnea.
Características:
O peeling enzimático é uma excelente alternativa para manutenção da pele, como etapa preparatória para outros procedimentos ou para pacientes que não toleram ácidos.
3. Classificação Quanto à Profundidade
A profundidade do peeling está diretamente relacionada à camada da
pele atingida, ao tipo de agente utilizado e ao tempo de
exposição. Essa classificação é fundamental para prever os resultados e o
tempo de recuperação, bem como para avaliar os riscos associados ao
procedimento.
a) Peeling Superficial
Recuperação rápida, com leve descamação ou vermelhidão. Pode ser
realizado em sessões repetidas, com intervalos curtos.
b) Peeling Médio
Apresenta maior descamação, eritema e necessidade de cuidados
pós-procedimento mais rigorosos. O intervalo entre sessões costuma ser maior.
c) Peeling Profundo
Apesar dos resultados expressivos, o risco de complicações é elevado (hiperpigmentação, infecção, cicatrizes). O tempo de recuperação é longo e exige acompanhamento especializado.
4. Considerações Finais
A correta classificação dos peelings permite maior
segurança e eficiência
na aplicação do procedimento, além de oferecer ao paciente ou cliente
expectativas realistas. O conhecimento dos tipos de peeling (físico, químico
e enzimático), combinado com a profundidade atingida (superficial, médio
ou profundo), é fundamental para a formulação de protocolos estéticos
éticos e adequados ao perfil de cada pele.
Nos cursos livres, a compreensão teórica desses aspectos é indispensável para que o aluno desenvolva um senso crítico sobre os limites de sua atuação, compreenda os riscos envolvidos e saiba quando encaminhar o cliente a um profissional habilitado.
Referências Bibliográficas
PRINCIPAIS
ATIVOS E SUBSTÂNCIAS UTILIZADOS EM PEELINGS FACIAIS
1. Introdução
O peeling facial é uma técnica estética que promove a renovação celular
da pele por meio da esfoliação controlada de suas camadas. Essa esfoliação pode
ser realizada com diferentes tipos de agentes — físicos, enzimáticos ou
químicos —, e a escolha dos ativos é essencial para alcançar os objetivos
estéticos de forma segura, eficaz e personalizada.
Este texto aborda os principais ativos utilizados em peelings faciais, com ênfase no ácido glicólico, ácido salicílico, ácido mandélico, ácido tricloroacético (TCA), além de enzimas vegetais e esfoliantes físicos, destacando suas propriedades, mecanismos de ação, indicações e precauções.
2. Ácido Glicólico
O ácido glicólico é um alfa-hidroxiácido (AHA) derivado da
cana-de-açúcar, conhecido por seu pequeno tamanho molecular, o que permite
maior penetração na pele. Sua principal ação é esfoliante e queratolítica,
promovendo a quebra das ligações entre os corneócitos da epiderme.
Propriedades e ação:
Indicações:
Considerações:
Precauções:
3. Ácido Salicílico
O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido (BHA) lipofílico,
derivado da casca do salgueiro branco, com afinidade por regiões oleosas da
pele. Diferentemente dos AHAs, penetra nos poros e promove limpeza profunda,
sendo amplamente utilizado no tratamento da acne.
Propriedades e ação:
Indicações:
Considerações:
Precauções:
4. Ácido Mandélico
O ácido mandélico é um AHA derivado da amêndoa amarga, com molécula maior que a do ácido glicólico, o que reduz sua agressividade e torna sua penetração mais lenta. É considerado suave e seguro para peles sensíveis e de fototipos mais altos (IV, V e VI).
Propriedades e ação:
Indicações:
Considerações:
Precauções:
5. Ácido Tricloroacético (TCA)
O TCA é um ácido derivado do ácido acético, com ação cáustica que promove coagulação proteica e
descamação intensa. Sua aplicação é restrita a ambientes
profissionais, com profundidade variada conforme a concentração (de 10% a
50%).
Propriedades e ação:
Indicações:
Considerações:
Precauções:
6. Enzimas Vegetais e Esfoliantes Físicos
a) Enzimas Vegetais
Utilizadas em peelings enzimáticos, essas substâncias atuam dissolvendo a
queratina superficial da pele, promovendo esfoliação suave e seletiva,
sem provocar inflamação ou agressão mecânica.
Principais enzimas:
Indicadas para:
São ideais para peles finas, delicadas ou com barreira cutânea
comprometida.
b) Esfoliantes Físicos
São substâncias que promovem abrasão mecânica, como:
Indicados para:
Devem ser evitados em peles sensíveis, acneicas ou com rosácea, pois o atrito pode provocar microlesões.
7. Considerações Finais
A escolha adequada dos ativos utilizados em peelings faciais deve
considerar o tipo de pele, o objetivo do tratamento, a tolerância cutânea e
os riscos potenciais. Os ácidos glicólico, salicílico, mandélico e TCA, bem
como as enzimas vegetais e esfoliantes físicos, apresentam diferentes
mecanismos de ação e níveis de agressividade, sendo imprescindível conhecer
suas características para planejar protocolos personalizados e seguros.
Nos cursos livres, o estudo teórico desses ativos é
essencial para compreender seus efeitos, limites e aplicações, contribuindo para a formação consciente de futuros profissionais ou interessados na estética facial.
