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Agricultura de Precisão

 AGRICULTURA DE PRECISÃO

 

Práticas Básicas e Introdução ao Manejo por Precisão 

Introdução ao Manejo de Taxa Variável (VRT) 

 

Introdução

A Agricultura de Precisão transformou profundamente a forma como os produtores rurais conduzem suas lavouras, especialmente em relação ao uso racional de insumos e à personalização do manejo agrícola. Entre as tecnologias centrais deste novo paradigma está o manejo de taxa variável, também conhecido pela sigla em inglês VRT (Variable Rate Technology). Essa técnica permite aplicar insumos como sementes, fertilizantes e corretivos em quantidades ajustadas à necessidade de cada ponto da lavoura, respeitando a variabilidade espacial do solo e das plantas. Com isso, obtém-se maior eficiência econômica, ganhos em produtividade e redução de impactos ambientais.

Conceito e funcionamento

O manejo de taxa variável refere-se à capacidade de máquinas e equipamentos agrícolas de modular automaticamente a quantidade de insumos aplicados em diferentes partes de uma mesma área, com base em mapas de prescrição previamente elaborados ou em sensores em tempo real.

Em sua forma mais comum, o processo envolve as seguintes etapas:

1.     Diagnóstico da variabilidade da área: feito por meio de mapas de fertilidade, imagens de satélite ou sensores embarcados, que identificam diferenças no solo, na vegetação ou no histórico de produtividade.

2.     Geração de mapas de prescrição: os dados obtidos são analisados com auxílio de softwares de agricultura de precisão (como SMS Ag Leader, FieldView, QGIS), que geram mapas digitais com as doses recomendadas para cada setor da área cultivada.

3.     Aplicação com equipamentos VRT: máquinas equipadas com controladores eletrônicos e atuadores recebem os mapas e executam a aplicação em tempo real, ajustando a taxa de insumos automaticamente conforme a posição georreferenciada.

Existem três formas principais de aplicação em taxa variável:

  • Baseada em mapas: o operador carrega o mapa de prescrição no display da máquina, que segue as instruções conforme se movimenta no campo.
  • Baseada em sensores locais: sensores embarcados detectam características da planta ou do solo em tempo real e ajustam a dose instantaneamente.
  • Híbrida: combinação de mapas e sensores, oferecendo maior precisão e flexibilidade.

Segundo Molin (2009), o VRT é uma das estratégias mais eficazes para integrar diagnóstico agronômico e operação mecanizada, unindo ciência, tecnologia e tomada de

decisão agronômica.

Aplicação de fertilizantes e corretivos

A adubação e a correção do solo em taxa variável são as aplicações mais comuns da VRT, especialmente em cultivos como soja, milho, trigo, cana-de-açúcar e algodão.

Fertilizantes

Com base nos mapas de fertilidade, são definidas as doses ideais de nutrientes (como fósforo, potássio e nitrogênio) para cada zona da área. Regiões com maiores teores de nutrientes recebem menos adubo, enquanto áreas com deficiência recebem doses maiores.

Essa técnica permite:

  • Otimizar o uso de fertilizantes, que representam grande parte do custo da produção;
  • Reduzir o risco de lixiviação e contaminação ambiental;
  • Aumentar a uniformidade do estande e da produtividade.

De acordo com Bernardi et al. (2014), o uso de VRT pode reduzir em até 25% o volume total de fertilizantes aplicados, sem comprometer a produtividade, desde que o diagnóstico agronômico seja bem-feito.

Corretivos de solo

No caso de corretivos, como calcário ou gesso agrícola, a aplicação em taxa variável é especialmente eficaz. A acidez e a saturação por bases variam significativamente dentro de uma mesma propriedade. O mapeamento dessa variabilidade permite aplicar o corretivo apenas onde é necessário, na quantidade exata.

A aplicação em taxa variável de calcário apresenta ainda a vantagem de reduzir o transporte e a compactação do solo, pois evita a necessidade de reaplicações frequentes e desnecessárias em áreas já equilibradas.

