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Básico de Estomaterapeuta

 BÁSICO DE ESTOMATERAPEUTA

 

 

Cuidados com Feridas 

Classificação das Feridas

 

A classificação das feridas é fundamental para o planejamento e a implementação de cuidados adequados. As feridas podem ser categorizadas de várias maneiras, incluindo o tipo (agudas, crônicas, cirúrgicas, traumáticas), etiologia e profundidade. Compreender essas classificações ajuda a direcionar o tratamento mais eficaz e a promover a cicatrização.

Tipos de Feridas

1.     Feridas Agudas

·         Definição: Feridas que ocorrem subitamente e geralmente têm um tempo de cicatrização previsível, seguindo as fases normais do processo de cicatrização.

·         Exemplos: Cortes, lacerações, abrasões, queimaduras leves.

·         Tratamento: Inclui limpeza adequada, controle de infecção, fechamento e cobertura apropriada.

2.     Feridas Crônicas

·         Definição: Feridas que não seguem um curso normal de cicatrização e persistem por mais de três meses.

·         Exemplos: Úlceras de pressão, úlceras venosas, úlceras arteriais, úlceras diabéticas.

·         Tratamento: Envolve uma abordagem multifatorial, incluindo manejo de condições subjacentes, controle de infecção, desbridamento e uso de curativos especializados.

3.     Feridas Cirúrgicas

·         Definição: Feridas resultantes de procedimentos cirúrgicos, geralmente criadas intencionalmente por incisões.

·         Exemplos: Incisões pós-operatórias, feridas de biópsia.

·         Tratamento: Inclui monitoramento de sinais de infecção, manutenção da esterilidade, manejo da dor e promoção da cicatrização por primeira intenção.

4.     Feridas Traumáticas

·         Definição: Feridas causadas por forças externas que resultam em danos à pele e tecidos subjacentes.

·         Exemplos: Lacerações, abrasões, perfurações, feridas de esmagamento.

·         Tratamento: Focado em controle de hemorragia, limpeza, avaliação de danos internos, e fechamento da ferida quando necessário.

Classificação das Feridas por Etiologia e Profundidade

1.     Classificação por Etiologia

·         Feridas Mecânicas: Resultam de forças físicas que causam danos aos tecidos.

·         Exemplos: Cortes, lacerações, perfurações, abrasões, feridas de esmagamento.

·         Feridas Térmicas: Causadas por calor, frio, ou produtos químicos que resultam em queimaduras ou lesões por congelamento.

·         Exemplos: Queimaduras por fogo, escaldadura, queimaduras químicas, queimaduras por frio (frostbite).

·         Feridas de Pressão:

Causadas por pressão prolongada sobre a pele, resultando em isquemia e necrose tecidual.

·         Exemplos: Úlceras de pressão (escaras).

·         Feridas Vasculares: Decorrentes de insuficiência circulatória, como problemas venosos ou arteriais.

·         Exemplos: Úlceras venosas, úlceras arteriais.

·         Feridas Neuropáticas: Resultam de perda de sensibilidade, frequentemente associadas ao diabetes.

·         Exemplos: Úlceras diabéticas nos pés.

2.     Classificação por Profundidade

·         Feridas Superficiais: Atingem apenas a epiderme ou a derme superficial.

·         Exemplos: Abrasões leves, queimaduras de primeiro grau.

·         Feridas Parciais: Atingem a derme, mas não atravessam toda a espessura da pele.

·         Exemplos: Bolhas, queimaduras de segundo grau superficiais.

·         Feridas de Espessura Total: Atravessam toda a espessura da pele e podem atingir tecidos subjacentes, como músculo, osso ou órgãos.

·         Exemplos: Úlceras de pressão de estágio III e IV, queimaduras de terceiro grau.

Importância da Classificação das Feridas

A classificação das feridas é essencial para determinar a abordagem terapêutica adequada e para monitorar a evolução do processo de cicatrização. Diferentes tipos e etiologias de feridas requerem estratégias de tratamento específicas para otimizar a cura e prevenir complicações. Além disso, a avaliação correta da profundidade da ferida ajuda a identificar a gravidade da lesão e a necessidade de intervenções adicionais.

Conclusão

Compreender a classificação das feridas é crucial para os profissionais de saúde, permitindo um manejo eficaz e baseado em evidências. A identificação precisa do tipo, etiologia e profundidade da ferida orienta a seleção de tratamentos apropriados, promovendo uma cicatrização eficiente e melhorando os resultados para o paciente.

Fases da Cicatrização

A cicatrização é um processo biológico complexo e dinâmico que ocorre em resposta a uma lesão na pele. Esse processo pode ser dividido em três fases principais: inflamatória, proliferativa e de remodelação. Cada uma dessas fases é crucial para a restauração da integridade e função do tecido lesado.