Referências Bibliográficas
COMO
FUNCIONAM OS PEELINGS QUÍMICOS:
MECANISMOS,
EFEITOS E PARÂMETROS DE USO
1. Introdução
O peeling químico é uma técnica amplamente utilizada nos tratamentos
estéticos e dermatológicos para promover a renovação da pele por meio da
aplicação controlada de substâncias ácidas. Sua eficácia está relacionada à
profundidade que atinge na pele, ao tipo de ácido utilizado, ao pH da fórmula e
ao tempo de exposição.
Diferentemente de métodos físicos ou enzimáticos, os peelings químicos atuam através de reações bioquímicas que causam a esfoliação das camadas da epiderme e, em alguns casos, da derme, estimulando a regeneração cutânea e a produção de colágeno. Este texto explicará o funcionamento dos peelings químicos, detalhando o mecanismo de ação dos ácidos, os efeitos sobre as camadas da pele e os principais parâmetros que determinam sua atuação.
2. Mecanismo de Ação dos Ácidos
Os ácidos usados nos peelings químicos exercem sua ação por meio de três
mecanismos principais: queratólise, coagulação proteica e estimulação
celular.
a) Queratólise
Trata-se da dissolução das ligações entre os corneócitos — células da camada córnea da epiderme. Ácidos como o glicólico e o mandélico, pertencentes ao grupo dos alfa-hidroxiácidos (AHAs), atuam rompendo as pontes de hidrogênio entre essas células, facilitando sua eliminação e permitindo a renovação celular.
b) Coagulação proteica
Ácidos mais potentes, como o tricloroacético (TCA) ou o fenol, causam coagulação das proteínas estruturais da epiderme e da derme (como queratina, colágeno e elastina), levando à necrose controlada dos tecidos. Esse processo desencadeia uma resposta inflamatória que estimula a regeneração
profunda da
pele.
c) Estímulo ao turnover epidérmico
Todos os peelings químicos, em maior ou menor grau, induzem o aumento do
turnover celular — ou seja, aceleram o processo natural de renovação da pele.
Isso contribui para uma pele mais fina, uniforme, luminosa e com melhor
textura.
Além disso, diversos ácidos possuem efeitos secundários específicos, como ação sebo reguladora (ácido salicílico), despigmentante (ácido kójico) ou antibacteriana (ácido mandélico), ampliando sua aplicabilidade em tratamentos de acne, melasma e sinais de fotoenvelhecimento.
3. Efeitos na Epiderme e Derme
Os peelings químicos produzem efeitos controlados nas camadas cutâneas,
conforme sua profundidade de atuação, que é determinada pela concentração da
substância, seu pH, o tempo de exposição e a técnica de aplicação.
a) Efeitos na epiderme
Na epiderme, os ácidos provocam:
Esse processo resulta em:
b) Efeitos na derme
Peelings de média e alta profundidade, como o TCA em concentrações mais
elevadas ou o fenol, atingem a derme papilar ou reticular. Nesses casos, os
efeitos incluem:
Esses efeitos são desejáveis em casos de rugas mais profundas, cicatrizes atróficas e danos solares severos. No entanto, por envolverem maior agressividade, esses peelings exigem maior tempo de recuperação e envolvem maior risco de efeitos adversos, como hiperpigmentação pós-inflamatória e infecções.
4. Tempo de Exposição e pH dos Produtos
Dois fatores determinantes para a eficácia e segurança de um peeling
químico são o tempo de exposição do produto sobre a pele e o seu pH,
ou seja, o grau de acidez da solução.
a) Tempo de exposição
O tempo de contato entre o ácido e a pele deve ser rigorosamente
controlado para evitar lesões indesejadas. Esse tempo varia de acordo com:
Peelings suaves, como os de ácido mandélico a 10%, podem
permanecer sobre
a pele por 10 a 20 minutos. Já peelings mais agressivos, como o TCA a 30%,
podem requerer neutralização imediata após o aparecimento do "frost",
um esbranquiçamento que indica coagulação proteica.
Em alguns protocolos, o ácido não é neutralizado imediatamente e
permanece sobre a pele até sua absorção completa. Nesses casos, o produto é
formulado com pH ajustado para garantir ação lenta e segura.
b) pH dos produtos
O pH influencia diretamente a potência do ácido. Quanto mais
baixo o pH, maior sua acidez e penetração cutânea. Por isso, mesmo
um ácido em baixa concentração pode ser agressivo se o pH for muito ácido
(menor que 2,5).
Além disso, muitos ácidos são tamponados (neutralizados parcialmente) para controlar sua atividade. Isso garante uma esfoliação mais segura e previsível, especialmente em peles sensíveis.
5. Considerações Finais
Os peelings químicos são ferramentas eficazes e versáteis no tratamento
estético da pele, desde que utilizados com responsabilidade e conhecimento
técnico. Seu funcionamento baseia-se em mecanismos químicos que promovem a
descamação, regeneração e estímulo dérmico, proporcionando benefícios como
clareamento, rejuvenescimento e controle da acne.
Para um uso seguro, é essencial compreender a ação dos ácidos, seus efeitos sobre as camadas da pele e a importância de parâmetros como o tempo de exposição e o pH. No contexto dos cursos livres, esse conhecimento deve ser aplicado de forma teórica, respeitando os limites éticos e legais da atuação não profissional, com foco na formação educativa e preventiva.
Referências Bibliográficas
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