Limitações e cuidados

Apesar dos diversos benefícios, o manejo de taxa variável apresenta limitações técnicas, operacionais e econômicas que precisam ser consideradas na sua adoção. Entre os principais desafios estão:

1. Qualidade do diagnóstico

O sucesso da VRT depende da qualidade e representatividade dos dados utilizados para a criação dos mapas de prescrição. Amostragens de solo mal distribuídas ou com erro de georreferenciamento comprometem todo o processo. É essencial que os mapas sejam elaborados por profissionais capacitados, com base em análises confiáveis e atualizadas.

2. Investimento em equipamentos

A aquisição de equipamentos com tecnologia embarcada (tratores, adubadoras, controladores, sensores, software de gestão) representa um investimento significativo, principalmente para pequenos e médios produtores. Embora o retorno ocorra a médio prazo, o custo inicial pode ser um impeditivo.

3. Capacitação técnica

A operação adequada dos sistemas de VRT exige treinamento específico para

os operadores, além de suporte técnico contínuo. A falta de familiaridade com softwares e leitura de mapas pode levar a erros de interpretação e aplicação.

4. Compatibilidade entre sistemas

A integração entre máquinas, controladores e softwares nem sempre é simples. Em alguns casos, há incompatibilidade entre marcas e formatos de arquivos, dificultando a comunicação entre os diferentes sistemas da fazenda.

5. Restrições operacionais no campo

A aplicação em taxa variável requer condições adequadas de conectividade, relevo e umidade do solo. Em áreas com sinal GPS instável ou com relevo muito acidentado, o desempenho dos equipamentos pode ser limitado.

Considerações finais

O manejo de taxa variável representa um dos pilares da Agricultura de Precisão moderna, permitindo adaptar as práticas agronômicas às reais necessidades do solo e da planta, com ganhos significativos de eficiência, produtividade e sustentabilidade. Quando bem implementado, o VRT contribui para a redução do uso de insumos, o aumento da rentabilidade e a minimização dos impactos ambientais da atividade agrícola.

Contudo, sua eficácia depende da qualidade dos dados, da capacitação dos profissionais envolvidos e da integração entre as tecnologias empregadas. Com o avanço da conectividade no campo, a redução dos custos dos equipamentos e a popularização de plataformas digitais, espera-se que o manejo em taxa variável se torne cada vez mais acessível e difundido entre produtores de diferentes portes.

Adotar o VRT não é apenas uma questão de tecnologia, mas de estratégia de gestão. Exige planejamento, conhecimento técnico e acompanhamento constante, mas representa um caminho sem volta para a agricultura de alta performance no século XXI.

Referências Bibliográficas

  • BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J. M.; RESENDE, A. V. de; et al. Agricultura de Precisão: resultados de um novo olhar. Embrapa, 2014. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/990038/agricultura-de-precisao-resultados-de-um-novo-olhar. Acesso em: ago. 2025.
  • MOLIN, J. P. Agricultura de Precisão. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.
  • QUEIROZ, D. M. de. Agricultura de Precisão: fundamentos e aplicações. Lavras: UFLA, 2011.
  • BALASTREIRE, L. A.; GUSMÃO, S. M. A. Tecnologias aplicadas à Agricultura de Precisão. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 8, 2012.


Monitoramento de Colheita e Produtividade na Agricultura de Precisão

 

Introdução

A colheita representa a fase culminante do ciclo produtivo agrícola. É nesse momento que os resultados das decisões agronômicas tomadas ao longo do cultivo se materializam. No contexto da Agricultura de Precisão (AP), a colheita deixou de ser apenas uma operação mecânica e passou a ser uma fonte estratégica de dados. Com o auxílio de sensores embarcados em colheitadeiras, é possível monitorar a produtividade em tempo real e gerar mapas georreferenciados que evidenciam a variabilidade dentro de cada talhão. Esses dados, quando analisados corretamente, servem como base para diagnósticos agronômicos, planejamento de zonas de manejo e correções futuras.

Sensores nas colheitadeiras

As colheitadeiras modernas, especialmente aquelas adaptadas à Agricultura de Precisão, são equipadas com sensores que monitoram e registram a produtividade em tempo real, enquanto a máquina opera no campo. Os principais sensores utilizados são:

  • Sensor de fluxo de massa: mede a quantidade de produto colhido por unidade de tempo. Normalmente é instalado no elevador de grãos.
  • Sensor de umidade: determina o teor de umidade dos grãos, essencial para aferir corretamente a produtividade.
  • Sensor de velocidade de avanço: registra a velocidade da colheitadeira, integrando os dados com os demais sensores.
  • Receptor GNSS (GPS): georreferencia cada dado de produtividade, associando-o a uma coordenada espacial.
  • Sensor de largura de corte: ajusta automaticamente a área trabalhada em curvas ou obstáculos.