Fase Inflamatória

A fase inflamatória inicia-se imediatamente após a lesão e pode durar de alguns dias até uma semana. Os principais eventos desta fase incluem:

1.     Hemostasia:

·         Objetivo: Interromper o sangramento.

·         Mecanismo: A vasoconstrição dos vasos sanguíneos na área lesionada reduz a

perda de sangue. As plaquetas aderem ao local da lesão e liberam fatores de coagulação que formam um coágulo de fibrina, atuando como um tampão provisório para interromper o sangramento.

2.     Inflamação:

·         Objetivo: Remover resíduos e prevenir infecções.

·         Mecanismo: Os vasos sanguíneos se dilatam (vasodilatação) e aumentam sua permeabilidade, permitindo a migração de células inflamatórias, como neutrófilos e macrófagos, para o local da lesão. Os neutrófilos fagocitam (englobam e destroem) bactérias e detritos celulares, enquanto os macrófagos liberam citocinas e fatores de crescimento que promovem a transição para a fase proliferativa.

Fase Proliferativa

A fase proliferativa ocorre após a fase inflamatória e pode durar de algumas semanas a um mês. Os principais eventos desta fase incluem:

1.     Angiogênese:

·         Objetivo: Formar novos vasos sanguíneos para suprir a área lesionada com oxigênio e nutrientes.

·         Mecanismo: Células endoteliais dos vasos sanguíneos próximos começam a se proliferar e formar novos capilares, melhorando a perfusão do tecido em cicatrização.

2.     Fibroplasia:

·         Objetivo: Produzir e depositar matriz extracelular (principalmente colágeno) para fornecer suporte estrutural ao novo tecido.

·         Mecanismo: Fibroblastos migram para o local da lesão e produzem colágeno e outras proteínas da matriz extracelular, formando um tecido de granulação que preenche a ferida.

3.     Epitelização:

·         Objetivo: Restaurar a barreira epidérmica.

·         Mecanismo: Células epiteliais da borda da ferida migram sobre o tecido de granulação, proliferam e se diferenciam para formar uma nova camada de epiderme que cobre a ferida.

4.     Contração da Ferida:

·         Objetivo: Reduzir o tamanho da ferida.

·         Mecanismo: Miofibroblastos, que possuem características de fibroblastos e células musculares, se contraem e aproximam as bordas da ferida, diminuindo sua área.

Fase de Remodelação

A fase de remodelação é a última fase do processo de cicatrização e pode durar meses ou até anos. Os principais eventos desta fase incluem:

1.     Maturação do Colágeno:

·         Objetivo: Fortalecer e reorganizar o tecido cicatricial.

·         Mecanismo: O colágeno tipo III, que é inicialmente depositado durante a fase proliferativa, é gradualmente substituído por colágeno tipo I, que é mais forte e resistente. Este processo envolve a degradação e a síntese contínua de colágeno, promovendo a

formação de um tecido cicatricial mais estável e funcional.

2.     Remodelação da Matriz Extracelular:

·         Objetivo: Melhorar a qualidade e a funcionalidade do tecido cicatricial.

·         Mecanismo: A matriz extracelular passa por uma reorganização, onde as fibras de colágeno se alinham de acordo com as forças de tensão aplicadas ao tecido. Isso aumenta a resistência e a elasticidade do tecido cicatricial.

3.     Diminuição da Vascularização:

·         Objetivo: Reduzir o número de vasos sanguíneos para níveis normais.

·         Mecanismo: Muitos dos novos capilares formados durante a fase proliferativa são reabsorvidos ou se tornam inativos, resultando em uma redução da vascularização do tecido cicatricial.

Conclusão

A cicatrização é um processo coordenado e sequencial, essencial para a restauração da integridade e funcionalidade do tecido após uma lesão. Cada fase – inflamatória, proliferativa e de remodelação – desempenha um papel crucial no sucesso do processo de cicatrização. Compreender essas fases permite que os profissionais de saúde intervenham de maneira eficaz, promovendo a recuperação ideal do paciente e prevenindo complicações.


Avaliação e Tratamento de Feridas

 

Métodos de Avaliação de Feridas

A avaliação de feridas é um passo crucial no gerenciamento eficaz e no tratamento adequado das lesões cutâneas. Uma avaliação abrangente permite aos profissionais de saúde identificar o tipo de ferida, sua causa, estágio de cicatrização, e possíveis complicações. Os principais métodos de avaliação incluem:

1.     Anamnese e Exame Físico:

·         História do Paciente: Inclui informações sobre comorbidades (como diabetes, doenças vasculares), medicações em uso, histórico de feridas anteriores e estilo de vida.