Esses sensores trabalham de forma integrada com sistemas de monitoramento embarcados, geralmente acoplados a um computador de bordo ou console na cabine da máquina. O operador acompanha as leituras em tempo real, enquanto os dados são armazenados em cartões de memória ou transmitidos via telemetria para servidores remotos.

De acordo com Molin (2009), o monitoramento da colheita é uma das primeiras e mais importantes ferramentas da Agricultura de Precisão, pois fornece dados reais de produtividade espacializada, sem interferência externa.

Geração de mapas de produtividade

A partir dos dados capturados pelos sensores da colheitadeira, é possível gerar os chamados mapas de produtividade, que representam graficamente a variação da produção dentro de uma mesma lavoura. Esses mapas são compostos por pontos georreferenciados que indicam a quantidade de produto colhido em cada local.

A construção dos mapas envolve as seguintes

etapas:

1.     Coleta de dados durante a colheita: com todos os sensores devidamente calibrados, os dados são registrados em tempo real.

2.     Tratamento dos dados: é necessário eliminar erros de leitura, sobreposições ou falhas no sinal de GPS. Softwares como SMS Ag Leader, Farm Works, QGIS e FieldView são comumente utilizados nessa etapa.

3.     Interpolação dos dados: técnicas como Krigagem ou IDW (Inverse Distance Weighting) são utilizadas para transformar os pontos em superfícies contínuas, formando o mapa.

4.     Classificação por faixas de produtividade: as áreas são agrupadas em classes (baixa, média, alta), de acordo com critérios técnicos ou históricos da propriedade.

Os mapas gerados permitem visualizar padrões de desempenho produtivo, identificar áreas com restrições ou potenciais não explorados e estabelecer a base para o zoneamento de manejo.

Segundo Bernardi et al. (2014), a confiabilidade dos mapas de produtividade depende diretamente da qualidade dos sensores e da calibração correta dos equipamentos. Mapas mal calibrados podem levar a decisões equivocadas e prejuízos econômicos.

Análise de dados e tomada de decisão

A interpretação dos mapas de produtividade é uma etapa crítica no processo de gestão agrícola orientada por dados. Mais do que observar a colheita de forma isolada, é necessário correlacionar os resultados com outros fatores agronômicos, como:

  • Mapas de fertilidade do solo;
  • Imagens NDVI e históricos de sensoriamento remoto;
  • Registros de aplicação de insumos;
  • Dados climáticos (chuvas, temperaturas, umidade).

Essa análise integrada permite responder perguntas-chave, como:

  • Por que determinada área teve baixa produtividade?
  • A adubação aplicada surtiu efeito conforme o esperado?
  • Há correlação entre acidez do solo e desempenho da cultura?
  • Que zonas exigem atenção especial na próxima safra?

Com base nessas análises, o produtor pode tomar decisões fundamentadas, como:

  • Ajustar as doses de fertilizantes por zona de manejo;
  • Corrigir limitações químicas ou físicas do solo;
  • Redefinir cultivares mais adequadas a cada ambiente produtivo;
  • Planejar a irrigação ou drenagem com base na resposta das culturas.

Além disso, os mapas históricos de produtividade podem ser utilizados para avaliar a eficiência das práticas agronômicas adotadas e mensurar o retorno sobre o investimento em tecnologia e insumos.

A análise de dados também se tornou mais acessível com

os também se tornou mais acessível com o uso de plataformas digitais integradas, que automatizam a geração de relatórios e oferecem suporte à decisão em tempo real. Esse processo é fundamental para transformar o volume de dados coletado em valor para o negócio agrícola.

Considerações finais

O monitoramento da colheita por sensores nas colheitadeiras representa uma inovação decisiva na Agricultura de Precisão. A possibilidade de gerar mapas de produtividade e correlacionar esses dados com outros indicadores técnicos permite uma gestão agrícola mais inteligente, econômica e sustentável.