·         Exame Físico: Avaliação geral do estado de saúde do paciente e inspeção detalhada da ferida, observando características como localização, tamanho, profundidade, bordas, exsudato, presença de tecido necrótico, sinais de infecção e condição da pele ao redor.

2.     Classificação da Ferida:

·         Tipo de Ferida: Identificação se a ferida é aguda, crônica, cirúrgica ou traumática.

·         Profundidade: Classificação da ferida como superficial, parcial ou de espessura total.

·         Etiologia: Determinação da causa da ferida, como úlceras de pressão, úlceras venosas, úlceras arteriais, feridas neuropáticas, queimaduras, entre outras.

3.     Escalas de Avaliação:

·         Escala de Braden: Utilizada para

Utilizada para avaliar o risco de desenvolvimento de úlceras de pressão.

·         Escala de PUSH (Pressure Ulcer Scale for Healing): Ferramenta para monitorar a cicatrização de úlceras de pressão.

·         Escala de Wagner: Classificação das úlceras diabéticas.

4.     Exames Complementares:

·         Cultura de Ferida: Identificação de micro-organismos presentes para direcionar a terapia antimicrobiana.

·         Exames de Imagem: Radiografias, ultrassom ou ressonância magnética podem ser utilizados para avaliar a extensão do dano tecidual e detectar osteomielite.

Técnicas de Limpeza e Desbridamento

A limpeza e o desbridamento são essenciais para preparar a ferida para a cicatrização, removendo detritos, tecido necrótico e contaminantes que podem retardar o processo de cura.

1.     Técnicas de Limpeza:

·         Solução Salina: Utilizada para irrigar a ferida e remover detritos superficiais sem causar irritação. É a escolha mais comum por ser segura e eficaz.

·         Antissépticos: Produtos como clorexidina ou povidona-iodo podem ser usados em casos de infecção, mas seu uso prolongado deve ser evitado para não prejudicar o tecido saudável.

·         Método de Irrigação: A irrigação suave com seringas ou sistemas de irrigação específicos pode ser utilizada para limpar a ferida sem danificar o tecido recém-formado.

2.     Técnicas de Desbridamento:

·         Desbridamento Autolítico: Uso de curativos oclusivos para manter um ambiente úmido, permitindo que as enzimas naturais do corpo desfaçam o tecido necrótico.

·         Desbridamento Enzimático: Aplicação de agentes enzimáticos que digerem o tecido morto sem afetar o tecido saudável.

·         Desbridamento Mecânico: Métodos físicos, como o uso de gaze úmida a seca, hidroterapia ou irrigação pressurizada, para remover tecido desvitalizado.

·         Desbridamento Cirúrgico: Remoção de tecido necrótico ou infectado por meio de instrumentos cirúrgicos. É necessário em casos de grandes áreas de tecido morto ou infecção profunda.

·         Desbridamento Biológico: Uso de larvas estéreis que digerem o tecido morto e ajudam a limpar a ferida.

Produtos e Curativos Utilizados no Tratamento

A escolha dos produtos e curativos é crucial para promover um ambiente ideal para a cicatrização, proteger a ferida e controlar a infecção.

1.     Curativos Primários e Secundários:

·         Curativos Primários: Em contato direto com a ferida, estes curativos absorvem exsudato, mantêm um ambiente úmido

Em contato direto com a ferida, estes curativos absorvem exsudato, mantêm um ambiente úmido e podem conter agentes antimicrobianos.

·         Curativos Secundários: Utilizados para manter o curativo primário no lugar e fornecer proteção adicional.

2.     Tipos de Curativos:

·         Curativos Hidrocolóides: Criam um ambiente úmido e são adequados para feridas com exsudato leve a moderado.

·         Curativos de Hidrogel: Mantêm a umidade na ferida, ajudando a desbridar tecido necrosado e aliviar a dor.

·         Curativos de Alginato: Derivados de algas marinhas, são altamente absorventes e ideais para feridas com exsudato abundante.

·         Curativos de Espuma: Proporcionam alta absorção, conforto e proteção para feridas com exsudato moderado a pesado.

·         Curativos de Filme Transparente: São impermeáveis a bactérias e líquidos, mas permitem a troca gasosa, sendo indicados para feridas superficiais com pouco exsudato.

·         Curativos Antimicrobianos: Contêm agentes como prata, iodo ou mel, que ajudam a controlar a carga bacteriana na ferida.

3.     Produtos Adjuvantes:

·         Agentes de Crescimento e Terapias Biológicas: Fatores de crescimento e substitutos de pele que promovem a regeneração tecidual.

·         Terapias de Pressão Negativa: Dispositivos que aplicam pressão subatmosférica controlada para promover a cicatrização através da remoção de exsudato e redução do edema.