No entanto, os benefícios dessa tecnologia só se concretizam quando os dados são corretamente coletados, processados e interpretados. Isso exige calibração cuidadosa dos equipamentos, capacitação dos operadores e apoio técnico especializado.

À medida que os custos dos sistemas de monitoramento caem e as soluções digitais se popularizam, o uso de mapas de produtividade tende a se consolidar não apenas em grandes propriedades, mas também em médias e pequenas lavouras. Integrados a outras ferramentas de Agricultura de Precisão, esses mapas se tornam peças-chave no caminho para uma agricultura mais eficiente e orientada por dados.

Referências bibliográficas

  • BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J. M.; RESENDE, A. V. de; et al. Agricultura de Precisão: resultados de um novo olhar. Embrapa, 2014. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/990038/agricultura-de-precisao-resultados-de-um-novo-olhar. Acesso em: ago. 2025.
  • MOLIN, J. P. Agricultura de Precisão. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.
  • QUEIROZ, D. M. de. Agricultura de Precisão: fundamentos e aplicações. Lavras: UFLA, 2011.
  • SILVA, C. R.; MARQUES, R. F. A. Sensores embarcados e geração de mapas de colheita na Agricultura de Precisão. Revista Campo & Tecnologia, ed. especial, 2020.


Etapas para Implementação da Agricultura de Precisão na Propriedade

 

Introdução

A Agricultura de Precisão (AP) deixou de ser uma tendência para se consolidar como um modelo de gestão agrícola moderno, eficiente e sustentável. Com o avanço das tecnologias digitais, sensores, sistemas de posicionamento global e softwares de análise, a AP se tornou acessível para propriedades de diversos portes. No entanto, para obter resultados satisfatórios, sua implementação requer planejamento estratégico, diagnóstico técnico, investimentos adequados e capacitação contínua da equipe

.

Abaixo são descritas as principais etapas para iniciar a Agricultura de Precisão em uma propriedade rural, considerando aspectos técnicos, econômicos e humanos fundamentais para o sucesso dessa transição.

Diagnóstico inicial

O primeiro passo para implementar a Agricultura de Precisão é realizar um diagnóstico detalhado da propriedade. Esse diagnóstico tem por objetivo identificar a variabilidade espacial e temporal das condições do solo, da vegetação e do histórico produtivo, bem como avaliar a infraestrutura disponível, o perfil da equipe e a capacidade de investimento do produtor.

Levantamento de informações

O diagnóstico deve incluir:

  • Mapas da propriedade (topografia, uso do solo, delimitação de talhões);
  • Histórico de produtividade, manejo, pragas e doenças;
  • Análises de solo georreferenciadas, com mapeamento de fertilidade e acidez;
  • Imagens de satélite ou drones, para identificação de zonas com desenvolvimento desigual;
  • Avaliação de maquinário disponível, verificando compatibilidade com tecnologias de AP;
  • Infraestrutura digital, como conectividade e energia.

Identificação de variabilidade

O conceito central da AP é que uma lavoura não é uniforme. Identificar áreas com diferenças de produtividade ou resposta agronômica é essencial para justificar o uso de tecnologias de manejo localizado, como a aplicação em taxa variável ou o monitoramento remoto.

Segundo Molin (2009), essa fase diagnóstica é crucial, pois evita investimentos mal direcionados e permite definir as estratégias mais eficazes para cada realidade produtiva.

Planejamento e investimento

Com base no diagnóstico técnico, o próximo passo é o planejamento da implementação, definindo quais tecnologias serão adotadas, em que etapas e com quais recursos.

Definição de metas e prioridades

É importante estabelecer objetivos claros e realistas, como:

  • Reduzir custos com fertilizantes em determinada cultura;
  • Aumentar a produtividade média de um talhão específico;
  • Monitorar variações de solo em áreas com histórico de baixo desempenho.

A implantação pode ocorrer de forma gradual, por etapas e módulos, respeitando a capacidade de investimento do produtor.