Conclusão

A avaliação e o tratamento de feridas exigem uma abordagem sistemática e baseada em evidências para garantir a melhor cicatrização possível. Métodos de avaliação detalhada, técnicas de limpeza e desbridamento eficazes, e a seleção adequada de produtos e curativos são essenciais para promover a recuperação da integridade da pele e a saúde geral do paciente.


Prevenção e Controle de Infecções

 

A prevenção e o controle de infecções são componentes essenciais no manejo de feridas, garantindo a proteção do paciente e a promoção de uma cicatrização saudável. A implementação rigorosa de práticas de assepsia e antissepsia, a identificação precoce dos sinais de infecção e a adoção de medidas preventivas são cruciais para minimizar o risco de infecções.

Princípios de Assepsia e Antissepsia

1.     Assepsia:

·         Definição: Conjunto de medidas adotadas para impedir a entrada de micro-organismos em locais que deveriam estar estéreis.

·         Práticas: Incluem técnicas estéreis como o uso de luvas, aventais, máscaras, campos estéreis e

instrumentos esterilizados. A assepsia é fundamental em ambientes cirúrgicos e durante procedimentos invasivos.

2.     Antissepsia:

·         Definição: Processo de eliminação ou redução de micro-organismos em tecidos vivos, principalmente na pele e mucosas, para prevenir infecções.

·         Práticas: Utilização de agentes antissépticos como clorexidina, álcool 70%, iodopovidona e peróxido de hidrogênio. Estes agentes são aplicados na pele antes de procedimentos invasivos, durante a limpeza de feridas e na preparação para curativos.

Identificação de Sinais de Infecção

A identificação precoce de sinais de infecção é crucial para o tratamento eficaz e para evitar complicações. Os sinais clínicos de infecção em feridas incluem:

1.     Sinais Locais:

·         Eritema: Vermelhidão ao redor da ferida.

·         Edema: Inchaço ao redor da ferida.

·         Calor: Sensação de calor na área afetada.

·         Dor: Aumento da dor local.

·         Exsudato Purulento: Presença de pus ou secreção amarelada/esverdeada.

·         Odor Desagradável: Odor fétido vindo da ferida.

2.     Sinais Sistêmicos:

·         Febre: Aumento da temperatura corporal.

·         Mal-estar Geral: Sensação de indisposição ou fraqueza.

·         Leucocitose: Aumento do número de leucócitos no sangue, indicado por exames laboratoriais.

Medidas de Prevenção e Controle de Infecções em Feridas

1.     Higiene Pessoal e Profissional:

·         Lavar as Mãos: Higienização das mãos antes e após o contato com a ferida ou materiais estéreis. O uso de sabão e água ou soluções alcoólicas é essencial para eliminar patógenos.

·         Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Utilização de luvas, aventais, máscaras e óculos de proteção para prevenir a transmissão de micro-organismos.

2.     Manutenção da Limpeza da Ferida:

·         Limpeza Regular: Irrigação da ferida com solução salina ou água estéril para remover detritos e exsudato.

·         Técnicas de Desbridamento: Remoção de tecido necrótico ou desvitalizado para reduzir a carga bacteriana e promover a cicatrização.

3.     Uso de Curativos Apropriados:

·         Curativos Estéreis: Aplicação de curativos que mantêm um ambiente úmido e protegem contra a contaminação externa.

·         Curativos Antimicrobianos: Uso de curativos impregnados com agentes antimicrobianos como prata, iodo ou mel medicinal para controlar a infecção.

4.     Controle Ambiental:

·         Ambiente Limpo: Manutenção de um ambiente

limpo e organizado na área de cuidado com a ferida, reduzindo a presença de contaminantes.

·         Desinfecção de Superfícies: Limpeza regular e desinfecção das superfícies e equipamentos utilizados no tratamento da ferida.

5.     Educação do Paciente e Familiares:

·         Instruções de Cuidado: Orientação sobre técnicas adequadas de limpeza e troca de curativos em casa.

·         Reconhecimento de Sinais de Infecção: Educação sobre os sinais de infecção e a importância de buscar atendimento médico imediatamente se esses sinais forem observados.

6.     Uso Racional de Antibióticos:

·         Prescrição Adequada: Uso de antibióticos apenas quando necessário e com base em cultura e sensibilidade para evitar resistência antimicrobiana.

·         Adesão ao Tratamento: Garantir que o paciente complete o curso prescrito de antibióticos para prevenir a recorrência da infecção.

Conclusão

A prevenção e o controle de infecções são fundamentais no manejo de feridas. Adotar princípios rigorosos de assepsia e antissepsia, identificar rapidamente os sinais de infecção e implementar medidas preventivas eficazes são essenciais para promover a cicatrização e proteger a saúde do paciente. A educação contínua dos profissionais de saúde e dos pacientes sobre essas práticas é crucial para o sucesso no controle das infecções em feridas.

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