Escolha das tecnologias

As tecnologias devem ser selecionadas conforme a realidade da propriedade. Entre as principais opções estão:

  • Piloto automático e monitor de colheita;
  • Sensores embarcados e controladores de taxa variável;
  • Softwares de
  • mapeamento e análise de dados;
  • Drones para monitoramento de lavouras;
  • Sensores de solo, clima e umidade.

A integração entre máquinas e plataformas digitais deve ser considerada desde o início, evitando a aquisição de equipamentos incompatíveis ou que exigem retrabalho para funcionar em conjunto.

Avaliação do retorno do investimento (ROI)

Todo investimento precisa ser avaliado em termos de retorno técnico e econômico. Estudos da Embrapa (Bernardi et al., 2014) demonstram que a Agricultura de Precisão pode gerar aumento de produtividade de até 15% e redução de custos com insumos na faixa de 10% a 25%, dependendo da cultura e do grau de adoção.

O ideal é que o planejamento inclua um cronograma de implementação, um orçamento estimado e mecanismos de acompanhamento de resultados.

Capacitação da equipe e suporte técnico

A capacitação das pessoas envolvidas no processo produtivo é uma das etapas mais importantes – e muitas vezes negligenciada – da implementação da Agricultura de Precisão. A tecnologia só alcança todo seu potencial quando é corretamente utilizada e interpretada por quem está no campo.

Treinamento técnico

É necessário oferecer treinamentos para:

  • Operadores de máquinas: uso de GPS, controladores, pilotos automáticos;
  • Técnicos e agrônomos: interpretação de mapas, análise de dados e elaboração de prescrições agronômicas;
  • Gestores: uso de softwares de monitoramento, controle de custos e tomada de decisão baseada em dados.

A capacitação pode ser feita por meio de cursos presenciais ou online, parcerias com fornecedores de equipamentos, assistência técnica de cooperativas ou consultorias especializadas.

Cultura de inovação

Além do treinamento técnico, é preciso fomentar uma cultura de inovação e de valorização da informação. Isso significa estimular a equipe a registrar dados de campo, identificar oportunidades de melhoria e participar ativamente das decisões.

Muitas vezes, o sucesso da Agricultura de Precisão depende mais da disposição da equipe em aprender, testar e adaptar as tecnologias à realidade da propriedade do que da sofisticação dos equipamentos adquiridos.

Suporte técnico e manutenção

Por fim, é necessário garantir suporte técnico qualificado e manutenção preventiva dos equipamentos. Sistemas de Agricultura de Precisão envolvem componentes eletrônicos, sensores e softwares que exigem acompanhamento regular para manter a acurácia dos dados e a eficiência das operações.

Empresas

fornecedoras, revendas agrícolas, cooperativas e startups do agronegócio têm ampliado seus serviços de suporte, oferecendo contratos de manutenção, atualizações de software e atendimento remoto.

Considerações finais

Implementar a Agricultura de Precisão em uma propriedade rural é um processo que exige planejamento, investimento progressivo e compromisso com a inovação. Não se trata apenas da compra de equipamentos sofisticados, mas da construção de um novo modelo de gestão, onde as decisões são baseadas em dados reais e as práticas agrícolas são adaptadas às condições específicas de cada área cultivada.

Começar com um bom diagnóstico, definir metas claras, escolher tecnologias compatíveis com a realidade da propriedade e investir na capacitação da equipe são passos fundamentais para o sucesso. A AP não é uma solução mágica ou instantânea, mas sim um caminho contínuo de aprimoramento técnico, econômico e ambiental.

Com planejamento e suporte adequados, é possível transformar a Agricultura de Precisão em um diferencial competitivo para produtores de todos os portes.

Referências bibliográficas

  • BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J. M.; RESENDE, A. V. de; et al. Agricultura de Precisão: resultados de um novo olhar. Embrapa, 2014. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/990038/agricultura-de-precisao-resultados-de-um-novo-olhar. Acesso em: ago. 2025.
  • MOLIN, J. P. Agricultura de Precisão. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.
  • QUEIROZ, D. M. de. Agricultura de Precisão: fundamentos e aplicações. Lavras: UFLA, 2011.
  • LIMA, J. S.; TAVARES, S. M. Etapas práticas para adoção da Agricultura de Precisão: recomendações técnicas para produtores. Revista Gestão Rural, v. 16, n. 1, 2020.

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